Campeão mundial em 2018 na Rússia e recentemente vice-campeão da Copa do Mundo do Catar, o técnico francês Didier Deschamps seguirá no comando da França para mais um ciclo na seleção nacional.
O treinador e a Federação Francesa de Futebol anunciaram neste sábado a permanência e a renovação até junho de 2026, quando acontecerá o próximo Mundial, nos Estados Unidos, México e Canadá.
"A Federação Francesa de Futebol e seu presidente Noel Le Graet têm o prazer de anunciar a prorrogação da permanência de Didier Deschamps à frente da seleção francesa até junho de 2026", informou a federação. O treinador assumiu a seleção no dia 9 de julho de 2012 e poderá completar 14 anos no comando da França caso o novo vínculo seja cumprido até o fim.
"Não é continuar por continuar. Sigo porque estou convencido de que há muito para ser feito e tenho a energia para isso", afirmou o treinador.
"No Catar estivemos muito perto de conseguir o que queríamos. Havia muita paixão, apoio quando voltamos à França. Podem contar comigo para manter a seleção da França no mais alto nível internacional."
A seleção da França possui 139 jogos sob o comando de Deschamps, com 89 vitórias, 28 empates e 22 derrotas. São 279 gols marcados e 119 sofridos. Guy Stéphan, auxiliar de Didier Deschamps, Franck Raviot, treinador de goleiros, e Cyril Moine, preparador físico, também seguirão em seus cargos na seleção francesa.
Uma saída de Deschamps do comando francês chegou a ser cogitada após a derrota na final do último Mundial. O nome de Zinedine Zidane foi ventilado, mas logo o presidente Noel Le Graet descartou a saída de Deschamps. A dúvida então passou a ser o tempo da renovação, até a Euro 2024 ou até o próximo Mundial, em 2026.
SELEÇÃO BRASILEIRA
A decisão da federação francesa de manter Deschamps poderá ter consequências sobre a busca da CBF por um treinador para substituir Tite. Enquanto a entidade evita citar nomes ou possíveis candidatos para ocupar o cargo, a imprensa internacional especulou no fim do ano que Zidane poderia ser uma opção.
Uma possível negociação, contudo, esbarraria no plano do francês de assumir a seleção do seu país, caso Deschamps não renovasse seu contrato. Como o treinador seguirá à frente da França, Zidane continuará livre no mercado.