Esportes

COPA DO MUNDO 2018

Em duelo de eliminados, Arábia vence e Salah se despede da Copa sem vitórias

Em duelo de eliminados, Arábia vence e Salah se despede da Copa sem vitórias

DA REDAÇÃO

25/06/2018 - 12h04
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Quem compareceu a Arena Volgogrado nesta segunda-feira para acompanhar o duelo entre Arábia Saudita e Rússia tinha, possivelmente, a expectativa baixa diante do cenário que se apresentava. Com ambas as seleções eliminadas, o clima do início do jogo evidenciava o abatimento, mas ficou só nos primeiros minutos. Depois que Salah abriu o placar, o VAR se tornou decisivo para marcar dois pênaltis aos árabes. Apenas na segunda, Al-Faraj converteu. No último minuto Al-Dawsari virou o jogo para 2 a 1 e deu a primeira vitória a seleção árabe na Copa do Mundo 2018.

Nem mesmo a partida histórica do goleiro El-Hadary adiantou para os egípcios. O arqueiro, que se tornou o jogador mais velho a disputar uma partida de Copa, apareceu de forma expressiva para defender um dos dois pênaltis. Entretanto, não conseguiu evitar o revés.

Os primeiros 45 minutos saíram muito melhores e mais emocionantes do que se era esperado, ainda mais pelos primeiros minutos. Visivelmente abatidos pela eliminação, as duas seleções começaram o jogo sem mostrar agressividade e ímpeto ofensivo. Quem conta com um jogador como Salah, porém, precisa de apenas uma chance para se ver na frente do placar. Aos 21 minutos, o Faraó foi lançado e tocou por cobertura para abrir o placar.

No decorrer da primeira etapa, o árbitro Wilmar Roldan ganhou destaque pelos dois pênaltis marcados em sequência para a Arábia Saudita. No primeiro, Essam El-Hadary fez ainda mais história ao, além de se tornar o jogador mais velho a disputar uma partida de Copa do Mundo, defender uma penalidade. Na segunda chance, entretanto, o arqueiro nada pôde fazer e Al-Faraj deixou tudo igual.

O segundo tempo foi bem menos intenso e emocionante. Apesar de melhor, a Arábia Saudita viu o Egito ter as melhores chances, mas pecar na má pontaria. No entanto, o jogo só acaba quando termina e Al-Dawsari fez o gol, literalmente no último lance, que deu a vitória para os árabes.

O JOGO

Início morno e seleções claramente abatidas com a desclassificação

Arábia Saudita e Egito entraram em campo com o abatimento pela eliminação precoce evidenciado nos primeiros minutos. Sem ambições de seguir em solo russo, as duas seleções até tentavam ter a bola, mas abusavam nos erros de passe e, dessa forma, tornaram a partida morna, sem obrigar intervenções dos goleiros.

Uma imagem significativa dos primeiros 15 minutos é a impaciência de Mohamed Salah. O camisa 10 demorou não via a bola chegar e a todo momento se virava para os companheiros egípcios pedindo mais precisão no passe. Do outro lado, o técnico Juan Antonio Pizzi até se exaltou para mostrar seu descontentamento, chutando as garrafas de água.

Arábia Saudita melhor, mas Salah decisivo coloca Egito na frente 

Atacantes da pompa e da qualidade de Salah não costumam precisar de muitas chances para decidir, desde que elas aconteçam. Primeiro, o jogador do Liverpool viu a Arábia não só assustar, como esboçar um domínio. Aos 17 minutos, Al-Dawsari recebeu na intermediária, driblou dois marcadores e testou o goleiro mais experiente da história das Copas. Porém, o arqueiro precisou apenas acompanhar e bola pela linha de fundo.

Dois minutos depois de sofrer o gol, Salah foi lançado em profundidade, mas teve marcado o impedimento. O lance acabou se tornando um indício de qual seria a proposta egípcia: procurar seu principal jogador por meio de lançamentos. Aos 21, o Faraó foi letal. Abdalla lançou o camisa 10, que aproveitou o goleiro adiantado e tocou por cobertura para marcar um golaço e abir o marcador.

A vantagem motivou o Egito, que passou a ser melhor e ter o controle da partida. Em nova jogada de profundidade, Salah saiu mais uma vez na cara do goleiro, tentou o toque por cima, mas errou o alvo. Depois, coube a Trezeguet perder duas chances que poderiam ter mudado a história da partida. Primeiro o meia tentou o chute colocado, mas para fora. No lance seguinte, cortou o marcador e bateu novamente com categoria…novamente pela linha de fundo.

Reta final de penalidades culmina em empate árabe e VAR atuante

O bom momento da Arábia Saudita na reta final rendeu o gol de empate. Entretanto, apenas com a conversão do segundo pênalti para dentro da rede. Na primeira vez que o árbitro colombiano Wilmar Roldan apontou a cal, Al-Shahrani havia tentado o cruzamento, que desviou na mão de Fath. Após confirmação pelo VAR, Al-Muwallad bateu no canto esquerdo e El-Hadary espalmou, se tornando o goleiro mais velho a defender um pênalti em uma Copa do Mundo.

Quando todos aguardavam o apito final do primeiro tempo, foi marcada uma nova penalidade a favor da seleção árabe. Em lance muito duvidoso, Al-Dawsari caiu dentro da área após choque com Ali Gabr. Na hora, Roldan apontou a cal, mas recorreu novamente ao VAR, que tinha em sua comissão o brasileiro Wilton Pereira Sampaio. Resultado: Al-Faraj deslocou o goleiro e empatou.

Segundo tempo da Arábia Saudita melhor e do Egito acuado

O gol de empate na reta final deixou o time da Arábia motivado para o segundo tempo. Na volta do intervalo, aos oito minutos, Bahbir foi o responsável pela primeira chance. O lateral Al-Burayk chegou bem na linha de fundo e cruzou para o corte de Hegazy. A bola ainda sobrou nos pés de Bahbir, que emendou de primeira, mas para fora. A resposta egípcia veio com Trezeguet, que testou firme para bola passar rente à trave.

Aos 23 minutos, a Arábia chegou novamente, mas voltou a não conseguir converter a superioridade em gols. Al-Faraj cruzou para Al-Moghawi, que testou e obrigou mais uma boa intervenção de El-Hadary. Depois, o Egito voltou a criar oportunidades, mas parou no mau posicionamento de seus atacantes e na má pontaria.

Gol da Arábia no último lance

Quando alguns já deixavam o estádio de Volgogrado, a Arábia Saudita marcou o gol que deu o primeiro triunfo da seleção na Copa do Mundo. Em-Dawsari aproveitou a confusão na área e bateu cruzado, de primeira, para fazer 2 a 1.

FICHA TÉCNICA
ARÁBIA SAUDITA 2 X 1 EGITO

Local: Volgograd Arena, em Volgogradskaya (Rússia)
Data: 25 de junho de 2018 (Segunda-feira)
Horário: 10h (de MS)
Árbitro: Wilmar Roldan (COL)
Assistentes: Alexander Guzman (COL) e Cristian de la Cruz (COL)

GOLS:
Arábia Saudita: Al-Faraj, aos 50 minutos do 1T, e Al-Dawsari, aos 48 minutos 2T
Egito: Mohamed Salah, aos 21 minutos 1T

Cartão amarelo:
Egito: Ali Gabr, Fathi

ARÁBIA SAUDITA: Yasser Almosailem; Al-Burayk, Osama Howsawi, Motaz Hawsawi e Yasser Al-Shahrani; Abdullah Otayf, Salman Alfaraj, Hussain Almoqahwi; Hatan Bahbri (Muhannad Asiri), Salem Aldawsari e Fahad Almuwallad (Al-Shehri)
Técnico: Juan Antonio Pizzi

EGITO: Essam El-Hadary; Ahmed Fathi, Ali Gabr, Ahmed Hegazi e Mohamed AbdelShafy; Tarek Hamed, Mohamed Elneny; Mahmoud Trezeguet (Kahraba), Abdallah Said (Amr Warda) e Mohamed Salah, Marwan Mohsen (Ramadan Sobhy)
Técnico: Héctor Cúper

ESPORTES

Marcênio, de Campo Grande, bate o Corinthians e vence bicampeonato nacional de futsal

O campo-grandense foi um dos heróis do primeiro jogo da final ao empatar a partida que terminou em 3x3, em São Paulo.

14/12/2025 16h00

Marcênio comemorando gol que garantiu o empate em 3x3 no primeiro jogo da final, no Ginásio Wlamir Marques, em São Paulo

Marcênio comemorando gol que garantiu o empate em 3x3 no primeiro jogo da final, no Ginásio Wlamir Marques, em São Paulo Reprodução: rede social

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De Campo Grande para o mundo, Marcênio Ribeiro da Silva, ou simplesmente Marcênio, já é um dos principais nomes do futsal nacional. Neste sábado (13), o ala do Jaraguá conquistou seu bicampeonato da Liga Nacional de Futsal, ao vencer o time do Corinthians, no jogo de volta, por 3 a 0.

O sul-mato-grossense foi fundamental na final, já que garantiu o gol de empate no primeiro jogo da decisão, que terminou em 3x3, diante do Ginásio Wlamir Marques, em São Paulo, lotado de corintianos. O tento marcado pelo jogador foi o quarto dele na competição.

Marcênio comemorando gol que garantiu o empate em 3x3 no primeiro jogo da final, no Ginásio Wlamir Marques, em São Paulo
Marcênio celebra seu bicampeonato com o Jaraguá Futsal / Reprodução: rede social

Ontem, o time catarinense jogou em casa, com a Arena Jaraguá lotada de torcedores que apoiaram o time. Na primeira etapa, quando o jogo se encaminhava para o intervalo sem gol, Bruninho, restando menos de dois minutos, fez rápida tabela e chutou com força para fazer 1 a 0 para explosão do ginásio.

No começo da segunda etapa Igor Carioca por pouco não empatou. Ele perdeu o gol mais feito da partida em contra-ataque livre na frente do goleiro Di Fanti chutando para fora. O castigo veio em seguida. Pedrinho fez grande jogada e foi derrubado por Kelvin. O goleiro alegou simulação, o Vídeo Suporte foi acionado, mas a penalidade foi confirmada após a revisão. Eka bateu firme e ampliou para 2 a 0.

A festa foi maior com o terceiro gol nos segundos finais, marcado pelo fixo Leco, ídolo do clube. Com o título.

Após os títulos de 2005, 2007, 2008, 2010 e 2024, o Jaraguá se consolidou como o maior campeão da competição, superando a Associação Carlos Barbosa de Futsal (ACBF) e conquistando novamente a taça em 2025.

Carreira de Marcênio

Antes de chegar ao Jaraguá, Marcênio vestiu por seis meses as cores do Anderlecht, da Bélgica, e cinco temporadas no Barcelona, da Espanha, um dos melhores clubes do mundo. 

Durante sua passagem no clube espanhol, o atleta campo-grandense conquistou 16 títulos, incluindo sua segunda Champions League da modalidade. Ele também venceu o torneio continental pela equipe russa Gazprom-Ugra. 

Na Capital de Mato Grosso do Sul, onde nasceu, o jogador atuou na Geração 2000, em 1997, e, posteriormente, passou pelo time do Colégio ABC, ficando até 2007, quando foi para o Santa Fé Futsal, da cidade Santa Fé do Sul (SP), já como atleta profissional.

Em 2024, um ano repleto de conquistas para Marcênio, o ala foi campeão por clube e pela seleção brasileira. O atleta venceu a Copa América e fez parte do elenco campeão contra a Argentina. Na competição, marcou dois gols e uma assistência na campanha perfeita da seleção brasileira. Além disso, também conquistou a Copa do Mundo de Futsal de 2024, disputada no Uzbequistão. No Jaraguá, levantou as taças do Estadual e da LNF.

DECISÃO

Finalistas da Copa do Brasil serão conhecidos neste domingo

Corinthians e Cruzeiro jogam em Itaquera e Flu e Vasco no Maracanã

14/12/2025 07h15

Taça da Copa do Brasil, levantada pelo Flamengo no ano passado

Taça da Copa do Brasil, levantada pelo Flamengo no ano passado Foto: Lucas Figueiredo/CBF

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A Copa do Brasil conhecerá, neste domingo (14), os seus dois finalistas em partidas que envolvem Corinthians e Cruzeiro, em Itaquera, e Fluminense e Vasco, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.

Timão em vantagem

O primeiro finalista será definido a partir das 18h (horário de Brasília), quando o Corinthians recebe o Cruzeiro em Itaquera com uma vantagem mínima, após triunfar por 1 a 0 no confronto de ida.

Desta forma, a equipe do Parque São Jorge garante a vaga na decisão da competição mesmo com um empate. Já a Raposa precisa vencer por dois de diferença para se classificar no tempo regulamentar, ou de ao menos um triunfo por diferença simples para forçar as penalidades máximas.

Mesmo jogando em casa com o apoio de sua Fiel torcida, o técnico Dorival Júnior afirmou, em entrevista coletiva, que o confronto está aberto: “O jogo do final de semana será ainda mais pesado, muito mais forte, com as equipes ainda mais concentradas, e o resultado está todo ele em aberto. Temos uma pequena vantagem, muito importante, construída dentro da casa do Cruzeiro”.

Uma dúvida do Timão é o centroavante Yuri Alberto, que sentiu um incômodo na perna esquerda na partida da última quarta-feira (10). Quem tem dois desfalques confirmados é o Cruzeiro, que não poderá contar com o zagueiro Lucas Villalba, que sofreu uma lesão no tornozelo esquerdo, e com o volante Lucas Romero, suspenso por acúmulo de cartões amarelos.

Em uma partida na qual precisa marcar gols, Léo Jardim pode contar com o retorno do atacante Wanderson, que se recuperou de uma lesão muscular na coxa esquerda. “Com certeza, [o Wanderson] tem a opção de treinar, mas é um jogador que está fora há algum tempo. O condicionamento dele, se for para dez ou 15 minutos, ajudará principalmente em termos defensivos”, declarou o técnico português.

Clássico carioca

O segundo finalista da competição será conhecido quando terminar o clássico entre Fluminense e Vasco, que será disputado a partir das 20h30 no estádio do Maracanã. O Cruzmaltino entra em campo muito animado após triunfar no confronto de ida, na última quinta-feira (11), pelo placar de 2 a 1.

Apesar da vantagem, o técnico Fernando Diniz manteve uma postura humilde após a partida. “Terminou apenas o primeiro tempo. São 180 minutos e temos que ficar focados, procurar corrigir o que erramos hoje e enfrentar o jogo de domingo com a máxima seriedade e respeitar o nosso adversário”, declarou em entrevista.

Quem se manifestou de forma semelhante foi o comandante do Fluminense, o argentino Luis Zubeldía: “Quem acredita que jogos de Copa são apenas 90 minutos está errado. Apenas se vencer por 3 a 0 ou 4 a 0 [...]. Temos que corrigir ações pontuais, como transições, um contra um. É ajustar para os próximos 90 minutos para dar a volta no mata-mata”.

Para esta partida decisiva o Fluminense contará com um importante retorno, do atacante uruguaio Agustín Canobbio, que não jogou o primeiro jogo da semifinal por estar suspenso por acúmulo de cartões amarelos.

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