A 1º edição do Torneio de Futebol Indígena terminou com a equipe de Dourados se consagrando campeã. As jogadoras do município venceram na final do torneio o time de Bodoquena, pelo placar de 2 a 0.
A competição foi disputada na Praça Esportiva Elias Gadia, em Campo Grande, foram ao todo três dias de jogos, que terminaram neste domingo (20) com a realização da disputa do terceiro lugar e da final do torneio.
Na partida que valia o terceiro lugar, o time de Sidrolândia goleou a equipe de Miranda pelo placar de 4 a 0. Sendo assim, o Dourados ficou com a 1ª colocação, Bodoquena terminou em 2º, e Sidrolândia garantiu o 3º lugar.
Seis equipes participam do torneio, cada uma representando um município do Estado. A competição contou com os times de Campo Grande, Bodoquena, Aquidauana, Dourados, Miranda e Sidrolândia.
Além dos troféus e medalhas recebidas pelas colocações alcançadas, houve no torneio organizado pela Justiça do Trabalho de Mato Grosso do Sul, com apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT), a premiação individual das jogadoras.
A melhor jogadora da competição foi a Jaqueline, de Dourados, Tainá, de Sidrolândia, foi a artilheira do torneio, e a goleira Ana Gabriela, de Dourados, foi premiada como a melhor goleira da competição.
EVENTO
A competição contou com a participação de três etnias indígenas de Mato Grosso do Sul: terena, kadiwéu e guarani-kaiowá.
O evento foi viabilizado por meio da destinação de pouco mais de R$ 139 mil, oriundos da atuação do MPT e da Justiça do Trabalho na defesa dos direitos sociais e no enfrentamento a irregularidades trabalhistas.
Segundo o MPT, a iniciativa visou não só incentivar a prática esportiva entre jovens e mulheres indígenas, mas também “dar visibilidade e promover a conscientização sobre temas importantes enfrentados por essas comunidades, como a violência de gênero, a falta de instrumentos para profissionalização, o trabalho inadequado para adolescentes e os direitos das mulheres”.
Além dos jogos esportivos, a programação do evento incluiu um workshop com abordagem de temas como o assédio sob a perspectiva de gênero, o protagonismo da mulher na vida e no trabalho e a aprendizagem profissional.
“A ação contemplou atividades interativas para estimular a solidariedade entre as comunidades indígenas, destacando suas realidades e suas necessidades”, acrescentou o MPT.
O Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região (TRT-24) já vinha organizando competições de futebol indígena masculino desde 2022.
O Torneio de Futebol dos Jovens das Comunidades Indígenas, realizado no ano passado, teve a equipe de Aquidauana campeã.