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Gigante da celulose pode ajudar a recolocar futebol de MS no mapa do Brasil

Maior produtora de celulose, a Suzano, por meio de autoridades locais, está em tratativas para patrocinar time que tem planos de chegar à Série B daqui quatro anos

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Um time que não tenha dívidas, que represente Mato Grosso do Sul e que consiga unir torcedores de várias equipes, daqui e de fora do Estado, com um propósito maior: levar o futebol local para além das divisas em um plano de médio e longo prazo. O que para muitos é um sonho agora é um projeto e conta com muita gente com poder para fazer a diferença envolvida: o Futebol Clube Pantanal.

O Pantanal - clube formado a partir da antiga Associação Atlética Portuguesa - não é apenas a primeira Sociedade Anônima do Futebol (SAF) de Mato Grosso do Sul, mas também o time que está em vias de trazer de volta ao futebol local patrocinadores de peso. 

O mais proeminente deles, que está em negociações não apenas com o clube, mas que conta com importantes padrinhos no Parque dos Poderes, é a Suzano S.A., certamente uma das empresas com maior faturamento e atividade no Estado.

Em 2024, a Suzano inaugurou sua megafábrica de celulose em Ribas do Rio Pardo, onde já processa 3,5 milhões de toneladas de celulose por ano, além de um volume similar em suas outras duas plantas localizadas em Três Lagoas.

Padrinhos

A parceria com a Suzano ainda não está fechada, mas o que não falta são entusiastas. Uma autoridade de alto escalão do Parque dos Poderes, que pediu confidencialidade, informou ao Correio do Estado no mês de dezembro que as negociações estão em estágio muito avançado para um patrocínio à primeira SAF de Mato Grosso do Sul. Depende, é claro, da aprovação da maturação do projeto pelo lado do clube, de um certo apadrinhamento pelas autoridades locais e, por último, da aprovação da gigante da celulose.

Proporcionalmente, o despêndio da empresa de celulose para ajudar a bancar um projeto como esse é muito pequeno em relação à projeção que ela pode ter no Estado.

Para este ano, por exemplo, o FC Pantanal tem um orçamento de R$ 4,5 milhões e deve anunciar nesta semana o patrocínio de uma plataforma de apostas, a Segurobet, que ajudará a bancar parte do orçamento.

“Temos um planejamento para, em um período de 4 a 5 anos, chegarmos à Série B do Campeonato Brasileiro. Temos um estudo muito bem estruturado para atingirmos essa meta”, informou ao Correio do Estado Gilmar Ribeiro da Silva, o Mazinho, presidente do clube – ou da SAF, como queiram.

Mas os passos são dados lentamente. Para chegar ao objetivo, é preciso ser campeão de Mato Grosso do Sul neste ano, para disputar a Série D no próximo. 

Para isso, o Pantanal contará com ninguém menos que o lateral-esquerdo Jean, campo-grandense, prata da casa, com passagens pela seleção brasileira e campeão brasileiro com a camisa do São Paulo e do Fluminense.

Se tudo ocorrer como o planejado, e o Pantanal vencer o Sul-Mato-Grossense, que começa no próximo fim de semana, e chegar à Série D no ano que vem, os gastos dobram, e vão para R$ 10 milhões para o próximo ano. Tudo isso já está planejado.

Mazinho nem menciona o nome da Suzano ao Correio do Estado, nem de outra gigante da celulose. Claro, o negócio ainda não está fechado. É preciso ser prudente.

Mas ele confirma que existem, sim, tratativas com grandes empresas e se limita a dizer isso.

Ao ser perguntado se os dirigentes de outros clubes não têm ciúmes do empenho de algumas autoridades para ajudar a levantar o FC Pantanal, Mazinho diz que os outros clubes também podem fazer projetos e prospectar investimentos. Sonhar é um direito de todos. “Mas poucos têm um CNPJ sem restrições e nenhum passivo judicial como nós”, pondera.

O que diz a Suzano?

Veja nota da Suzano na íntegra:

"A empresa nega que haja qualquer negociação em andamento para patrocínio a time de futebol em Mato Grosso do Sul, ao contrário do que foi divulgado nesta quarta-feira (8). A Suzano é uma empresa comprometida com o desenvolvimento socioeconômico no Estado, o que inclui apoio a diversas iniciativas voltadas a cultura, lazer e, principalmente, geração de emprego e renda, parcerias e apoios divulgados em canais oficiais da empresa. Reforça ainda que preza pela transparência e o diálogo com a comunidade, mas não autoriza, em hipótese alguma, terceiros a falarem em nome da empresa".

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Oficializado

Petrallás confirma favoritismo e garante salário de R$ 215 mil na FFMS

Interinamente no cargo há quase um ano, ele bateu Andre Baird na disputa

08/04/2025 13h30

Estêvão Petrallás (com o microfone) durante assembleia de votação

Estêvão Petrallás (com o microfone) durante assembleia de votação Foto: Felipe Machado

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Interinamente no cargo desde maio de 2024, Estêvão Petrallás venceu de forma oficial a disputa pela presidência da Federação de Futebol de Mato-Grosso do Sul nesta terça-feira (8), e por um placar apertado de 48 a 39, levou a melhor diante de André Baird, presidente do Costa Rica Esporte Clube.

Além das comemorações, a vitória garantiu a Petrallás um mandato até 2027, além de um salário de R$ 215 mil, montante repassado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) aos presidentes de federações, [conforme divulgado pela Revista Piauí ao longo da última semana].

Diante da diferença de votos e do sistema de disputa, é possível afirmar que Petrallás venceu graças aos clubes amadores. Isso porque com 51 filiados entre profissionais e amadores, os votos das equipes profissionais da elite tinham peso 3; clubes profissionais fora da elite votaram com peso 2, enquanto os demais votantes possuíam peso 1 na disputa.

Entre os clubes profissionais da elite, Baird recebeu seis votos, enquanto Petrallás foi o escolhido por quatro equipes; entre as equipes com peso 2, a disputa foi acirrada, com Petrallás escolhido por 9 equipes, e Baird por 8. Ou seja, após a atribuição de peso aos votos, Baird estava à frente de Petrallás pelo placar de 34 a 30, entretanto, o então presidente interino conquistou a preferência de 18 equipes amadoras, enquanto André Baird foi selecionado por apenas cinco times.

Após a vitória, Petrallás falou sobre a responsabilidade de gerir a administração do futebol de Mato Grosso do Sul e aproveitou a ocasião para abafar as falas sobre o seu salário à frente da FFMS. “Inicialmente eu preciso justificar [o salário], penso que o salário que norteia o cargo no entorno de R$ 44 mil. Se esse salário realmente chegar, nós vamos tomar um chopp com ele (risos).”

Estevão destacou que o estado possui, de certo modo, a obrigação de colocar jogadores com o nível técnico mais elevado para conseguir subir para a série C do Brasileirão. Atualmente a FFMS ocupa a penúltima posição no ranking da CBF, à frente apenas da federação amapaense. 

Derrotado, André Baird reconheceu os votos e disse que apesar do revés, o trabaho foi feito e todo o imbróglio que permeava a FFMS foi resolvido.

“Foi um processo limpo, deveríamos resolver esse problema, agora as coisas voltam a engrenar. A instituição estava travada, agora viemos buscar a democracia, e a democracia aconteceu. Foi um trabalho, levei no peito, consegui chegar e acessar vários clubes. Ficamos satisfeitos, desafiei o sistema, fui contra a máquina e saio daqui com muita dignidade. Vamos voltar para Costa Rica, 2027 está aí, vamos definir com a família, e os companheiros o que faremos daqui pra frente”, declarou.

A definição acerca do novo presidente ocorreu pouco mais de 320 dias após a prisão de Francisco Cezário, então presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS).

Estevão Petrallás foi nomeado presidente interino através de portaria da CBF, em maio de 2024, que após a Operação Cartão Vermelho, do Ministério Público apontou um esquema milionário de desvio de dinheiro das contas da FFMS, encabeçado pelo então presidente Francisco Cezário.

Além de ambos, Américo Ferreira (ligado ao Novo); Antonio Vieira Cesário da Cunha (ex-presidente do Operário); Marco Antonio de Araújo (presidente afastado do Dourados)
Paulo Sérgio Telles (ex-presidente do Cene) também pleiteavam o cargo. Américo chegou a renunciar ao cargo em uma rede social, mas não enviou a documentação necessária para oficializar a desistência.

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LUTO NO FUTEBOL

Ex-Operário, lendário goleiro Manga morre aos 87 anos

Revelado no Sport (PE), foi titular na campanha do Galo da Capital no Brasileiro de 1977, do qual a equipe foi 3ª colocada, além de ídolo do Botafogo (RJ) e Internacional (RS)

08/04/2025 09h45

Goleiro Manga, que passou pelo Operário em 1977/78, morreu aos 87 anos

Goleiro Manga, que passou pelo Operário em 1977/78, morreu aos 87 anos Foto: Reprodução

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Goleiro titular do Operário na histórica campanha no Brasileiro de 1977 e ídolo por Botafogo (RJ) e Internacional (RS), morreu o lendário Haílton Corrêa de Arruda, conhecido como Manga, aos 87 anos.

Nascido em Recife (PE) e revelado pelo Sport (PE), Manga conquistou três pernambucanos antes de partir para o Botafogo, clube onde ficaria por mais tempo na carreira. No Estrela Solitária, venceu o Campeonato Carioca quatro vezes e o Rio-São Paulo três vezes, além de ter sido convocado pela primeira vez para a seleção brasileira, sendo titular na Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra.

Com 20 troféus conquistados pelo alvinegro, é até hoje o nome mais vitorioso dos quase 121 anos de história do clube. Após seu tempo no Botafogo, foi para o Uruguai, jogar pelo Nacional, onde conquistou quatro Campeonatos Uruguaios consecutivos e uma Libertadores, em 1971, mesmo ano que também ergueu o Intercontinental, o Mundial de Clubes da época.

Na volta ao futebol brasileiro, Manga assina com o Internacional e vence três estaduais (1974, 1975 e 1976) e foi bicampeão nacional, em 1975 e 1976. Após um tempo em terras gaúchas, o goleiro vai para o Mato Grosso do Sul (na época, Mato Grosso), jogar pelo Operário.

Além da conquista do Campeonato Mato-Grossense, em 1977, participou da campanha do Brasileiro daquele mesmo ano, que ficaria conhecida por ter sido a melhor jornada de um clube sul-mato-grossense na história da competição, ficando na 3ª colocação. Nas redes sociais, o clube campo-grandense se manifestou após a morte do ídolo.

“O Operário Futebol Clube comunica com profundo pesar o falecimento do ex-goleiro Manga (Haílton Corrêa de Arruda), ídolo eterno do nosso clube e um dos maiores nomes da história do futebol brasileiro.
Manga faleceu nesta terça-feira, 08 de abril de 2025, aos 87 anos, deixando um legado de coragem, talento e amor pelo futebol.

Foi em 1977/78 que Manga marcou para sempre a história do Operário, liderando o time com defesas memoráveis na campanha lendária que levou o Galo ao 3º lugar no Campeonato Brasileiro, um feito histórico para o futebol sul-mato-grossense.

Mais do que um goleiro, Manga foi símbolo de garra, carisma e respeito. Sua chegada a Campo Grande foi marcada pela mobilização da torcida, que arrecadou fundos para vê-lo vestir o manto alvinegro. Hoje, nos despedimos com tristeza, mas com o coração cheio de gratidão.

Obrigado, Manga. O Morenão te aplaudiu. O Operário jamais te esquecerá”.

No final da carreira, ainda jogaria por Coritiba (PR), Grêmio (RS) e Barcelona de Guayaquil (EQU), pendurando as chuteiras aos 45 anos de idade. No Brasil, comemora-se o Dia do Goleiro, que é comemorado em 26 de abril, definida em sua homenagem por seu aniversário.

Manga estava internado no Hospital Rio Barra, na zona oeste do Rio de Janeiro, devido um câncer de próstata. João Paulo de Magalhães Lins, presidente do Botafogo, ofereceu o salão nobre de General Severiano para a realização do velório do ídolo, mas ainda não há nenhuma confirmação de dia e horário.

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