O técnico da seleção brasileira, Mano Menezes, disse que não hesitará em deixar o cargo se sentir que não tem condições de tocar o trabalho até a Copa do Mundo de 2014.
Em sua última entrevista coletiva na Argentina, nesta segunda-feira (18), um dia após a eliminação diante do Paraguai, nas quartas de final, o técnico afirmou que não pretende "cambalear" no cargo.
- Sempre disse para as pessoas não ficarem tão preocupadas, pois tenho uma autocrítica muito firme. O Brasil não chegará à Copa do Mundo cambaleando. Se um dia eu sentir que não tenho condições de chegar firme, direi isso ao presidente. Fiquem tranquilos para elogiar ou criticar.
Mano diz que essa confiança é consequência da conversa que teve na noite de domingo (17) com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, depois do fracasso nas quartas de final da Copa América.
- O presidente disse para eu me sentir confortável. A direção tem uma ideia muito clara sobre aquilo que devemos fazer. E continuaremos assim até que se pense diferente.
Após a recusa de Muricy Ramalho, que então estava no Fluminense, Mano Menezes foi o escolhido por Teixeira para conduzir uma renovação na seleção brasileira. A ideia era mudar radicalmente a filosofia adotada por Dunga até o ano passado, quando se primava pelo comprometimento de jogadores mais experientes.
Com os jovens e badalados santistas Neymar e Paulo Henrique Ganso, contudo, a seleção de Mano ainda não encantou.
- Penso que serei criticado por isso, como os técnicos são quando não vencem. Mas me parece que trocar o treinador não resolve tanto. A Argentina vem trocando bastante e não resolveu o problema.
Mano volta a convocar a seleção na próxima segunda-feira (25), para o amistoso contra a Alemanha. Depois disso, a equipe tem já acertados mais quatro jogos até o fim do ano, contra Espanha, Itália e dois diante da Argentina. A CBF afirmou, em seu site, que a equipe ainda pode disputar mais duas partidas.
