Esportes

INCLUSÃO

Primeiro torneio de futebol feminino indígena na Capital terá 96 atletas

As etnias terena, kadiwéu e guarani-kaiowá participarão da competição organizada pelo Tribunal Regional do Trabalho de MS

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Campo Grande terá a partir de hoje o 1º Torneio de Futebol Feminino Indígena, com a participação de 96 atletas que representam seis municípios de Mato Grosso do Sul.

A abertura e os jogos ocorrerão na Praça Esportiva Elias Gadia, sempre a partir das 17h. Serão três dias de competição, com partidas de manhã e à noite, enquanto o encerramento será no dia 20. Os duelos serão disputados na modalidade de futebol society (futebol de 7).

Seis equipes participam do torneio, cada uma representando um município do Estado. A competição contará com os times de Campo Grande, Bodoquena, Aquidauana, Dourados, Miranda e Sidrolândia.

Os municípios participantes estão divididos em dois grupos com três equipes cada. 

No grupo A estão Campo Grande, Bodoquena e Miranda e no B, Aquidauana, Dourados e Sidrolândia.

Nessa fase de grupos, os primeiros colocados de cada um – a serem definidos após três rodadas de torneio – se enfrentarão na grande final, marcada para este domingo, a partir das 9h45min.

As duas equipes que terminarem a fase de grupos na segunda colocação disputarão o terceiro lugar no mesmo dia da final, às 8h30min.

Hoje, os jogos que dão início à primeira rodada são entre Campo Grande e Bodoquena, às 18h15min, e Aquidauana contra Dourados, a partir das 19h15min.

Ao fim da competição, haverá premiação para as equipes que ficaram em primeiro, segundo e terceiro lugar, além de troféus para as jogadoras destaques do torneio – melhor goleira, artilheira e atleta.

EVENTO

A competição é organizada pela Justiça do Trabalho de Mato Grosso do Sul, com apoio do Ministério Público do Trabalho (MPT), conta com a participação de três etnias indígenas de Mato Grosso do Sul: terena, kadiwéu e guarani-kaiowá.

O evento foi viabilizado por meio da destinação de pouco mais de R$ 139 mil, oriundos da atuação do MPT e da Justiça do Trabalho na defesa dos direitos sociais e no enfrentamento a irregularidades trabalhistas.

Segundo o MPT, a iniciativa visa não só incentivar a prática esportiva entre jovens e mulheres indígenas, mas também “dar visibilidade e promover a conscientização sobre temas importantes enfrentados por essas comunidades, como a violência de gênero, a falta de instrumentos para profissionalização, o trabalho inadequado para adolescentes e os direitos das mulheres”.

Além dos jogos esportivos, a programação do evento incluirá um workshop com abordagem de temas como o assédio sob a perspectiva de gênero, o protagonismo da mulher na vida e no trabalho e a aprendizagem profissional. 

“A ação contempla atividades interativas e pretende estimular a solidariedade entre as comunidades indígenas, destacando suas realidades e suas necessidades”, acrescentou o MPT.

O Tribunal Regional do Trabalho da 24ª Região (TRT-24) vem organizando competições de futebol indígena masculino desde 2022. O Torneio de Futebol dos Jovens das Comunidades Indígenas, já em sua segunda edição, teve a equipe de Aquidauana campeã no evento do ano passado.

TAÇA POVOS INDÍGENAS

Uma competição de âmbito nacional que também incentiva o esporte indígena foi anunciada em setembro, na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A 1ª Taça dos Povos Indígenas ainda fará os sorteios dos grupos para a etapa Centro-Oeste.

Esse evento esportivo, que terá duelos tanto no masculino quanto no feminino, tem data marcada para ocorrer entre os dias 27 e 30 de novembro.

A etapa Centro-Oeste terá como sede o estado de Goiás. Os jogos acontecerão na Aldeia Multiétnica, localizada no município de Alto Paraíso, comunidade em território na Chapada dos Veadeiros.

Nessa primeira etapa, a taça reunirá 12 etnias de estados da Região Centro-Oeste e também do Tocantins, com um total de 600 participantes. Mato Grosso do Sul será representado pelas etnias locais terena, kadiwéu e guarani-kaiowá.

Além da disputa Centro-Oeste, a taça terá outras etapas regionalizadas e que serão realizadas no decorrer do ano que vem.

O primeiro campeonato nacional de futebol indígena contará com a participação de pelo menos 2.400 atletas de 48 etnias de todas as regiões do País.

Saiba

A Sociedade Esportiva Indígena Terena (Seinter), clube da comunidade indígena de Dois Irmãos do Buriti, é o primeiro e único clube indígena que disputa competições profissionais no Estado.

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POLÊMICA

Árbitra de MS é afastada pela CBF após erro crasso no Brasileirão

Daiane Muniz foi VAR em Internacional (RS) 3 x 0 Cruzeiro (MG), do qual um defensor do clube mineiro foi expulso equivocadamente quando a partida ainda estava empatada

08/04/2025 08h45

Daiane Muniz em ação no Campeonato Paulista

Daiane Muniz em ação no Campeonato Paulista Foto: Instagram/Reprodução

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A árbitra três-lagoense Daiane Muniz foi afastada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) após cometer erro crucial na partida entre Internacional (RS) e Cruzeiro (MG), atuando como Árbitro de Vídeo (VAR).

Mesmo com apenas duas rodadas de Campeonato Brasileiro, a atuação da arbitragem já está dando o que falar. Em um final de semana que o futebol deveria ser mais falado do que os equívocos nas decisões dos árbitros, aconteceu justamente o contrário.

Neste domingo (06), Internacional e Cruzeiro se enfrentaram no Beira-Rio, em Porto Alegre (RS). Com apenas 20 minutos de partida, o zagueiro Jonathan Jesus, da equipe mineira, foi expulso por, no entendimento do árbitro, impedir uma chance clara de gol.

Daiane Muniz, responsável pela cabine do VAR nesta ocasião, concordou com a decisão de campo do árbitro Marcelo de Lima Henrique, mantendo a expulsão. Veja o lance abaixo:

Obviamente, a medida dificultou ainda mais o lado cruzeirense no jogo, que atuou por mais de 70 minutos com um jogador a menos. No final, o Internacional venceu sem sustos, por 3x0, e a equipe do Cruzeiro saiu muito irritada com a arbitragem, em especial com o VAR.

“Quase todos os jogos somos prejudicados pelo VAR, então para quem se paga o VAR? Se tem a tecnologia, é para ser usado. Eu não sei qual a intenção do juiz, eu não posso julgar a pessoa, mas é muito lamentável o que aconteceu com a gente aqui hoje. Na realidade, acabou com o jogo”, afirmou Pedro Lourenço, dono da SAF do clube e único representante cruzeirense na entrevista pós-jogo.

O atacante Gabigol, um dos principais nomes do elenco mineiro, também se pronunciou, afirmando que a CBF se preocupa mais com o jogador subir na bola do que com as atuações dos árbitros, em referência ao ofício emitido pela entidade do qual proíbe que um atleta suba na bola durante uma partida, atitude passível de cartão amarelo caso a ação seja realizada.

Diante da polêmica, nesta segunda-feira (07), a entidade emitiu uma nota determinando o afastamento da equipe de arbitragem deste jogo e também nos envolvidos na partida entre Sport (PE) e Palmeiras (SP), outra marcada por erros que influenciaram diretamente no resultado final, admitindo que houve “equívocos cometidos pelos profissionais”, baseando-se no Comitê Consultivo de Especialistas Internacionais (CCEI).

“Infelizmente, existem momentos de instruir, coibir e também de afastar. Neste momento, a Comissão de Arbitragem afasta para instrução as equipes das partidas em que, na visão do CCEI, houve equívocos. O afastamento não é simplesmente uma punição vazia, é para que possamos cuidar dos árbitros, instruí-los e que, na sequência, não haja mais equívocos nesse sentido, colocando o VAR e o árbitro de campo em sintonia”, disse Rodrigo Cintra, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF.

Diante da medida tomada pela entidade, a árbitra sul-mato-grossense ficará afastada por tempo indeterminado, para então retornar às atividades. Junto com Daiane, também foram suspensos Marcelo de Lima Henrique, Nailton Júnior de Sousa, Renan Aguiar da Costa, Luciano da Silva Miranda e Amanda Matias.

Daiane Muniz já havia participado de outro jogo nesta edição do Campeonato Brasileiro. Na 1ª rodada, foi VAR em Grêmio (RS) 2 x 1 Atlético Mineiro (MG), novamente na capital gaúcha.

Paulistão - 2025

Nesse Campeonato Paulista, Daiane esteve envolvida em algumas polêmicas que irritaram torcedores e jogadores. O primeiro deles foi no dérbi paulista que aconteceu no início de fevereiro, pela fase de grupos. O jogo teve três polêmicas principais, das quais todas aconteceram na segunda etapa.

Após o apito final, foi noticiado que o Palmeiras iria à Federação Paulista de Futebol (FPF) protocolar reclamação. Na coletiva de imprensa, Abel Ferreira, técnico palmeirense, criticou a arbitragem e falou que "a regra existe para se cumprir".

Nas quartas de final da competição, em Corinthians x Mirassol, Daiane foi árbitra principal e também ouviu reclamações dos dois lados. No primeiro tempo, faltas marcadas contra a equipe corintiana irritou jogadores, comissão técnica e os mais de 44 mil torcedores presentes na Neo Química Arena.

Porém, quem terminou o primeiro tempo se queixando foi o Mirassol. No finalzinho da primeira etapa, quando já estava 1x0 para a equipe da casa, André Carrillo efetuou um carrinho por trás e atingiu o tornozelo do atacante Clayson com as travas da chuteira.

Daiane marcou a falta e deu cartão amarelo para o jogador corintiano, mas a equipe do interior reclamou (e muito) para a árbitra expulsar o atleta. Nada feito. Após a partida, o lateral-esquerdo Reinaldo, capitão do Mirassol, comentou sobre o lance na zona mista.

“Com certeza [fomos prejudicados]. Se fosse à favor do Corinthians, ela já viria com vermelho. Sabemos que é assim, temos que jogar até contra eles [arbitragem]. O lance poderia ter mudado o jogo, deixando eles com 1 a menos, e a gente poderia ter ficado com a classificação”, disse.

A última polêmica aconteceu no jogo de volta da final, entre Corinthians x Palmeiras, na Neo Química Arena. O lance capital aconteceu aos 25 minutos do segundo tempo, quando Vitor Roque é lançado, vence Félix Torres na corrida, mas é atingido por um carrinho por trás do zagueiro equatoriano. Matheus Candançan, árbitro principal, prontamente assinalou o pênalti e não mostrou cartão amarelo para o defensor corintiano, o que seria o seu segundo e, consequentemente, seria expulso.

O Corinthians reclama que não foi pênalti, mas sim uma falta fora da área. Já o Palmeiras diz que, além da falta ser dentro da área, o que foi marcado, Félix deveria receber mais uma advertência, o que não aconteceu. Do minuto da marcação da penalidade até a cobrança, Abel Ferreira e sua comissão técnica ficaram indignados com a omissão do árbitro ao não mostrar o cartão ao zagueiro.

Durante um de seus gritos, o treinador teria falado ao quarto árbitro que “vocês têm que ver direito, é tudo contra nós, isso é absurdo, tais a roubar”, como relatado em súmula. Com isso, Matheus Candançan expulsou o português do jogo, que foi obrigado a assistir ao restante da partida no vestiário alviverde.

Mesmo com esse “rolo” todo, Daiane Muniz não sugeriu nenhuma revisão e o VAR não interrompeu o jogo, ou seja, se manteve a decisão de campo. Para “sorte” do quadro de arbitragem, Raphael Veiga perdeu o pênalti e Félix Torres faria mais uma falta dois minutos depois e, assim, também foi expulso.

Ainda nos minutos finais, o VAR finalmente foi acionado, após uma briga entre jogadores das duas equipes. Ao assistir filmagens da confusão, Matheus Candançan expulsou Marcelo Lomba, goleiro reserva do Palmeiras, e José Martinez, volante do Corinthians.

Mesmo com tantas polêmicas, Daiane Muniz foi eleita a melhor Árbitra de Vídeo (VAR) desta última edição do Campeonato Paulista, em cerimônia realizada pela Federação Paulista de Futebol (FPF). 

Ao todo, a árbitra participou de 12 jogos nesta edição do campeonato, incluindo clássicos e partidas decisivas: 

  • Novorizontino 0 x 1 Ponte Preta (Paulistão)
  • Portuguesa 1 x 2 São Paulo (Paulistão)
  • Velo Clube 0 x 1 Mirassol (Paulistão)
  • Inter de Limeira 1 x 1 RB Bragantino (Paulistão)
  • Palmeiras 1 x 1 Corinthians (Paulistão)
  • Ferroviária 2 x 2 Santo André (Paulistão)
  • Portuguesa 2 x 2 Corinthians (Paulistão)
  • São Paulo 1 x 2 Ponte Preta (Paulistão)
  • Corinthians 2 x 0 Mirassol (Paulistão - Quartas de Final)
  • Corinthians 0 x 0 Palmeiras (Paulistão - Final)

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Esportes

Sentença de Paquetá só será divulgada ao fim da temporada europeia, diz jornal britânico

O caso do brasileiro ainda está sendo apreciado pela Associação de Futebol da Inglaterra (FA, na sigla em inglês), porém não tem prazo para ser finalizado

07/04/2025 23h00

Foto: Rafael Ribeiro / CBF

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O julgamento do meio-campista Lucas Paquetá completou três semanas nesta segunda-feira. Mas o jogador, com passagens pela seleção brasileira, só vai conhecer a sentença ao fim da temporada europeia, em junho. O ex-Flamengo, que nega todas as acusações, vem sendo julgado na Inglaterra por suspeita de envolvimento em manipulação de resultados e apostas esportivas. A informação foi divulgada pelo jornal britânico The Guardian.

O caso do brasileiro ainda está sendo apreciado pela Associação de Futebol da Inglaterra (FA, na sigla em inglês), porém não tem prazo para ser finalizado. De acordo com o jornal, as partes envolvidas já foram informadas de que, independente da data do fim do julgamento, o resultado só será divulgado quando a temporada acabar - o Campeonato Inglês será encerrado no fim de maio.

Segundo o Guardian, a previsão é de que a sentença seja anunciada ao menos um mês e meio depois das oitivas dos envolvidos no caso. Sendo assim, Paquetá não terá problemas para defender o West Ham na reta final do Inglês. Sua equipe ocupa a 16ª colocação da tabela, perto da zona de rebaixamento, mas com chances remotas de queda.

A depender do resultado, os advogados de Paquetá poderão recorrer dentro da própria federação inglesa, na Fifa e até mesmo à Corte Arbitral do Esporte (CAS).

Paquetá é acusado de violar regras de conduta em quatro partidas do Campeonato Inglês entre 2022 e 2023: contra o Leicester City, em 12 de novembro de 2022; Aston Villa, no dia 12 de março de 2023; Leeds United, em 21 de maio de 2023; e contra o Bournemouth, em 12 de agosto do mesmo ano.

De acordo com o jornal The Guardian, o meia teria recebido de forma intencional cartão amarelo nestes confrontos "com o propósito impróprio de afetar o mercado de apostas para que uma ou mais pessoas lucrassem com as apostas".

Logo que se viu envolvido na denúncia, Paquetá alegou inocência e se colocou à disposição das autoridades para colaborar com as investigações. "Estou extremamente surpreso e chateado com o fato de a FA ter decidido me acusar", disse o atleta na época que garantiu acionar seus advogados para deixar tudo esclarecido "Nego as acusações na íntegra e lutarei com todas as minhas forças para limpar o meu nome."

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