Esportes

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Sul-mato-grossenses vivem experiência de participar da 100ª edição da São Silvestre

Corrida de rua mais tradicional do Brasil reuniu mais de 50 mil atletas em São Paulo e teve chegada emocionante na elite masculina

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A 100ª edição da São Silvestre aconteceu na manhã desta quarta-feira (31), nas ruas de São Paulo. Neste ano, a corrida mais tradicional do Brasil contou com a presença de mais de 55 mil pessoas durante o percurso de 15 quilômetros. Este número representa um recorde de inscrições, desde a sua criação em 1925.

De tão especial, teve atleta de Mato Grosso do Sul que esperou dois anos para poder participar pela primeira vez da São Silvestre, e fez questão de ser na 100ª edição. É o caso de Carla Luquezi, de 53 anos, que saiu de Corumbá para participar do evento.

"A vontade [de participar] começou desde 2023. A ideia era fazer ano passado. Mas resolvi deixar pra esse ano por causa do Centenário"

Carla comemora mais uma corrida concluída, sua primeira participação na São Silvestre

Ela, que é paranaense mas vive na Cidade Branca há 47 anos, conta que esta é uma experiência que todo corredor deve ter pelo menos uma vez na vida.

"Te digo todo corredor tem que fazer essa corrida pelo menos uma vez na vida. Foi uma energia incrível, muita emoção do começo ao fim. Cada corredor admirando ao outro a todo momento uma troca de energia, dando força, falando do lugar de origem, nenhum momento você se sente sozinho, tem a galera torcendo também com cartazes por todo o percurso. Sabe quando parece que você conhece todo mundo? Mais ou menos assim".  

Carla também fez parte de uma marca histórica. Neste ano, a participação de mulheres na São Silvestre bateu recorde. De acordo com os organizadores, 47% das pessoas que se inscreveram para participar da prova eram do sexo feminino.

Outro sul-mato-grossense que participou do icônico evento foi Leonardo Malta, natural de Miranda, mas que vive em Campo Grande. Ele relata as dificuldades que passou, desde a retirada do kit até o momento da corrida.

"Foi muito diferente. Muita gente. Desde a retirada do kit que foi disponibilizado em 4 dias até a prova com acesso difícil porque você tem que margear a Avenida Paulista até encontrar o seu pelotão. Muito difícil por causa do calor e da quantidade de pessoas transpirando. Às vezes, eu tinha que correr em zigue-zague pra encontrar espaços. Muita gente corre e para pra caminhar".

Leonardo corre há 12 anos, mas também participou da São Silvestre pela primeira vez
 

Apesar destes desafios, o corredor conta que se sentiu muito feliz em ter feito parte da centésima edição, pois acompanha a famosa corrida desde criança. Para ele, o principal motivo foi o amor a corrida e pela cidade de São Paulo.

"Foi a minha primeira São Silvestre. Estou muito feliz por ter participado dessa edição que foi histórica. Desde criança acompanhava pela televisão no último dia do ano e achava um barato! Hoje tive a oportunidade de fazer parte dessa prova ícone do esporte internacional. Não tinha meta de tempo porque sabia que seria muito congestionado. O principal motivo foi amor a corrida e uma prova que é referência no universo da corrida. Sem contar que amo São Paulo e sempre quis participar".

Para a biomédica Marianna Silva, não foi apenas uma corrida de rua, foi uma celebração épica. Ela também estreou na São Silvestre e diz que a prova para ela significa resiliência e conexão. Ela entende que participar do evento é celebrar a vida e o esporte no coração de São Paulo.

"Cruzar a linha de chegada em um ano tão emblemático trouxe um sentimento de realização que é difícil descrever em palavras; é um misto de gratidão e euforia. Ver a Avenida Paulista tomada por um mar de gente, cada um com sua história e superação, é de arrepiar. O percurso é desafiador — a subida da Brigadeiro Luís Antônio continua sendo o teste final de resistência e fé — mas o apoio do público nas calçadas nos empurra para cima. O ambiente estava vibrante, com pessoas fantasiadas, gritos de incentivo e uma solidariedade única entre os corredores."

Vencedores

A prova da elite masculina teve emoção na chegada. O corredor etíoe Muse Gizachew arrancou com um sprint final nos últimos 50 metros e ultrapassou o queniano Jonathan Kipkoech, ficando com a primeira colocação. O brasileiro mais bem colocado foi Fábio Jesus, que terminou com a terceira posição. 

O pódio masculino ficou assim:

1º lugar - Muse Gizachew (Etiópia) - 44min28s
2º lugar - Jonathan Kipkoech (Quênia) - 44min32s
3º lugar - Fábio Jesus Correia (Brasil) - 45min06s
4º lugar - William Kibor (Quênia) - 45min28s
5º lugar- Reuben Poghisho (Quênia) - 45min46s

Entre as mulheres, a tanzaniana Sisilia Panga foi a campeã, com o tempo de 51min08s. Na segunda colocação ficou a queniana Cynthia Chemweno. A brasileira Núbia Oliveira terminou a prova no terceiro lugar.

O pódio geral feminino ficou assim:

1º lugar: Sisilia Ginoka Panga (Tanzânia) - 51min08s
2º lugar: Cynthia Chemweno (Quênia) - 52min31s
3º lugar: Núbia de Oliveira (Brasil) - 52min42s
4º lugar: Gladys Pucuhuaranga (Peru) - 53min50s
5º lugar: Vivian Kiplagati (Quênia) - 54min12s
 

ENTREVISTA

Gustavo Henrique, do Corinthians, revela terapia na época de Flamengo: 'Pior zagueiro do mundo'

Defensor foi um dos principais jogadores do elenco alvinegro em 2025, sendo essencial na conquista dos dois títulos na temporada

28/12/2025 22h00

Gustavo Henrique foi um dos melhores jogadores do Corinthians em 2025

Gustavo Henrique foi um dos melhores jogadores do Corinthians em 2025 Foto: Jhony Inacio / Meu Timão

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Gustavo Henrique foi um dos principais nomes do Corinthians neste ano. O clube de Parque São Jorge conquistou dois títulos na temporada, do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil. Aproveitando o bom momento, o defensor lembrou de um período difícil que viveu na carreira. Em 2020, quando estava no Flamengo, o zagueiro revelou que precisou de ajuda psicológica.

"Eu fiz terapia. Vejo vídeos que me ajudam, porque ali no Flamengo eu tive um momento muito ruim, que foram quatro jogos que deu tudo errado para mim", disse Gustavo Henrique, em entrevista ao Bola da Vez, da ESPN.

"Me tacharam como o pior zagueiro do mundo. Eu ainda não tinha passado por isso na minha carreira, e a parte da terapia me ajudou a se preparar para um momento como esse", complementou.

Gustavo Henrique é titular absoluto do Corinthians e um dos homens de confiança do técnico Dorival Júnior. Nas últimas partidas da temporada, na reta final da Copa do Brasil, ele formou dupla de zaga ao lado de André Ramalho.

Neste ano de 2025, Gustavo Henrique realizou 39 jogos pelo Corinthians, com quatro gols marcados e uma assistência. Revelado pelo Santos, ele já passou por Fenerbahçe, da Turquia, e Valladolid, da Espanha.

NOVOS ARES?

Natural de Iguatemi, Patrícia Sochor anuncia saída do Cruzeiro

Anunciada em janeiro, atleta se despede do Cabuloso com três gols em 28 jogos e título do Campeonato Mineiro

28/12/2025 16h30

Patrícia Sochor balançou a rede três vezes esta temporada, além de ter conquistado o Estadual

Patrícia Sochor balançou a rede três vezes esta temporada, além de ter conquistado o Estadual Foto: Reprodução/Instagram

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A jogadora sul-mato-grossense Patrícia Sochor anunciou a saída do Cruzeiro depois de uma temporada, que terminou com a conquista do Campeonato Mineiro no mês passado.

Anunciada em janeiro junto com outras 12 atletas, Sochor foi uma das contratações do Cabuloso nesta nova fase do futebol feminino do clube. Em números, a atleta não teve um dos seus anos mais inspirados, com apenas três gols em 28 jogos, a maioria saindo do banco de reservas.

Com investimentos altos, a expectativa para 2025 era grande. Porém, a grande pedra no sapato do Cruzeiro nesta temporada foi o Corinthians. Na Copa do Brasil - que voltou ao calendário do futebol feminino brasileiro depois de nove anos - foram eliminadas para o Timão nos pênaltis, ainda na terceira fase da competição.

No Campeonato Brasileiro, terminaram na 1ª colocação a primeira fase, com 36 pontos conquistados. Eliminaram o Bragantino e o Palmeiras nas quartas de final e semifinal, respectivamente. Mas, na grande decisão, foram vice-campeãs para as ‘Brabas’, após empatarem em Minas Gerais em 2 a 2 e perderem em São Paulo por 1 a 0.

Para fechar o ano em grande estilo, conquistaram o Campeonato Mineiro em cima do América-MG, com placar agregado de 6 a 2. Vale destacar que, com a boa campanha no Brasileiro, o Cabuloso garantiu classificação para a Copa Libertadores de 2026.

Na publicação de despedida, Sochor ressalta a temporada no clube e agradeceu os torcedores, companheiras de equipes e comissão técnica.

“Um ciclo muito especial da minha carreira e da minha vida que se encerra. Foram dias de trabalho, entrega e aprendizado vestindo a camisa do Cruzeiro. Agradeço a todas as pessoas que fizeram parte dessa caminhada dentro e fora de campo, e à Nação Azul, que sempre esteve presente com seu apoio e sua paixão. Levo esse clube e tudo o que vivi aqui comigo, com orgulho e gratidão! Obrigada Cruzeiro de Garotas, até breve”, disse.

Enquanto isso, nas redes sociais do clube, o Cruzeiro fez questão de agradecer aos serviços prestados pela atleta durante o ano. "Agradecemos por toda entrega, dedicação e empenho com a camisa celeste. Desejamos sucesso em suas trajetórias", destaca.

Perfil - Patrícia Sochor

Nascida no dia 29 de abril de 1994 (31 anos), em Iguatemi, município de Mato Grosso do Sul com menos de 15 mil habitantes, Patrícia da Silva Sochor joga profissionalmente desde 2012, quando estreou com a camisa do Avaí/Kindermann (SC), um dos clubes pioneiros da modalidade no Brasil.

No clube catarinense, onde ainda conquistou dois estaduais, permaneceu até meados de 2013, quando se transferiu para o Comercial (MS), mas nem chegou a atuar com a camisa do clube de Campo Grande. Em 2014, atuou por três clubes diferentes: Vasco da Gama (RJ), onde atuou por apenas 4 jogos, Avaí/Kindermann novamente e Osasco Audax (SP).

No ano seguinte, foi para o Centro Olímpico (SP), uma das principais equipes do futebol feminino na época, que contava com uma das melhores jogadoras da história, a atacante Cristiane. No clube paulistano marcou três gols em nove jogos.

Mas, foi em 2016 que começaria a receber mais chances nas equipes onde jogava, quando se transferiu para a Ferroviária. Na primeira temporada com a camisa grená, atuou em 12 jogos e marcou dois gols. No mesmo ano, se transferiu para o Huelva (Espanha), onde teve marcas parecidas, com 11 jogos e dois gols.

Em 2017, mudou de ares e foi para o Santos (SP), onde ficaria até 2019. No clube do litoral paulista, atuou em 83 jogos e balançou as redes em 21 oportunidades. Conquistaria o Campeonato Brasileiro de 2017 e o Campeonato Paulista de 2018.

Em 2020, voltaria a vestir a camisa do Ferroviária. Na sua segunda passagem pelo clube de Araraquara (SP), atuou em 56 jogos, marcou 18 gols e deu seis assistências. Conquistou a Copa Libertadores da América de 2020.

Já em 2022, se transferiu para o Palmeiras (SP), onde ficaria por apenas um ano. Porém, neste pouco tempo de clube, atuou em 34 partidas, marcou 11 gols e foi campeão novamente da competição continental e do Campeonato Paulista.

Em 2023, voltou ao Ferroviária para, até então, sua última passagem. Atuou em mais 43 jogos, marcou sete gols e deu três assistências (juntando com os dados de 2024). Em novembro, sua saída da equipe foi anunciada e, dois meses depois, aceitou defender as cores do Cruzeiro.

Além da sua carreira por clubes, Sochor também já representou a seleção brasileira. Em 2014, foi campeã e vice-artilheira do Campeonato Sul-Americano de Futebol Feminino Sub-20, competição do qual o Brasil domina, com 10 títulos em 10 edições. Na seleção principal, não teve oportunidades.

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