Esportes

Copa Verde 2018

Trinta anos depois, Corumbaense volta
a disputar uma competição nacional

Trinta anos depois, Corumbaense volta
a disputar uma competição nacional

RAFAEL RIBEIRO

19/01/2018 - 17h42
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A Copa União, como foi chamado o Campeonato Brasileiro de 1987, pode trazer más lembranças aos torcedores de Flamengo (RJ) e Sport Recife pela eterna discussão de quem é o legítimo dono do título daquela temporada. Mas em Mato Grosso do Sul, o ano é lembrado com carinho. Se na Capital o Operário sagrou-se campeão do Módulo Azul - única conquista nacional do Galo, no Módulo Branco, o Corumbaense conquistou a alcunha de primeirio clube do inteior do Estado a jogar uma competição de nível nacional.

E neste domingo, às 16h (de MS), o Carijó voltará a uma disputa nacional pela primeira vez nesses 30 anos. Um dos dois representantes do Estado, o outro é justamente o Operário, o Alvinegro da Cidade Branca faz o jogo de ida em casa, no Estádio Arthur Marinho, contra o Ceilândia, de Brasília (DF), pela fase preliminar da Copa Verde.

O confronto de volta acontece já nesta quarta-feira (24), às 15h (de MS), na cidade satélite de mesmo nome do clube adversário, no Distrito Federal. O duelo é mata-mata e em caso de igualdade no placar, o critério de desempate são os gols marcados fora de casa.

O vencedor desse duelo encara na segunda fase o temido Luverdense, de Mato Grosso, equipe que conta com alto investimento financeiro, é o atual campeão da competição e disputou no ano passado a Série B do Brasileirão, quebrando as hegemonias de Goiás e Distrito Federal de serem os únicos a terem representantes da Região Centro-Oeste nasa principais divisões nacionais.

Depois do susto do risco de não poder contar com seu estádio, o Corumbaense acertou as coisas e fez boa estreia no Estadual, vencendo o Operário de Dourados por 3 a 0, na última quarta-feira (17).

A tendência é que o técnico do Carijó, Douglas Ricardo, leve a campo neste domingo a mesma base que estreiou no Sul-Mato-Grossense, com Guilherme; Robinho, Rodrigo, Augusto e Igor Pimentel; Valdinei, Guilherme, Mutuca e Aguinaldo; William e Geraldo, o “G9”, maior ídolo da torcida.

A CBF determinou um trio paraense para atuar na partida, comandado pelo árbitro Joelson Nazareno Ferreira Cardoso com os assistentes Bárbara Roberto da Costa e Luis Diego Nascimento Lopes. Dois sul-mato-grossenses da FFMS estarão atuando junto. Thiago de Alencar Gonzaga será o quarto-árbitro com Manoel Paixão dos Santos, como analista de campo.

Após a partida, o presidente alvinegro, Luiz Bosco Delgado, elogiou a presença do público e projetou uma nova fase com as participações garantidas nas competições nacionais - o clube jogará ainda Copa do Brasil (encara o Asa, de Alagoas, no dia 7 de fevereiro, em casa) e Série D do Brasileirão, esse último no segundo semestre.

"Todos acompanharam nosso trabalho, é muita gente trabalhando pra tentar deixar o estádio bonito, fazer uma apresentação para o estado todo, e essa tensão acabou. Acreditamos que daqui pra frente não ocorram mais turbulências e que possamos trabalhar com tranquilidade, com fé, com esperança. Sabemos que o campeonato não é tão longo, mas é difícil, as equipes cada vez mais procurando melhorar em qualidade, mas temos certeza que faremos um belíssimo campeonato e quem sabe ter boas apresentações na Copa do Brasil e Copa Verde", disse, ao "Diário Corumbaense." 

HISTÓRICO

A história do Corumbaense em competições nacionais começa em 1984, ano do primeiro título estadual do clube (o segundo veio em 2017).

Na ocasião, a CBF prometeu a vaga de 1985 na Taça de Ouro, como era chamado o Brasileirão, ao campeão sul-mato-grossense do ano anterior,  mas um imbróglio curioso adiou o sonho do Carijó: o Douradense, que teoricamente terminou na terceira colocação do Estadual, protestou por suposta escalação de jogador irregular do Operário, vice.

A briga foi parar no Conselho Nacional de Desportos (CND), órgão extinto nos anos 1990, que demorou e decidiu de forma absirda que Corumbaense e Douradense deveriam fazer de novo a final do Estadual de 1984. Em julho de 1985, o Carijó venceu novamente e ratificou seu título, mas o estrago havia sido feito e as indicações tanto para os anos de 1985 (disputado no primeiro semestre) e 1986 do Brasileirão ficaram com a dupla Comerário.

Somente em 1987, depois da confusão da CBF que culminou na criação do Clube dos 13 e da Copa União, é que a Corumbaense enfim pôde desfrutar do prêmio pela conquista de três anos antes.

A equipe jogou no módulo que era correspondente a uma quarta divisão. E foi bem, no Grupo F, teoricamente forte, superou Anapolina (GO) e Brasília (DF) e se classificou à segunda fase ficando atrás apenas de Ponte Preta (SP).

No mata-mata, o Corumbaense até foi bem em casa. No dia 18 de novembro venceu o Uberlândia, que seria finalista, por 1 a 0. E na volta, no interior mineiro, segurou um revés por 2 a 1 nos 90 minutos, mas acabou caindo por 3 a 0 na prorrogação.

Foi o último grande momento do plantel campeão estadual de 1984, time deixou mais que saudade, sua história marcada no futebol sul-mato-grossense e definiu que na região do Pantanal é o Carijo que canta forte. E este terá mais três oportunidades para mostrar isso.

Confia a campanha da Corumbaense na Copa União de 1987:

0 x 2 Anapolina - Anápolis (GO)
2 x 3 Brasília - Brasília (DF)
2 x 2 Ponte Preta - Corumbá
2 x 0 Anapolina - Corumbá
2 x 0 Brasília - Corumbá
0 x 3 Ponte Preta - Campinas (SP)
1 x 0 Uberlândia - Corumbá
1 x 5 Uberlândia - Uberlândia (MG)

ESPORTES

Marcênio, de Campo Grande, bate o Corinthians e vence bicampeonato nacional de futsal

O campo-grandense foi um dos heróis do primeiro jogo da final ao empatar a partida que terminou em 3x3, em São Paulo.

14/12/2025 16h00

Marcênio comemorando gol que garantiu o empate em 3x3 no primeiro jogo da final, no Ginásio Wlamir Marques, em São Paulo

Marcênio comemorando gol que garantiu o empate em 3x3 no primeiro jogo da final, no Ginásio Wlamir Marques, em São Paulo Reprodução: rede social

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De Campo Grande para o mundo, Marcênio Ribeiro da Silva, ou simplesmente Marcênio, já é um dos principais nomes do futsal nacional. Neste sábado (13), o ala do Jaraguá conquistou seu bicampeonato da Liga Nacional de Futsal, ao vencer o time do Corinthians, no jogo de volta, por 3 a 0.

O sul-mato-grossense foi fundamental na final, já que garantiu o gol de empate no primeiro jogo da decisão, que terminou em 3x3, diante do Ginásio Wlamir Marques, em São Paulo, lotado de corintianos. O tento marcado pelo jogador foi o quarto dele na competição.

Marcênio comemorando gol que garantiu o empate em 3x3 no primeiro jogo da final, no Ginásio Wlamir Marques, em São Paulo
Marcênio celebra seu bicampeonato com o Jaraguá Futsal / Reprodução: rede social

Ontem, o time catarinense jogou em casa, com a Arena Jaraguá lotada de torcedores que apoiaram o time. Na primeira etapa, quando o jogo se encaminhava para o intervalo sem gol, Bruninho, restando menos de dois minutos, fez rápida tabela e chutou com força para fazer 1 a 0 para explosão do ginásio.

No começo da segunda etapa Igor Carioca por pouco não empatou. Ele perdeu o gol mais feito da partida em contra-ataque livre na frente do goleiro Di Fanti chutando para fora. O castigo veio em seguida. Pedrinho fez grande jogada e foi derrubado por Kelvin. O goleiro alegou simulação, o Vídeo Suporte foi acionado, mas a penalidade foi confirmada após a revisão. Eka bateu firme e ampliou para 2 a 0.

A festa foi maior com o terceiro gol nos segundos finais, marcado pelo fixo Leco, ídolo do clube. Com o título.

Após os títulos de 2005, 2007, 2008, 2010 e 2024, o Jaraguá se consolidou como o maior campeão da competição, superando a Associação Carlos Barbosa de Futsal (ACBF) e conquistando novamente a taça em 2025.

Carreira de Marcênio

Antes de chegar ao Jaraguá, Marcênio vestiu por seis meses as cores do Anderlecht, da Bélgica, e cinco temporadas no Barcelona, da Espanha, um dos melhores clubes do mundo. 

Durante sua passagem no clube espanhol, o atleta campo-grandense conquistou 16 títulos, incluindo sua segunda Champions League da modalidade. Ele também venceu o torneio continental pela equipe russa Gazprom-Ugra. 

Na Capital de Mato Grosso do Sul, onde nasceu, o jogador atuou na Geração 2000, em 1997, e, posteriormente, passou pelo time do Colégio ABC, ficando até 2007, quando foi para o Santa Fé Futsal, da cidade Santa Fé do Sul (SP), já como atleta profissional.

Em 2024, um ano repleto de conquistas para Marcênio, o ala foi campeão por clube e pela seleção brasileira. O atleta venceu a Copa América e fez parte do elenco campeão contra a Argentina. Na competição, marcou dois gols e uma assistência na campanha perfeita da seleção brasileira. Além disso, também conquistou a Copa do Mundo de Futsal de 2024, disputada no Uzbequistão. No Jaraguá, levantou as taças do Estadual e da LNF.

DECISÃO

Finalistas da Copa do Brasil serão conhecidos neste domingo

Corinthians e Cruzeiro jogam em Itaquera e Flu e Vasco no Maracanã

14/12/2025 07h15

Taça da Copa do Brasil, levantada pelo Flamengo no ano passado

Taça da Copa do Brasil, levantada pelo Flamengo no ano passado Foto: Lucas Figueiredo/CBF

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A Copa do Brasil conhecerá, neste domingo (14), os seus dois finalistas em partidas que envolvem Corinthians e Cruzeiro, em Itaquera, e Fluminense e Vasco, no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro.

Timão em vantagem

O primeiro finalista será definido a partir das 18h (horário de Brasília), quando o Corinthians recebe o Cruzeiro em Itaquera com uma vantagem mínima, após triunfar por 1 a 0 no confronto de ida.

Desta forma, a equipe do Parque São Jorge garante a vaga na decisão da competição mesmo com um empate. Já a Raposa precisa vencer por dois de diferença para se classificar no tempo regulamentar, ou de ao menos um triunfo por diferença simples para forçar as penalidades máximas.

Mesmo jogando em casa com o apoio de sua Fiel torcida, o técnico Dorival Júnior afirmou, em entrevista coletiva, que o confronto está aberto: “O jogo do final de semana será ainda mais pesado, muito mais forte, com as equipes ainda mais concentradas, e o resultado está todo ele em aberto. Temos uma pequena vantagem, muito importante, construída dentro da casa do Cruzeiro”.

Uma dúvida do Timão é o centroavante Yuri Alberto, que sentiu um incômodo na perna esquerda na partida da última quarta-feira (10). Quem tem dois desfalques confirmados é o Cruzeiro, que não poderá contar com o zagueiro Lucas Villalba, que sofreu uma lesão no tornozelo esquerdo, e com o volante Lucas Romero, suspenso por acúmulo de cartões amarelos.

Em uma partida na qual precisa marcar gols, Léo Jardim pode contar com o retorno do atacante Wanderson, que se recuperou de uma lesão muscular na coxa esquerda. “Com certeza, [o Wanderson] tem a opção de treinar, mas é um jogador que está fora há algum tempo. O condicionamento dele, se for para dez ou 15 minutos, ajudará principalmente em termos defensivos”, declarou o técnico português.

Clássico carioca

O segundo finalista da competição será conhecido quando terminar o clássico entre Fluminense e Vasco, que será disputado a partir das 20h30 no estádio do Maracanã. O Cruzmaltino entra em campo muito animado após triunfar no confronto de ida, na última quinta-feira (11), pelo placar de 2 a 1.

Apesar da vantagem, o técnico Fernando Diniz manteve uma postura humilde após a partida. “Terminou apenas o primeiro tempo. São 180 minutos e temos que ficar focados, procurar corrigir o que erramos hoje e enfrentar o jogo de domingo com a máxima seriedade e respeitar o nosso adversário”, declarou em entrevista.

Quem se manifestou de forma semelhante foi o comandante do Fluminense, o argentino Luis Zubeldía: “Quem acredita que jogos de Copa são apenas 90 minutos está errado. Apenas se vencer por 3 a 0 ou 4 a 0 [...]. Temos que corrigir ações pontuais, como transições, um contra um. É ajustar para os próximos 90 minutos para dar a volta no mata-mata”.

Para esta partida decisiva o Fluminense contará com um importante retorno, do atacante uruguaio Agustín Canobbio, que não jogou o primeiro jogo da semifinal por estar suspenso por acúmulo de cartões amarelos.

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