No início de 2025, pesquisadores descobriram uma nova espécie de sucuri-verde, também popularmente conhecida como anaconda. Em estudo publicado na revista científica Diversity, o animal encontrado no norte da América do Sul recebeu o nome de Eunectes akiyama. Podendo ultrapassar os 200 quilos, o Instituto Butantã decretou ser a maior serpente em volume corpóreo do planeta.
Segundo o professor Miguel Trefaut Urbano Rodrigues, do Instituto de Biociências da USP, a nova espécie apresenta características morfológicas semelhantes à sucuri-verde tradicional. Porém, os estudos genéticos preliminares revelaram diferenças significativas. “Eles acabaram descobrindo diferenças importantes em genes mitocondriais entre várias populações do norte da América do Sul”, explicou.

O registro da anaconda coloca em evidência a possibilidade de o território brasileiro conter um leque ainda maior em relação à fauna. Para se ter uma noção, atualmente estão registradas 435 espécies de cobras no país, com aproximadamente 70 sendo peçonhentas. Apesar de seu volume corpóreo chamar a atenção, a Eunectes akiyama não produz veneno, sendo encontrada na Amazônia, Cerrado e parte da Mata Atlântica.
Mais detalhes sobre a anaconda
Uma equipe da Universidade de Queensland, na Austrália, imergiu na Amazônia equatoriana a convite do povo Waorani. Jamais documentada anteriormente, os estudantes se depararam com a anaconda verde do norte (Eunectes akayima), serpente que pode chegar a 8,43 metros de comprimento e 1,11 metro de largura.
O detalhe curioso é que especialistas que estudam as serpentes identificaram que as espécies recém-identificadas de anaconda verde do norte são diferentes da anaconda verde do sul há quase 10 milhões de anos e diferem geneticamente em 5,5%. “Para colocar isto em perspectiva, os humanos diferem dos chimpanzés em apenas cerca de 2%”, afirma Bryan Fry, biólogo da Universidade de Queensland.
Geralmente esse tipo de animal ataca suas presas, enrolando seu grande corpo ao redor da vítima para, depois, apertar com força até matá-la. Por sua refeição carnívora, a alimentação das anacondas inclui vertebrados aquáticos e terrestres, como peixes, répteis, anfíbios, aves e mamíferos. De modo geral, as fêmeas costumam ser maiores, podendo, inclusive, chegar a pesar até mais de 200 quilos.





