A KoBold Metals, startup norte-americana de mineração, financiada por gigantes nomes da tecnologia como Bill Gates e Jeff Bezos, surpreendeu a todos ao anunciar a descoberta de um dos maiores depósitos de cobre do mundo. Localizada na Zâmbia, a mina nomeada de Mingomba somente foi encontrada após a utilização de Inteligência Artificial (IA).
Prometendo revolucionar a produção de energia verde no planeta, a empreitada é resultado de pouco mais de um ano de exploração intensiva. De acordo com o presidente da KoBold Metals, Josh Goldman, ainda não é possível cravar o quantitativo do tesouro encontrado, mas é equiparado à mina Kakula, na República Democrática do Congo, que produziu cerca de 400 mil toneladas de cobre em 2023.

“A história de Mingomba é que ela é como Kakula, tanto no tamanho quanto no grau. Será uma das grandes minas subterrâneas de mais alto grau. Capitalizamos a empresa para podermos fazer investimentos de longo prazo. Nós nos importamos muito com o preço dessas commodities em 2035 e não nos importamos com o preço em 2024”, afirmou Goldman em entrevista na Cidade do Cabo.
Para se ter uma noção do impacto econômico que a mina pode causar, Mingomba tende a ajudar o governo de Zâmbia, o segundo maior produtor de cobre da África, a reverter anos de declínio e a atingir sua meta de triplicar a produção em uma década. Para que a produção seja acelerada, a KoBold Metals estipula a construção da nova instalação no valor de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10,7 bilhões na cotação atual).
Impactos da mina de cobra “descoberta” por Gates e Bezos
Embora o tesouro gere o interesse de várias nações, empresas de mineração ligaram o sinal de alerta devido à iminência de déficits de cobre, impulsionados pela crescente demanda pelo metal em parques eólicos e solares, cabos de alta tensão e veículos elétricos. O detalhe curioso é que a reserva da Zâmbia faz parte do portfólio da KoBold, que conta ainda com explorações de mais de 60 outras áreas em outros países.





