A princípio, Utrecht, na Holanda, é conhecida por ser a cidade em que existem mais bicicletas que pessoas. No entanto, um município brasileiro ganhou os holofotes da imprensa por proibir o uso de carros e motos, colocando em evidência o meio de locomoção não poluente. Trata-se de Afuá, região localizada no Pará, no Arquipélago de Marajó.
Composta por cerca de 40 mil habitantes, a cidade proibiu a circulação de veículos motorizados em suas ruas desde 2002. A regra em questão tornou-se estratégica, uma vez que as cheias do rio Amazonas são recorrentes e as ruas são suspensas em palafitas de maneira. Como resultado do decreto, as bicicletas tornaram-se os principais meios de locomoção, colaborando ainda para um futuro ecologicamente consciente.

Longe de ser o lugar mais turístico do Brasil, Afuá tem sua estrutura urbana construída sobre palafitas, o que inviabiliza automóveis transitando na região. Para aqueles que estão acostumados com engarrafamentos e o estresse que somente o acúmulo de carros e motos é capaz de proporcionar, desembarcar no município paraense pode ser a solução para a harmoniosidade.
Embora não seja economicamente desenvolvida, a ausência de veículos motorizados na cidade elimina a poluição sonora e promove um estilo de vida mais saudável. Por sua vez, as bicicletas se adaptam às necessidades de cada indivíduo, sendo utilizadas como táxis e até mesmo ambulâncias, conhecidas como bicilâncias.
Como conhecer a cidade das bicicletas?
Aos interessados em conhecer a Cidade das Bicicletas, é necessário viajar até Macapá, capital do Amapá. Nesse ponto, os viajantes precisam pegar uma lancha do transporte hidroviário até a cidade de Afuá, na Ilha de Marajó. Embora seja o único município a ter adotado o meio de locomoção de forma obrigatória, outras ofertas servem como atrativos para os curiosos.
Mas, afinal, o que fazer em Afuá?
- O açaí é uma iguaria local, com a feira do açaí acontecendo todas as manhãs;
- Se a visita ocorrer em julho, é possível conhecer o Festival do Camarão;
- A igreja de Nossa Senhora da Consolação é considerada um marco histórico;
- Passeios de barco pelos rios e igarapés;
- Conhecer os artesanatos e culinária local.





