Nos últimos anos, a indústria da aviação tem sofrido prejuízos significativos, motivo do aumento dos processos de falência por parte das companhias aéreas. Um dos casos mais notórios diz respeito à Braathens International Airways, da Suécia. A empresa não conseguiu reestruturar suas finanças, motivo que culminou no encerramento de suas operações.
Prestigiada no mercado, a Braathens Aviation costumava fornecer aeronaves para a Scandinavian Airlines e operava voos independentes entre cidades menores na Suécia, Dinamarca e Finlândia. Fundada em 2022, a companhia aérea enfrentou problemas financeiros que geraram a segunda falência, motivo pelo qual se despediu do mercado no dia 30 de setembro deste ano.

Segundo a administração da empresa sueca, a decisão esteve estritamente ligada à crise de liquidez que impossibilitou manter a frota de aeronaves Airbus em atividade. Nesse ínterim, cerca de 200 funcionários foram diretamente afetados, enquanto vários clientes e turistas que haviam fechado pacotes com antecedência tiveram voos cancelados de forma imediata.
É válido salientar que a falência restringe-se somente à unidade responsável pelos voos charter internacionais. Dessa forma, as operações realizadas em ACMI com ATR72-600 continuam inalteradas sob as empresas do grupo Braathens Regional. A companhia buscou financiamento para manter as operações durante o período de transição, mas não obteve sucesso.
Melhor companhia aérea da América do Sul encerra operações no Brasil
Eleita a melhor companhia aeronáutica regional da América do Sul por intermédio do World Airline Awards 2025, a Azul Linhas Aéreas pegou a todos de surpresa ao anunciar o encerramento de algumas operações. Com o objetivo de reduzir custos e dívidas devido ao processo de recuperação judicial nos Estados Unidos, a empresa deixará de atuar em 53 rotas de 13 cidades.
Isso significa que a companhia aérea do Brasil não fechará suas portas, apenas não mais trabalhará em regiões pouco lucrativas, já que o plano de negócios envolve a reestruturação financeira. Nesse ínterim, a Azul adotou algumas estratégias para otimização da frota, melhorias da receita, nas unidades de negócios, redução do CapEx e menor exposição cambial.
Embora tenha surpreendido alguns viajantes, a ideia da companhia aérea é reduzir mais de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10,9 bilhões na cotação atual) em dívidas. Por outro lado, a Azul projeta faturar R$ 1,6 bilhão (R$ 8,7 bilhões) em financiamento, dos quais aproximadamente US$ 950 (R$ 5,1 milhões) voltarão para investimentos de capital na saída do processo de recuperação judicial.





