O Taraxacum officinale, conhecido como dente-de-leão, possui flavonoides e lactonas sesquiterpênicas em sua estrutura química. Esses compostos são responsáveis por suas aplicações históricas na medicina popular, especialmente no tratamento de disfunções hepáticas e digestivas. A planta atua como agente desintoxicante, estimulando a eliminação de substâncias nocivas pelo organismo.
Estudos modernos validam seu uso empírico, destacando mecanismos de ação que envolvem a modulação de enzimas hepáticas e a regulação de processos metabólicos. Sua versatilidade permite aplicação em chás, extratos ou cápsulas, sempre com orientação profissional para evitar interações medicamentosas.

Mecanismo diurético e redução de edema
A capacidade diurética do dente-de-leão está associada à presença de taraxasterol e inulina. Essas substâncias aumentam a filtração renal e a excreção de sódio, reduzindo a retenção hídrica em tecidos periféricos.
Uma pesquisa publicada no Journal of Alternative and Complementary Medicine por Clare et al. demonstrou que o consumo regular de extrato da planta elevou a produção urinária em 30% comparado ao placebo.
Esse efeito contribui para a diminuição de inchaços em membros inferiores e abdômen, comum em casos de má circulação linfática. A eliminação de líquidos intersticiais também alivia a pressão sobre vasos sanguíneos, melhorando o transporte de nutrientes.
Ação hepatoprotetora e desintoxicação
O fígado beneficia-se diretamente dos polifenóis do dente-de-leão, que estimulam a produção de bile e a regeneração de hepatócitos. A bile acelerada facilita a digestão de gorduras e a excreção de toxinas lipossolúveis, enquanto a proteção celular previne danos por radicais livres.
Essa dupla função de detoxificação e regeneração explica seu uso em quadros de sobrecarga hepática, como abuso de álcool ou medicamentos. A planta ainda auxilia no controle de níveis séricos de colesterol, conforme evidenciado em modelos experimentais com animais.




