Para a Copa do Mundo de 2026, a fornecedora de materiais esportivos do Brasil chegou a cogitar a possibilidade de implementar a cor vermelha na camisa da equipe pentacampeã mundial, mas a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vetou a ideia. No entanto, um detalhe que poucos sabem é que a coloração já chegou a fazer parte do brasão da nação.
Apesar de atualmente a bandeira do Brasil ser tomada pelas cores amarela, verde, azul e branca, em seus primórdios outros tons ganharam destaque. Por ter sido colonizado pelos portugueses, o país carregou consigo a herança europeia, mas, ao decorrer dos anos, todo o modelo foi repaginado, tendo em vista as passagens das fases políticas e simbólicas.

A título de curiosidade, durante o período colonial, o território brasileiro usava as bandeiras do Reino de Portugal, que também sofreram alterações ao longo dos anos. Como resultado do domínio português, o Brasil incorporou símbolos e cores desse reino, em que o vermelho aparecia em emblemas e brasões. O modelo em questão perpetuou-se até 1822, com a independência conquistada.
Diante do encerramento do ciclo, o Império do Brasil adotou uma nova bandeira, mas sem destacar a influência europeia. Sobretudo, a cor verde presente no emblema representava a Casa de Bragança, enquanto o amarelo destacava a Casa de Habsburgo, da imperatriz Maria Leopoldina. No mais, em seu centro, se sobressaia o brasão imperial, decorado com ramos de café e tabaco.
Imposição da bandeira atual do Brasil
Depois da Proclamação da República, datada em 15 de novembro de 1889, o Brasil adotou um novo desenho para a bandeira. Mostrando sua autonomia econômica, política e social, o brasão imperial foi substituído por uma esfera azul com faixa branca inscrita com “Ordem e Progresso”. Nesse intervalo, as estrelas surgiram para representar os estados da federação.
Se anteriormente as cores verde e amarela simbolizaram a influência dos colonizadores em nosso território, os tons ganharam um novo significado para os brasileiros. Ainda que sejam levantados questionamentos, para o senso comum, a coloração passou a desenhar a biodiversidade do país, tais como as matas e as riquezas nacionais.





