A Ayam Cemani, conhecida como a galinha mais cara do mundo, é uma espécie originária da Indonésia que se destaca por sua aparência completamente negra. Seu nome, que significa “frango totalmente preto”, reflete bem sua característica mais marcante: penas, bico, crista, língua, ossos e até carne têm coloração escura.
Essa peculiaridade vem de uma mutação genética rara chamada fibromelanose, responsável por causar hiperpigmentação em todos os tecidos do corpo da ave. O fenômeno chama a atenção de pesquisadores e criadores por ser um dos exemplos mais extremos de pigmentação já registrados no reino animal.

Uma raridade valiosa e simbólica
Documentada pela primeira vez em 1920, a Ayam Cemani se tornou objeto de prestígio entre criadores, chefs e colecionadores. Cada exemplar pode alcançar valores próximos de R$ 33 mil, especialmente quando apresenta pureza genética e boas condições reprodutivas. No mercado internacional, um único ovo pode ser vendido por até R$ 88, o que torna sua criação um negócio de alto retorno.
Apesar do alto valor, a Ayam Cemani tem baixa produtividade, com cada fêmea colocando de 80 a 150 ovos por ano. Sua raridade e aparência singular a tornaram símbolo de status. Pesquisadores afirmam que a mutação genética responsável pela pigmentação extrema pode ter se originado em uma única ave ancestral.
Na Indonésia, a Ayam Cemani é associada a rituais espirituais e crenças místicas. Por causa da coloração intensa, acredita-se que a ave possui propriedades protetoras e traz boa sorte. Em cerimônias tradicionais, sua carne é usada como oferenda ou símbolo de prosperidade. Fora do campo espiritual, ela também ganhou espaço na gastronomia, sendo apreciada por sua textura firme e alto teor de proteínas, além de baixo índice de gordura.





