Uma importante descoberta reforça o papel do Brasil no cenário global de energia nuclear. A nova mina de urânio localizada em Caetité, na Bahia, possui capacidade estimada de produção de 400 toneladas por ano, consolidando-se como o principal polo de exploração do mineral no país.
A região de Lagoa Real, onde está situada a mina, já abriga a única operação ativa de urânio no território nacional e concentra um dos maiores potenciais produtivos da América Latina. De acordo com o Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), os recursos totais da área somam mais de 99 mil toneladas do metal.
O urânio é essencial para a geração de energia nuclear e tem aplicações relevantes em setores como pesquisa científica, medicina e agricultura. Por isso, o avanço nas operações de Caetité tem atraído o interesse do mercado internacional e reacendido discussões sobre a autossuficiência brasileira na produção do combustível nuclear.

Exploração e desafios da produção nacional
Atualmente, o Brasil ocupa a sétima posição no ranking mundial de reservas de urânio, segundo a Associação Nuclear Mundial (WNA). Apesar do potencial, o país ainda depende do fortalecimento de pesquisas geológicas e de investimentos em tecnologia para ampliar a exploração.
O Serviço Geológico do Brasil (SGB) coordena o Programa de Avaliação do Potencial de Minerais Radioativos, que busca identificar novas áreas produtivas e definir critérios para exploração segura do mineral.
Além da Bahia, estados como Ceará e Pará são apontados como regiões com potencial promissor. No entanto, o diretor de Recursos Minerais da Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Rogério Mendes Carvalho, destaca que a falta de dados geológicos atualizados é um entrave para o avanço das prospecções.





