A Tupperware, famosa por seus recipientes plásticos e tradição em qualidade, tornou-se um ícone nas cozinhas brasileiras ao longo das décadas. Contudo, em 2024, a marca enfrentou um dos períodos mais desafiadores de sua história.
Com vendas em queda e dívidas que ultrapassavam US$ 700 milhões, a Tupperware entrou em recuperação judicial nos Estados Unidos, sob o Chapter 11, em setembro daquele ano. Essa decisão foi um sinal claro de que a empresa estava lutando para se manter relevante em um mercado cada vez mais competitivo.

Reestruturação e novos desafios
Em outubro de 2024, a Tupperware anunciou uma reestruturação radical, vendendo parte de seus ativos e propriedade intelectual a credores como Stonehill Capital Management Partners e Alden Global Capital. A transação envolveu US$ 23,5 milhões em dinheiro e o cancelamento de US$ 63 milhões em dívidas, resultando na formação da “The New Tupperware Co.”.
A CEO Laurie Ann Goldman declarou que essa mudança inaugurava um “novo capítulo” para a marca, com a intenção de adotar uma abordagem mais ágil, semelhante à de startups, para se conectar com os consumidores contemporâneos.
Apesar das promessas de renovação, a reação do mercado financeiro foi negativa. No dia seguinte ao anúncio da reestruturação, as ações da Tupperware despencaram mais de 30%, acumulando uma perda superior a 98% no ano.





