A Represa das Três Gargantas, situada no rio Yangtze, na China, tem causado impactos significativos na rotação da Terra. De acordo com estudos realizados pela NASA, a retenção de aproximadamente 40 bilhões de metros cúbicos de água nesta represa está alterando a distribuição de massa do planeta.
Essa mudança resulta em um atraso diário de cerca de 0,06 microssegundos na rotação terrestre. Embora esse valor possa parecer mínimo, ele ilustra como construções humanas podem influenciar a dinâmica planetária de maneira surpreendente.
O fenômeno ocorre devido ao deslocamento da água que altera o momento de inércia da Terra. A água acumulada na represa se redistribui em direção ao equador, o que é compatível com princípios físicos observados em eventos naturais, como terremotos.
Assim como desastres naturais podem causar mudanças na rotação da Terra, a intervenção humana em larga escala também pode ter consequências semelhantes, destacando a necessidade de monitorar essas alterações.

Consequências para a humanidade
As implicações dessa mudança na rotação da Terra podem ser sentidas em diversas áreas. A alteração no tempo de rotação, mesmo que pequena, pode impactar sistemas de navegação, satélites e até mesmo a medição do tempo.
Além disso, a represa não só desempenha um papel crucial na geração de energia, mas também provoca transformações significativas na geografia local e na vida dos habitantes da região. Desde sua inauguração em 2012, a represa tornou-se a maior usina hidrelétrica do mundo, com uma capacidade de geração de 22.500 megawatts.
Entretanto, a construção da Represa das Três Gargantas não está isenta de controvérsias. Questões ambientais e sociais surgem em torno de sua operação, incluindo o deslocamento de comunidades e a alteração de ecossistemas locais.




