O novo lançamento da Honda está dando o que falar. A Honda E-VO resulta de colaboração técnica com a Wuyang-Honda Motors (China), combinando expertise japonesa em motores com produção em escala chinesa. O modelo integra o plano de 30 veículos elétricos até 2030, priorizando mercados emergentes. No Brasil, a estratégia depende de ajustes tarifários para equiparar-se a modelos como a TVS iQube (R$ 27,9 mil) e a BMW CE 04 (R$ 64,9 mil), mas deve sair a partirt de R$ 22,8 mil.
A versão básica oferece 70 km de autonomia com bateria de 2,5 kWh, enquanto a variante premium alcança 170 km usando pacote de 5,6 kWh. O sistema de recarga CCS Combo 2 permite 80% de carga em 40 minutos em estações rápidas. O motor BLDC de 21 kW (28,1 cv) proporciona torque instantâneo de 85 Nm, adequado para inclinações de até 15% em centros urbanos.

Arquitetura modular para múltiplos usos
O chassi treliçado em aço alto alongado (1.320 mm de entre-eixos) suporta até 150 kg de carga útil. O compartimento dianteiro hermético (12 litros) inclui entrada USB-C para controle climático de dispositivos. A versão Delivery traz suporte traseiro reforçado e banco individual estendido para caixas térmicas.
Estudos da Honda indicam custo de R$ 0,12/km contra R$ 0,40/km de motos 160cc. A ausência de trocas de óleo e correias reduz a manutenção em 60%. Baterias com ciclo de 2.000 cargas mantém 80% da capacidade, garantindo 8 anos de uso em recargas diárias. O sistema regenerativo recupera até 15% de energia em frenagens.
Infraestrutura e público-alvo em expansão
A rede Power Charger Express da Honda prevê 120 postos em capitais até 2026, com estações solares off-grid. Perfil predominante de compradores inclui entregadores (35%), frotistas (40%) e usuários urbanos (25%). Testes em São Paulo mostraram economia média de R$ 286/mês comparado a motos flex.
Protocolos de homologação para o Brasil incluem adaptações no sistema de refrigeração para climas tropicais, com previsão de testes em Manaus a partir do primeiro trimestre de 2026.





