O norte do Brasil corresponde a 45% de todo o território brasileiro, motivo que faz da região uma das mais ricas em termos biológicos. Embora não seja do conhecimento público, Calçoene, município do Amapá, amplamente banhado pelo Oceano Atlântico, detém o título oficial de cidade mais chuvosa do país. Como respostas, estudiosos confirmam a superioridade de 4.000 mm de volume médio de chuvas por ano na área.
De acordo com levantamento efetuado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o número somente foi possível de ser evidenciado após a análise de mais de 400 estações meteorológicas. Para entender a expressividade do apontamento, o volume de chuva de Calçoene supera em quase três vezes o de metrópoles como São Paulo.

O protagonismo em meio às chuvas está diretamente ligado à umidade da região, que encontra-se próxima à linha do Equador, sob influência direta da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), um cinturão de nuvens e tempestades que circunda o planeta. Além disso, a Floresta Amazônica ainda potencializa o status de “polo pluvial do Brasil”.
Ainda que o volume médio de chuvas anuais chegue aos 4 mil milímetros, anos atípicos podem levar esse número a superar a marca de 7 mil milímetros, como foi registrado no ano de 2000. No mais, o município do extremo norte do território brasileiro deve sua situação climática ao calor, grande quantidade de rios da Amazônia e proximidade do litoral, que traz massas de ar úmidas.
Consequências de ser o lugar que mais chove no Brasil
Diante das combinações ambientais, Calçoene é acometido por um “Inverno Amazônico” com mais de 25 dias de chuva por mês entre janeiro e junho. O fenômeno proporciona umidade relativa do ar próxima de 90%. Por sua vez, a exuberância do local e o clima garantem uma rotatividade econômica maior, tendo em vista o aproveitamento do potencial histórico e turístico da região.





