Um estudo recente da Universidade de São Paulo (USP) trouxe à luz uma preocupação crescente sobre o consumo de adoçantes artificiais. A pesquisa, que acompanhou mais de 12 mil adultos com idades entre 35 e 74 anos durante um período de oito anos, revelou uma possível ligação entre a ingestão desses adoçantes e a perda acelerada de memória.
Os participantes foram submetidos a testes que avaliaram não apenas a memória, mas também a atenção e a fluência verbal, fornecendo um panorama abrangente do impacto cognitivo.

Resultados da pesquisa
Os dados coletados indicaram que aqueles que consumiam quantidades elevadas de adoçantes de baixa ou nenhuma caloria apresentavam sinais de envelhecimento cerebral mais acentuados.
Em média, os indivíduos que ingeriam cerca de 191 mg de adoçantes por dia mostraram um declínio cognitivo equivalente a 1,6 anos a mais em comparação com aqueles que consumiam apenas 20 mg. As habilidades de memória e a capacidade de expressão verbal foram as mais afetadas, levantando questões sobre os efeitos a longo prazo do consumo desses produtos.
Embora a pesquisa não estabeleça uma relação direta de causa e efeito, os pesquisadores enfatizam a necessidade de cautela em relação ao uso frequente de adoçantes artificiais. Esses produtos, muitas vezes escolhidos como alternativas ao açúcar para adoçar café e outras bebidas, podem, em excesso, ter consequências significativas para a saúde cerebral.
Nutricionistas recomendam que, sempre que possível, as pessoas optem por alternativas naturais em vez de adoçantes artificiais. Além disso, hábitos saudáveis, como a prática regular de exercícios físicos e uma alimentação equilibrada, são essenciais para a preservação da memória e da função cerebral.





