A Petrobras iniciou o processo de contratação da P-91, 12ª e última plataforma flutuante (FPSO) do Campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos. O projeto reforça a estratégia da estatal para transformar o campo no maior produtor do país, com pico previsto de 1,8 milhão de barris por dia até 2033.
A companhia adotou um modelo que reduz etapas e evita entraves com fornecedores disputados por outros setores, como os data centers, que competem por equipamentos de alta demanda.
Segundo a diretora de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Renata Baruzzi, a nova licitação busca contornar gargalos de fornecimento e conter custos diante da escassez global de turbinas e geradores.
A P-91 seguirá o modelo BOT — constrói, opera e transfere —, no qual a empresa vencedora será responsável por todo o ciclo da unidade antes de repassá-la à Petrobras. Essa estrutura traz mais agilidade e previsibilidade à execução do projeto.

Nova unidade será hub de gás e aposta em menor impacto ambiental
A P-91, também chamada de Búzios 12, terá capacidade de produzir 180 mil barris de petróleo por dia e processar 12 milhões de m³ de gás natural, dos quais 5,5 milhões poderão ser enviados ao continente pelo gasoduto Rota 3.
Além de ser um hub de distribuição de gás, a unidade incorporará tecnologias para reduzir emissões e operará com cerca de 180 profissionais embarcados — número inferior ao das plataformas anteriores.
A Petrobras determinou que 25% do conteúdo da P-91 seja nacional, cabendo à contratada definir como essa cota será aplicada, seja em equipamentos ou na integração de módulos. A construção poderá ocorrer no Brasil ou no exterior, e as empresas interessadas têm 180 dias para apresentar propostas. Com a P-91, a Petrobras encerra o ciclo de expansão do Campo de Búzios, consolidando-o como eixo central da produção de petróleo nacional.





