Fundada por imigrantes alemães em Curitiba na década de 1960, a Elma Chips consolidou-se como referência em salgadinhos antes de integrar o portfólio da Pepsico. A fusão em 1974 com a American Potato Chips criou uma empresa híbrida que mescla tradição artesanal e escala industrial, produzindo atualmente 85 mil toneladas anuais de snacks.
A produção começou em fornos caseiros no bairro Bom Retiro, onde famílias alemãs fabricavam pretzels seguindo receitas da Floresta Negra. A comercialização em mercados locais e porta a porta permitiu crescimento orgânico: de 40 toneladas por ano em 1962 para 200 toneladas por ano na década de 1970. A mudança para unidades industriais no Boqueirão (1965) e posterior aquisição pela Pepsico (1974) transformaram a operação regional em rede nacional, com distribuição para 23 estados até 1980.

Portfólio e estratégias de mercado
A linha de produtos reflete adaptações culturais e tecnológicas:
- Stiksy (1962): mantém formato original de pretzel com sal grosso
- Baconzitos (1974): primeiro produto desenvolvido pós-fusão
- Cheetos (1976): introduziu formato extrudado no Brasil
- Fandangos (1980): utiliza milho nacional em 92% da produção
Inovações como o sistema de aromatização por pulverização (1988) e embalagens metalizadas (1995) ampliaram o tempo de prateleira em 40%. A estratégia de lançamentos periódicos, como o retorno do Cebolitos em 2000 e Zambinos em 2021, mantém engajamento, enquanto edições limitadas regionais (Fandangos Churrasco no Nordeste) atendem às preferências locais.
Dados financeiros de 2024 revelam que a unidade brasileira contribui com 18% do lucro líquido global da Pepsico em snacks, atingindo US$ 273 milhões no último trimestre. A fábrica de Curitiba opera com 94% de automação e capacidade para 45 linhas de produção simultâneas.




