O geofísico e youtuber Sérgio Sacani divulgou dados que apontam reservas petrolíferas inéditas em bacias sedimentares brasileiras, na chamada Margem Equatorial, entre o Rio Grande do Norte e o Amapá. A possível nova província petrolífera apresenta volume estimado em 5,6 bilhões de barris.
A formação geológica identificada apresenta características estruturais diferentes das encontradas no pré-sal. As camadas rochosas sugerem potencial para produzir o dobro do que este importante marco na produção brasileira de petróleo.
A Petrobras já iniciou os investimentos na região. Relatórios internos da empresa projetam um plano de negócios de U$ 3,1 bilhões até 2028. Caso os investimentos sejam implementados, a estimativa é de que a reserva nacional de petróleo, de 14,8 bilhões de barris, seja expandida em até 37%.
A exploração das novas reservas demandará sistemas de ultraprofundidade. Em janeiro de 2025, a Petrobrás aumentou os investimentos em novas tecnologias, incluindo sensores avançados para monitoramento de ecossistemas sensíveis. Esses equipamentos são necessários, já que a área é considerada sensível, por conta da proximidade com o rio Amazonas.

Dinâmica geopolítica do petróleo
Segundo Sacani, a descoberta posicionaria o Brasil no mesmo patamar de países vizinhos que tiveram aumento no PIB após casos semelhantes. Os países tiveram seu PIB aumentado em 62% e 40%, respectivamente.
Com o sucesso da exploração na Margem Equatorial, o Brasil também poderia reduzir sua dependência de petróleo exportado da Venezuela.
Outra possibilidade são as pesquisas de transição para fontes de energia sustentáveis, como a energia solar e a eólica. A Petrobras já sinalizou o desejo de reverter parte do lucro da exploração do novo reservatório em projetos de captura de carbono e outros trabalhos de energia renovável. Um exemplo recente é a conversão de plataformas desativadas em estações de energia eólica offshore.





