William Bonner deixará a bancada do Jornal Nacional em 3 de novembro de 2025, após 29 anos como âncora e editor-chefe, marcando o fim de uma era no principal telejornal da TV Globo. Sua saída envolve uma redução salarial drástica: de R$ 900 mil mensais (incluindo funções de apresentação e edição) para R$ 200 mil em 2026, quando passará a integrar o Globo Repórter – queda de 78% nos rendimentos.
A nova bancada contará com César Tralli, que assumirá como âncora principal, ao lado de Renata Vasconcellos, consolidando sua ascensão na emissora após anos como repórter e apresentador do SPTV. Cristiana Sousa Cruz, editora-chefe adjunta há seis anos, substituirá Bonner na chefia editorial, garantindo continuidade na linha jornalística do programa.
A transição reflete um rejuvenescimento estratégico da Globo, alinhado a tendências de renovação de elencos em programas de grande audiência. Bonner, aos 61 anos, optou por reduzir sua carga de trabalho, priorizando projetos com menor exposição diária.

Futuro no Globo Repórter
A atuação de Bonner também vai mudar bastante. Ele vai focar em reportagens especiais, trazendo experiência e credibilidade para investigações aprofundadas e coberturas temáticas. A migração para um programa de perfil mais analítico também sugere uma transição suave para fora do jornalismo diário, sem romper vínculos com a emissora.
O impacto financeiro dessa mudança, principalmente por conta da redução salarial, gerou debates sobre a valorização de profissionais veteranos na mídia, especialmente em um cenário de cortes orçamentários em redes de TV.
A mudança sinaliza um novo ciclo para a Globo, equilibrando tradição e inovação. Enquanto Tralli e Vasconcellos herdam o desafio de manter a audiência, Bonner terá espaço para explorar narrativas jornalísticas mais densas, potencialmente revitalizando o Globo Repórter como plataforma de conteúdo premium.





