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Governo brasileiro condena bombardeios em zona humanitária de Gaza

Ao menos 110 pessoas morreram, inclusive mulheres e crianças.

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O Ministério das Relações Exteriores publicou na noite de sexta-feira (3) uma nota condenando os bombardeios israelenses realizados nos dias 2 e 3 na Faixa de Gaza. Ao menos 110 pessoas morreram, inclusive mulheres e crianças.

Os ataques aéreos tiveram grande impacto sobre civis, por terem atingido regiões consideradas zona humanitária segura. “Entre as vítimas fatais, ao menos 12 se encontravam em acampamento para deslocados na localidade de Al-Mawasi”, destacou a nota.

A diplomacia brasileira reforçou a obrigação de Israel de proteger a população dos territórios ocupados, de acordo com o Direito Internacional Humanitário. E fez um apelo por um acordo de paz. “O governo brasileiro reitera seu apelo por um cessar-fogo permanente e abrangente, que inclua a libertação de todos os reféns e a entrada desimpedida de ajuda humanitária em Gaza.”

A nota defende ainda o compromisso do Brasil com uma solução que viabilize a existência dos dois Estados, “um Estado palestino independente e viável, convivendo lado a lado com Israel, em paz e segurança, dentro das fronteiras de 1967, o que inclui a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, com Jerusalém Oriental como sua capital”, afirma o comunicado.

A intensificação dos bombardeios das Forças de Defesa de Israel em toda a Faixa de Gaza desde a madrugada de quinta-feira (2) levou o comissário da Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos (Unrwa) Philippe Lazzarini, a afirmar nas redes sociais que “nenhuma zona humanitária é segura”. O Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha), no norte de Gaza, alertou que as bases de sobrevivência dos palestinos estão sendo dizimadas.

De acordo com a agência das Nações Unidas, há mais de 14 mil pacientes na lista de espera necessitando de evacuação médica para o exterior que estão impedidos pela proibição de acesso das autoridades israelenses.

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Brasil assume presidência do Brics em meio à expansão do bloco

O Brics tem sido usado como plataforma alternativa de diálogo e integração de países insatisfeitos com a ordem internacional liderada pelos EUA e dominada pelo dólar

01/01/2025 13h00

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O Brasil assume pela quarta vez, a partir desta quarta-feira (1º), a presidência rotativa do Brics em meio a expansão do bloco que, em 2025, vai contar com ao menos nove novos membros. Reforma da governança global e desenvolvimento sustentável com inclusão social são algumas das agendas que o Brasil buscará promover.

Com o lema Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável, o governo brasileiro tem, entre os desafios, o de articular a participação dos novos membros e dar continuidade à construção do sistema de pagamento com moedas locais no comércio entre os países, substituindo o dólar.

Neste início de 2025, ao menos nove países ingressam no grupo como membros. Cuba, Bolívia, Indonésia, Bielorrússia, Cazaquistão, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão foram confirmados pela Rússia como novos membros, informou a agência estatal russa Tass. A Rússia ocupou a presidência do Brics em 2024.

O professor de direito internacional Paulo Borba Casella, do Grupo de Estudos sobre o Brics (Gebrics) da Universidade de São Paulo (USP), ressaltou à Agência Brasil que um dos desafios para a presidência do bloco é o de criar uma dinâmica para o Brics expandido.

“Há mais de uma centena de grupos de trabalho em áreas das mais diversas. Será preciso ver como o Brasil consegue ajudar a fazer funcionar o Brics na sua nova configuração, com dez estados e com mais uma dúzia de estados associados. Que maneira isso vai operar? Ainda ninguém viu e ninguém sabe”, ponderou.

Ao todo, treze países foram convidados para participar do Brics. Espera-se ainda que Nigéria, Turquia, Argélia e Indonésia confirmem a participação. A inclusão de novos membros foi definida em outubro de 2024, na 16ª cúpula do Brics, em Kazan, na Rússia, quando foi criada a nova categoria de parceiros do bloco.

A assessoria do Itamaraty, por sua vez, não confirmou em qual categoria os nove países devem ingressar no grupo – se como parceiros ou como membros efetivos. Diferentemente dos membros efetivos, os parceiros podem participar das reuniões e dos encontros, mas não têm poder de voto ou veto, uma vez que as decisões do Brics são tomadas por consenso.

Em 2024, o bloco já havia recebido cinco novos membros efetivos, chegando a dez países. Até então formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o Brics incluiu no ano passado Irã, Emirados Árabes Unidos, Egito, Etiópia e Arábia Saudita. A Arábia Saudita, apesar de não ter assinado a adesão ao grupo, tem participado de todos os encontros.

Importância Brics

A coordenadora do grupo de pesquisa sobre Brics da PUC do Rio de Janeiro, professora Maria Elena Rodríguez, lembrou que da última vez que o Brasil foi presidente do bloco, o governo não deu muita importância ao Brics, o que deve mudar neste ano.

“A cúpula anterior sob a presidência brasileira foi no governo Bolsonaro e foi totalmente acanhada e sem importância. Agora, o Brics está muito mais consolidado. O Brasil tem que estar muito preparado e apresentar avanços concretos, como na questão das negociações em moedas locais. É preciso ter uma agenda que ajude a elevar um pouco o Brasil e o continente latino-americano dentro do Brics”, destacou.

Trump e Brics

A iniciativa de substituir o dólar por moedas locais levou o presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, a ameaçar as nações que abandonarem a moeda estadunidense por meio de aumento da taxação dos produtos desses países.

Para o professor da USP, Paulo Borba Casella, Trump não tem condições de impor tarifas a todos os países do Brics sem prejudicar a economia dos EUA. “Ele joga para o eleitorado interno para tentar mostrar uma posição, mas é uma bobagem porque o sistema internacional não funciona só com ameaças”, comentou.

Devido ao comportamento de Trump, Casella avalia que fóruns como o Brics ganham importância. “Pode ser a vocação dos Brics se contrapor a um discurso bastante mesquinho e grosseiro do ponto de vista de relações internacionais, como o estilo Trump”, acrescentou.

O Brics tem sido usado como plataforma alternativa de diálogo e integração de países insatisfeitos com a ordem internacional liderada pelos EUA e dominada pelo dólar. Com dez membros plenos, o Brics representa mais de 40% da população global e 37% do PIB mundial por poder de compra, superando o peso econômico do G7, que une os países mais industrializados do mundo.

Entre as principais demandas do grupo, está a defesa de uma reforma na governança global, com ampliação da representação dos países da Ásia, África e América Latina em órgãos como o Conselho de Segurança da ONU, a Organização Mundial do Comércio (CMO) e instituições financeiras como Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI).

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Ladário

Munir anuncia auditoria para rastrear "caminhos" do rombo na prefeitura

Novo prefeito irá realizar auditoria para analisar a situação financeira e administrativa do município

28/12/2024 13h15

Munir Sadeq Ramunieh (PSDB), prefeito eleito de Ladário

Munir Sadeq Ramunieh (PSDB), prefeito eleito de Ladário Divulgação

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“Vamos abrir a caixa preta da prefeitura, doe quem doer, quero saber para onde foi o dinheiro do povo enquanto a cidade está um caos, abandonada”, anunciou o prefeito eleito de Ladário, Munir Sadeq Ramunieh (PSDB). “Não é perseguição, é transparência, a população saberá quem são os verdadeiros bandidos”.

Depois de uma campanha dura, onde foi acusado de compra de votos não comprovada, Munir quer dar uma resposta às perseguições políticas com uma gestão diferente na pequena cidade de 23 mil habitantes, situada dentro do munícipio de Corumbá, de qual foi um bairro até a década de 1950. “Vamos trabalhar, sem roubar”, prometeu o empresário de 50 anos.

O novo prefeito está focado em limpar a sujeira da cidade, tomada pelo lixo e matagal, lançando após a posse um mutirão em todos os bairros. Mas, seu objetivo é o atual gestor, Iranil Soares, que, entre outros atos suspeitos, pagou R$ 500 mil na semana passada pela desapropriação de um imóvel avaliado em R$ 150 mil.

“Vou decretar uma auditoria na prefeitura, não confio nos documentos que nos entregaram durante o processo de transição. Quero um levantamento real da situação financeira e administrativa, que reputo como preocupante e alarmante”, comentou.

Pacote de obras

Munir acusa o atual prefeito de mau gestor, sem controle sobre os gastos, de favorecimentos e perseguição aos servidores. “A prefeitura não paga a luz do seu prédio, das secretarias e outros órgãos, que está sendo cortada”, aponta.

Em entrevista na última sexta-feira, para anunciar seu secretariado, o prefeito tucano informou que já dispõe de pelo menos R$ 25 milhões para lançar um pacote de obras de infraestrutura urbana, dinheiro este prometido pelo governador Eduardo Riedel e oriundo de emendas parlamentares.

Ele ajuizou uma ação para barrar a compra do imóvel de R$ 500 mil pelo prefeito Eranil Soares e está preocupado com as dívidas emergenciais que herdará, de R$ 9 milhões, enquanto somente de impostos das mineradoras o município recebeu R$ 45 milhões.

“O município perdeu mais de R$ 50 milhões da União, que retornaram à origem por falta de projetos ou erros administrativos, e ainda teve que pagar R$ 3,5 milhões de ações judiciais que não foram contestadas. Vamos recuperar os investimentos com trabalho”, disse.

Ao apresentar o secretariado, Munir se comprometeu com a população em melhorar de imediato a assistência social e a saúde, que estão em condições precárias, e avisou: “não quero meus secretários no ar condicionado dos gabinete, quero vê-los trabalhando nas ruas”.

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