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Terremoto

Turquia encerra operações de resgate de terremoto em 8 das 10 províncias atingidas

O terremoto de magnitude 7,8 que também atingiu parte da vizinha Síria soma ao menos 46 mil mortes, sendo 40.642 no território turco, e 5.800 no sírio

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O governo da Turquia decidiu neste domingo (19) encerrar as operações de resgate de vítimas do terremoto que matou mais de 40 mil pessoas só no país, quase duas semanas depois do desastre.


A informação é da Autoridade de Gestão de Emergências e Desastres (Afad), que acrescentou que as operações continuam somente nas duas províncias mais atingidas pelos tremores: Kahramanmaras e Hatay, entre as quais o epicentro do sismo foi localizado.


O terremoto de magnitude 7,8 que também atingiu parte da vizinha Síria soma ao menos 46 mil mortes, sendo 40.642 no território turco, e 5.800 no sírio. A expectativa das autoridades é que a cifra continue a crescer nos próximos dias, uma vez em que ainda há muitos desaparecidos --nem Ancara nem Damasco sabem dizer exatamente quantos, e o número de óbitos sírio tem se mantido o mesmo há dias.


Apesar do cenário de devastação, notícias de resgates de pessoas com vida mesmo tanto tempo após o desastre suscitavam esperança entre a população. No sábado, por exemplo, 296 horas após os tremores iniciais, um casal e seu filho foram achados com vida debaixo de ruínas em Antakya, no sul do país. A mãe e o pai sobreviveram, mas a criança acabou morrendo por desidratação. Eles já tinham perdido seus dois filhos mais velhos para o terremoto.


Na maioria das áreas atingidas, porém, a conclusão é de que não há mais sobreviventes. "Ninguém está vivo", afirmou Mudjat Erdogan, membro da Afad, também em Antakya. Com o rosto e o uniforme cobertos de poeira, ele contou à agência de notícias Reuters, que na meia-noite do domingo, oito horas após uma tentativa de salvar duas pessoas, sua equipe desistiu da operação.
Os esforços se voltam, desse modo, para a busca de corpos, para que suas famílias possam realizar funerais e assim se despedir de forma digna. A tradição islâmica, seguida por 99% da população turca, dita que os mortos devem ser enterrados o mais rápido possível.


"As famílias aguardam esperançosas. Eles querem realizar cerimônias fúnebres. Eles querem um túmulo", disse à Reuters Akin Bozkurt, operador de escavadeiras, enquanto sua máquina içava os restos de um edifício em Kahramanmaras.


Enquanto isso, a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que 26 milhões necessitem de ajuda humanitária em toda a região afetada, e cerca de um milhão de pessoas estão desabrigadas.


O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, aterrissou na Turquia neste domingo para discutir como seu país pode reforçar seu apoio ao governo turco frente ao desastre. O chefe da diplomacia americana veio de Munique, na Alemanha, onde participava de uma conferência internacional de segurança, e pousou na base aérea de Incirlik, no sudeste do país.


É de lá que parte grande parte da ajuda humanitária, inclusive americana, é distribuída pelas áreas afetadas. Desde o terremoto, Washington já enviou a Ancara equipes de busca e resgate, suprimentos médicos, equipamentos capazes de destruir concreto e US$ 85 milhões (cerca de R$ 439 milhões) em auxílios humanitários --parte deste valor é destinado a organizações que atuam na Síria.


A mero título de comparação, especialistas afirmam que reconstruir a Turquia vai exigir do governo de Recep Tayyip Erdogan quase mil vezes isso --US$ 84,5 bilhões, ou cerca de R$ 437 bilhões. A catástrofe acontece às véspéras das eleições gerais, marcadas para 14 de maio, e a resposta do líder à catástrofe, considerada por muitos insuficiente, deve influenciar seu desempenho nas urnas.
 

narcotráfico ou petróleo?

Petros diz que corpos no mar podem ser de vítimas de bombardeio dos EUA

Dois corpos foram localizados no mar do lado colombiano e vários outros do lado da venezuela na semana passada

08/12/2025 07h10

Gustavo Petro, desafeto do Governo dos EUA, cobra investigação internacional para descobrir identidade e causa da morte das vítimas

Gustavo Petro, desafeto do Governo dos EUA, cobra investigação internacional para descobrir identidade e causa da morte das vítimas

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O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, pediu neste domingo, 7, a abertura de uma investigação sobre o achado de dois corpos na beira do mar em um povoado na fronteira com a Venezuela e sugeriu que as mortes podem ter sido causadas por um bombardeio americano no Caribe.

Na quinta-feira, 4, a rede pública de televisão RTVC informou sobre a descoberta de dois corpos nesse povoado e de vários outros no lado venezuelano, sem precisar o número.

"Peço ao Instituto de Medicina Legal que estabeleça as identidades (...). Podem ser mortos por bombardeio no mar", escreveu Petro na rede social X. Um porta-voz da polícia confirmou à AFP que os corpos foram encontrados em uma praia de pescadores no departamento de La Guajira (norte).

Em outubro, Petro já havia acusado Washington de violar a soberania colombiana e de matar um pescador durante operações militares americanas contra o narcotráfico no Mar do Caribe.

Segundo ele, o colombiano Alejandro Carranza morreu em um dos ataques realizados por forças dos Estados Unidos que, desde agosto, têm concentrado ações na Venezuela e em áreas próximas às águas territoriais da Colômbia.

À época, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que a Colômbia não receberá mais subsídios americanos. Em publicação na rede social Truth Social ele justificou a medida dizendo que o presidente colombiano, Gustavo Petro, é um líder do tráfico de entorpecentes, "que incentiva fortemente a produção maciça de drogas". O chefe da Casa Branca, porém, não apresentou provas sobre suas acusações.

Na ocasião, o presidente colombiano negou qualquer vínculo com o narcotráfico e disse não compreender "a ganância" que, segundo ele, define o capitalismo.
 

deslizamento de terra

Naufrágio deixa mortos e desaparecidos na Amazônia peruana

Informações iniciais apontam que pelo menos 12 pessoas morreram e em torno de 60 seguiam desaparecidas

02/12/2025 07h29

Naufrágio de duas embarcações de passageiros foi provocado por um deslizamento de terra na margem do rio Ucayali

Naufrágio de duas embarcações de passageiros foi provocado por um deslizamento de terra na margem do rio Ucayali

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Ao menos 12 pessoas morreram e cerca de outras 60 estão desaparecidas após o naufrágio de duas embarcações de passageiros provocado por um deslizamento de terra na margem do rio Ucayali, um dos principais rios da Amazônia peruana, nesta segunda-feira, dia 1º.

Imagens divulgadas pela mídia local mostravam mulheres de mãos dadas com crianças, correndo e chorando às margens do rio; pessoas tentando reanimar sobreviventes do naufrágio que estavam no chão, tossindo água; e, até mesmo sobreviventes saindo do rio por conta própria.

O incidente aconteceu durante a madrugada quando as duas embarcações estavam atracadas. Uma delas foi esmagada durante o deslizamento, enquanto a outra virou devido ao impacto da terra com o rio, que gerou uma "grande onda".

As equipes de resgate informaram que a lista de passageiros se perdeu, então não é possível determinar ao certo quantas pessoas estavam a bordo no momento da tragédia.

Corpos foram encontrados flutuando no rio, alguns a até 3 km do local do acidente, em meio a fortes correntes.

Este não foi o único acidente do tipo ocorrido em 2025. Em maio, uma colisão entre uma embarcação da Marinha peruana e um navio-tanque da petrolífera anglo-francesa Perenco, no rio Amazonas, deixou dois marinheiros mortos e um desaparecido.

Em setembro de 2024, outro acidente ocorreu no mesmo rio Ucayali, após uma embarcação colidir com um tronco submerso, resultando em seis mortos e mais de 80 pessoas resgatadas com vida. Na região do Ucayali, assim como em outras partes da Amazônia peruana, os rios são o meio de transporte mais utilizado devido à falta de estradas. Fonte: Associated Press.
 

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