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ÊXODO Gabinete da prefeita é esvaziado com exoneração em massa às vésperas da eleição Funcionários tirados do lado da chefe do Executivo são espalhados pela Funsat e Fundação de Esportes, enquanto, por outro lado, o futebol local enfrenta "tempos nebulosos" 11 JUN 2024 • POR Leo Ribeiro • 10h44
Entre os cargos exonerados as remunerações oscilam entre R$ 763,02; R$ 1.146,59 até quatro mil reais.    Gerson Oliveira/ Correio do Estado

Nas últimas semanas a Prefeitura Municipal tem feito um verdadeiro êxodo para esvaziar o gabinete, publicando desde o fim de maio em edições do Diário Oficial de Campo Grande, uma série de exonerações para tirar esses funcionários do lado da chefe do Executivo e realocar em pastas como a Fundação de Esportes, enquanto, por outro lado, a Cidade Morena vive um verdadeiro caos na federação de futebol. 

Das 19 exonerações (publicadas espaçadas entre as edições extras de 22 de maio; 06 e 10 de junho), quine dos funcionários saíram direto do Gabinete da Prefeita para a Fundação Municipal de Esportes, sendo os outros quatro renomeados na Fundação Social do Trabalho de Campo Grande. 

Entre os cargos estão funcionários dos símbolos chamados "DCA", com classificações numeradas de 2 a 9, as remunerações oscilam entre R$ 763,02; R$ 1.146,59 até quatro mil reais. 

Logo em 22 de maio, os cinco funcionários com cargo DCA-9 exonerados do gabinete da prefeita foram renomeados diretamente na Fundação Municipal de Esportes. 

O maior volume de exonerações foi registrado na edição de 06 de junho do Diogrande, a última quinta-feira, na qual oito pessoas foram exoneradas do gabinete, sendo que sete foram para a Fundação de Esportes e só uma para a Funsat. 

Junho e a "abertura do mar"

Ainda que boa parte dessas exonerações tenham acontecido neste mês, cabe ressaltar que até mesmo aquelas publicadas em maio tem sua data de validade a contar a partir de junho, cerca de 127 dias distante para as eleições municipais deste ano, que tem o primeiro turno marcado para 06 de outubro.

Mais recente, na edição extra de ontem (10) do Diogrande outras seis pessoas tiveram exonerações publicadas, das quais quatro foram para a pasta esportiva do município. 

Nessa última leva, entre dois cargos com remuneração mais baixa, destaca-se justamente o chamado DCA-2 (R$ 4.039,56) que sai da assessoria-executiva do gabinete da prefeita para a mesma função na Fundação Municipal de Esportes. 

Caos no futebol

Esse "reforço de pessoal" na secretaria municipal de esporte acontece, coincidentemente, enquanto o futebol local enfrenta um verdadeiro caos na gestão diante das suspeitas de corrupção. 

Ainda em 21 de maio, o homem considerado "imperador" do futebol estadual, Francisco Cezário de Oliveira, foi um dos presos na operação "Cartão Vermelho", investigando o desvio de mais de R$ 6 milhões da Federação entre 2018 e 2023. 

Foram sete mandados de prisão e 14 de busca e apreensão, sendo que após saída de Cezário, quem assumiu como interino na Federação foi Estevão Petrallas, mas também não demorou muito até que apontassem irregularidades que impediriam ele de comandar.

Já no último dia sete deste mês, uma reunião - que teve inclusive troca de acusações pelos clubes locais - decidiu que o Petrallas ficará no comando da Federação de Futebol do Mato Grosso do Sul, porém, vigiado por cinco presidentes por cerca de três meses. 

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