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CIDADE MORENA Ação em Campo Grande 'enterra' o patriarcado no Dia da Mulher Restante da noite de sábado reserva intervenções em clima carnavalesco para tratar dos direitos das mulheres, das desigualdades e violências por elas vividas 8 MAR 2025 • POR Leo Ribeiro • 16h00
Coletivo esclarece a intenção de usar o último dia de Carnaval para substituir o enterro "dos ossos" para o do patriarcado
Coletivo esclarece a intenção de usar o último dia de Carnaval para substituir o enterro "dos ossos" para o do patriarcado   Reprodução/Assessoria

Ação conjunta em Campo Grande aproveita a alusão deste oito de março, identificado no calendário como "Dia Internacional da Mulher", para "enterrar o patriarcado" com uma programação na Capital que termina em festa. 

Para tratar dos direitos das mulheres, das desigualdades e violências por elas vividas, a ação envolve o  Comitê de Cultura de Mato Grosso do Sul (CCMS), o ColetivA Sempre Vivas e a Marcha Mundial de Mulheres de MS. 

Logo às 15h, a concentração na Avenida Calógeras no Centro da cidade sai com a Cicletada de Las Ninãs rumo ao Bar do Zé, um local onde o restante da noite reserva interverções em clima carnavalesco com: 

Em nota, o Coletivo esclarece a intenção de usar o último dia de Carnaval para substituir o enterro  "dos ossos" para o do patriarcado, reforçando a necessidade de "políticas públicas mais eficazes para a proteção e promoção dos direitos das mulheres", expõe o CCMS em nota. 

Fernanda Teixeira é coordenadora do CCMS e cita a articulação necessária para que o evento saísse do papel, junto do o ColetivA Sempre Vivas e demais movimentos femininos. 

"A Sempre Vivas é um coletivo que aglutina mais de 40 organizações, grupos e instituições da luta das mulheres.

Elas tinham essa demanda de organizar a batucada como instrumento de luta, pois já é uma metodologia utilizada por um dos movimentos que compõem o coletivo, a Marcha Mundial de Mulheres, que utiliza a batucada, as músicas, as paródias e o tocar e cantar das mulheres como uma intervenção cultural em seus atos políticos" expõe"

Feminicídios 

Até o primeiro dia de março, seis mulheres já tinham sido vítimas de feminicídio em Mato Grosso do Sul, com o último caso registrado sendo o de Giseli Cristina Oliskowiski, morta aos 40 anos, encontrada carbonizada em um poço no bairro Aero Rancho, em Campo Grande.

Antes dela, o primeiro caso de 2025 foi a morte de Karina Corin, de 29 anos, nos primeiros dias de fevereiro,  baleada na cabeça pelo ex-companheiro, Renan Dantas Valenzuela, de 31 anos. 

Já o segundo feminicídio de 2025 em Mato Grosso do Sul foi justmente a morte de Vanessa Ricarte, esfaqueada aos 42 anos, por Caio Nascimento, criminoso com passagens por roubo, tentativa de suicídio, ameaça, além de outros casos de violência doméstica contra a mãe, irmã e outras namoradas.

Após denúncia do Ministério Público de  Mato Grosso do Sul em quatro crimes, em caso de condenação e penas máximas aplicadas, o assassino de Vanessa pode pegar mais de 86 anos de cadeia, como abordado pelo Correio do Estado.

Os outros feminicídios de 2025 vitimaram: 

**(Com assessoria)

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