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Bolsonaristas de MS divergem sobre taxação de Trump

Alguns parlamentares justificaram/compreenderam a atitude de Trump e outros contestaram

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Parlamentares bolsonaristas de Mato Grosso do Sul se manifestaram em suas redes sociais a respeito da taxação de 50% sobre produtos brasileiros imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Alguns justificaram/compreenderam a atitude de Trump e outros contestaram.

Os que justificaram/compreenderam foram o vereador de Campo Grande Rafael Tavares (PL), deputado estadual João Henrique Catan (PL) e deputado federal Rodolfo Nogueira (PL).

Os que contestaram foram a senadora Tereza Cristina (PP) e o deputado federal Luiz Ovando (PP).

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, implementou, nesta quarta-feira (9), tarifa adicional de 50% sobre produtos brasileiros que serão exportados aos Estados Unidos da América (EUA).

A medida vale a partir de 1º de agosto de 2025 e atinge todos os produtos brasileiros, independentemente da tarifa já existente.

Rafael Tavares, João Henrique Catan e Rodolfo Nogueira compreendem a atitude de Trump e culparam Lula e o Supremo Tribunal Federal (STF) pelo tarifaço.

Além disso, justificaram que Trump tomou essa decisão após as perseguições do ministro do STF Alexandre de Moraes e de Lula ao ex-presidente Jair Bolsaro.

“Parabéns Lula e Xandão, agora vocês conseguiram. Quem procura, acha”, ironizou Tavares em suas redes sociais.

“Lula-lá, tarifa aqui!”, escreveu João Catan em um post nas redes sociais. Além disso, compartilhou a publicação do deputado estadual do Ceará, Carmelo Neto (PL), que dizia “Parabéns ao Consórcio Lula/Moraes: graças a perseguição politiqueira, agora o Brasil leva 50% de imposto na testa. Não é sobre justiça. É sobre vingança. E o Congresso? Frouxo, omisso, covarde. Deixaram isso acontecer”.

Rodolfo Nogueira publicou que “Lula escolheu ficar do lado das ditaduras e dos terroristas. E agora, o fruto dessa escolha chegou e quem paga a conta é o povo, pelas decisões absurdas do descondenado. O anão diplomático que temos na presidência nunca buscou diálogo com os EUA e agora o resultado das suas escolhas bate à porta do Brasil. Parabéns Lul4 e ST4! O Brasil já está quebrado e mais essa sanção vai trazer o Brasil à lona! O meu recado ao STF: as perseguições tem que parar porque as sanções não vão ficar por aí e o Brasil está em jogo”.

Tereza Cristina e Luiz Ovando contestaram a atitude de Trump e demonstraram preocupação entre relações comerciais e diplomáticas entre os dois países.

“As nossas instituições precisam ter calma e equilíbrio nessa hora. A nossa diplomacia deve cuidar dos altos interesses do Estado brasileiro. Brasil e Estados Unidos têm longa parceria e seus povos não devem ser penalizados. Ambos têm instrumentos legais para colocar à mesa de negociação nos próximos 22 dias’, afirmou a senadora ao Correio Braziliense.

Luiz Ovando afirmou que a taxação de Trump é negativa para a economia brasileira.

“Esse índice de 50% de taxa causará ao Brasil comprometimento significativo da economia. É sempre muito importante entender que esse tipo de ação não passa de uma bravata, mas isso causará problemas aqui para o país, principalmente no ponto de vista de redução da exportação, enfraquecimento da economia e desdobramento sociais sérios, com grande prejuízo da reputação e credibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro. Isso é ruim para o presidente Jair Bolsonaro. Sendo assim, é importante você considerar e não aceitar isso como bom. Pelo contrário, posicione-se, não pra facilitar o governo de esquerda, mas para facilitar os interesses reais do povo brasileiro”, disse Ovando, em um vídeo publicado nas redes sociais.

TAXAÇÃO

Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, implementou, nesta quarta-feira (9), tarifa adicional de 50% sobre produtos brasileiros que serão exportados aos Estados Unidos da América (EUA).

A medida vale a partir de 1º de agosto de 2025 e atinge todos os produtos brasileiros, independentemente da tarifa já existente. 

O anúncio foi feito em uma carta enviada ao presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na carta, Trump aproveitou para dizer que o julgamento de Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF) é “uma vergonha nacional e que não deveria estar acontecendo”.

Confira a carta na íntegra:

Conheci e lidei com o ex-presidente Jair Bolsonaro, e o respeitei muito, assim como a maioria dos outros Líderes de Países. A forma como o Brasil tratou o ex-presidente Bolsonaro, um líder altamente respeitado em todo o mundo durante seu mandato, inclusive pelos Estados Unidos, é uma vergonha internacional. Este julgamento não deveria estar acontecendo. É uma caça às bruxas que deve acabar IMEDIATAMENTE!

Devido em parte aos ataques insidiosos do Brasil às eleições livres e aos direitos fundamentais de liberdade de expressão dos americanos (conforme recentemente ilustrado pela Suprema Corte brasileira, que emitiu centenas de ordens de censura SECRETAS e ILEGAIS às plataformas de mídia social dos EUA, ameaçando-as com milhões de dólares em multas e despejo do mercado de mídia social brasileiro), a partir de 1º de agosto de 2025, cobraremos do Brasil uma tarifa de 50% sobre todo e qualquer Produtos brasileiros enviados para os Estados Unidos, desvinculados de todas as Tarifas Setoriais. As mercadorias transbordadas para fugir desta Tarifa de 50% estarão sujeitas a essa Tarifa mais elevada.

Além disso, tivemos anos para discutir nossa relação comercial com o Brasil e concluímos que devemos nos afastar da relação comercial de longa data e muito injusta gerada pelas políticas tarifárias e não-tarifárias e pelas barreiras comerciais do Brasil. Nosso relacionamento tem estado, infelizmente, longe de ser recíproco.

Por favor, entenda que o número de 50% é muito menor do que o necessário para termos condições de concorrência equitativas que devemos ter com o seu país. E isso é necessário para retificar as graves injustiças do atual regime.

Como você sabe, não haverá tarifa se o Brasil, ou empresas de seu país, decidirem construir ou fabricar produtos dentro dos Estados Unidos e, de fato, faremos todo o possível para obter aprovações de forma rápida, profissional e rotineira, em outras palavras, em questão de semanas.

Se por algum motivo você decidir aumentar suas tarifas, então, qualquer que seja o número que você escolher para aumentá-las, será adicionado aos 50% que cobramos. Por favor, entenda que essas tarifas são necessárias para corrigir os muitos anos de políticas tarifárias e não-tarifárias e barreiras comerciais do Brasil, causando esses déficits comerciais insustentáveis contra os Estados Unidos.

Este défice é uma grande ameaça à nossa economia e, de fato, à nossa segurança nacional! Além disso, devido aos contínuos ataques do Brasil às atividades de comércio digital de empresas americanas, bem como outras práticas comerciais injustas, estou instruindo o representante comercial dos Estados Unidos, Jamieson Greer, a iniciar imediatamente uma investigação da Seção 301.

Se você deseja abrir seus mercados comerciais até então fechados para os Estados Unidos e eliminar suas políticas e barreiras comerciais tarifárias e não-tarifárias, talvez consideraremos um ajuste nesta carta.

Estas Tarifas podem ser modificadas, para cima ou para baixo, dependendo da nossa relação com o seu País. Você nunca ficará desapontado com os Estados Unidos da América.

Obrigado pela sua atenção a este assunto!

O tarifaço imposto por Trump impacta negativamente a economia, relações comerciais e diplomáticas entre Brasil e EUA.

Política

Líder do PL diz que Ramagem pode renunciar ao mandato e espera aprovação de asilo nos EUA

Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário

15/12/2025 22h00

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ)

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ) Foto: Divulgação

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O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que Alexandre Ramagem (PL-RJ), parlamentar condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e foragido, admitiu que pode renunciar ao mandato em 2026. Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário.

Segundo Sóstenes, é importante que Ramagem mantenha o mandato neste ano para poder avançar com o processo de asilo político nos Estados Unidos.

"Vou solicitar ao Colégio de Líderes que não coloque a situação do Ramagem na pauta. Eu falei com ele há pouco, ele disse que até pode pensar numa futura renúncia no próximo ano, está tramitando pedido de asilo político nos Estados Unidos e por isso é importante para ele, a manutenção do mandato", afirmou.

Assim como aconteceu no caso da ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o PL acredita que não há votos suficientes para cassar Ramagem no plenário.

No começo de maio, a própria Câmara aprovou a sustação da ação penal contra Ramagem por 315 a favor e 143 contra.

O relator da proposta, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), alegou que a Constituição diz que pode ser trancada uma "ação penal", sem fazer restrição a outros denunciados.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), notificou na última quarta-feira, 10, Ramagem e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por meio de edital, para que se manifestem nos processos que podem levar à cassação de seus mandatos. Ambos estão nos Estados Unidos (EUA).

No caso de Ramagem, o processo de cassação decorre do fato de ele estar foragido da Justiça e sua sentença já ter transitado em julgado.

O ex-delegado da Polícia Federal foi condenado à perda do mandato e a 16 anos de prisão pelo STF por tentativa de golpe de Estado.

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TROCA DE COMANDO

Secretária de Fazenda pode não voltar ao cargo após licença

O Correio do Estado apurou que o futuro da titular da Sefaz será a exoneração e o substituto deve sair da própria equipe

15/12/2025 08h00

A secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, está no cargo desde abril de 2022

A secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, está no cargo desde abril de 2022 Marcelo Victor

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À frente das finanças da Prefeitura de Campo Grande desde abril de 2022, a secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, não vai mais retornar ao cargo depois da prorrogação da licença médica por estresse e ansiedade iniciada em 20 de novembro deste ano e com previsão de encerrar no dia 8 de janeiro de 2026.

O Correio do Estado obteve a informação com exclusividade por meio de fontes do alto escalão da administração municipal de Campo Grande, que ainda explicaram que a prefeita Adriane Lopes (PP) teria sido comunicada da impossibilidade de a titular da Secretaria Municipal de Fazenda (Sefaz) reassumir as funções por conta de suas condições mentais.

Diante disso, a chefe do Executivo da Capital já teria determinado a procura por um substituto e, por enquanto, a tendência é de que o atual secretário-adjunto da Sefaz, Isaac José de Araújo, seja elevado a titular da Pasta por fazer parte da equipe técnica que foi montada por Márcia Hokama, considerada muito competente por Adriane Lopes.

A reportagem também foi informada de que a decisão da secretária de participar da corrida de rua de Bonito, realizada no dia 6, durante o afastamento por questões de saúde e o fato ter ganhado repercussão na mídia municipal teria pesado para que a continuidade dela no cargo após o fim da licença médica ficasse insustentável.

Márcia Hokama chegou a ser fotografada ao concluir um percurso de 10 km e conquistar o 23º lugar na categoria (competidores com idade entre 50 e 59 anos), e a imagem dela sendo publicada pelos principais órgãos de imprensa “pegou” muito mal até mesmo a imagem da prefeita, que é uma grande defensora do trabalho da secretária.

Porém, como a mulher de César não basta ser honesta, ela também precisa parecer honesta, a corrida foi a gota d’água para fim dos mais de três anos dela à frente das finanças municipais, período marcado por muito desgaste político e pressões decorrentes de crises no transporte coletivo urbano, na saúde e nas finanças, chegando a ser cobrança publicamente pela Câmara Municipal de Campo Grande.

O ponto alto desse desentendimento com os vereadores foi quando Márcia Hokama faltou à convocação para dar explicações sobre a crise, e, na época, ela já chegou a alegar problemas de saúde. Em novembro, a situação mental dela teria chegado no fundo do poço, obrigando o pedido de licença médica.

A partir da oficialização da concessão do afastamento, os boatos começaram dando conta de que ela não retornaria mais ao cargo, porém, a prefeita Adriane Lopes assegurava o retorno da titular da Sefaz após o fim da licença médica.

Entretanto, depois da divulgação da participação de Márcia Hokama da corrida de rua de Bonito a prorrogação da dispensa das funções foram decisivas para que a chefe do Executivo Municipal cedesse à pressão pela exoneração da secretária.

Procurada pelo Correio do Estado, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, não quis comentar até o fechamento desta edição. O espaço continuar aberto para a manifestação da chefe do Executivo Municipal.

*SAIBA

A trajetória de Márcia Hokama começou em abril de 2022, quando foi nomeada pela prefeita Adriane Lopes como titular da Secretária Municipal de Finanças (Sefin), ficando responsável pelas finanças do município de Campo Grande e deixando o cargo de secretária-adjunta, o qual ocupava desde 2021.

Em janeiro deste ano, a prefeita reconduziu Márcia Hokama ao cargo, mas com novo nome Secretaria Municipal de Fazenda (Sefaz). Portanto, ela já está na função de liderança na Sefin/Sefaz desde 2022.

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