Política

Descumprimento de Restrições

Bolsonaro pode ser preso após "pezinho" de deputado de MS em encontro com aliados

O ex-presidente descumpriu medidas cautelares nesta segunda-feira (21), que o impedem de conceder entrevistas e aparecer nas redes sociais de terceiros, sob pena de decretação de prisão

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O encontro do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) com aliados na Câmara dos Deputados terminou com a violação de medidas cautelares que o impedem de dar entrevistas. Prestando auxílio, o deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) deu o pé como apoio para que Bolsonaro mostrasse a tornozeleira eletrônica.

A reunião foi convocada por lideranças do Partido Liberal nesta segunda-feira (21), para alinhar estratégias após a operação da Polícia Federal (PF), que cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do ex-presidente.

O ministro Alexandre de Moraes impôs medidas restritivas, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, e estabeleceu proibições que impedem Bolsonaro de:

  • utilizar suas redes sociais;
  • aparecer na rede social de terceiros;
  • participar de transmissões, retransmissões ou veiculação de áudios, vídeos ou transcrições de entrevistas.

Sob pena de decretação imediata de prisão, com base no art. 312, § 1º, do Código de Processo Penal (CPP).

Nada disso, no entanto, intimidou Bolsonaro que mesmo estando proibido de aparecer nas redes sociais de terceiros, teve a divulgação feita por seus apoiadores em redes sociais.

Como o deputado popularmente conhecido como “Gordinho do Bolsonaro”, que divulgou em sua conta no Instagram stories da reunião e a fala do ex-presidente.

Reprodução Redes Sociais

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Em dado momento, a fala para o grupo de parlamentares e apoiadores, foi transmitida nas redes sociais, Bolsonaro mostra a tornozeleira e declara que o uso do equipamento é “o símbolo da máxima humilhação desse país”. Ao lado dele, Rodolfo Nogueira o apoia, usando o próprio pé para sustentar o do ex-presidente.

Comissão

O deputado por Mato Grosso do Sul irá coordenar a Comissão de Mobilização Nacional ao lado de Zé Trovão (PL-SC), que tem como objetivo dar voz a Bolsonaro em resposta às medidas tomadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

A extrema direita pretende responder em duas frentes: enquanto Rodolfo Nogueira articula um levante com o agronegócio, Zé Trovão trata da aproximação com os caminhoneiros, setores que anteriormente estiveram alinhados ao bolsonarismo.

A mobilização nacional será no próximo dia 3 de agosto, com protestos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, além do pedido de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro.

A manifestação também pede perdão jurídico aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília.Em Campo Grande a manifestação marcada para às 10h na Praça do Rádio, tem o vereador Rafael Tavares e Ana Portela entre os entusiastas.

Outros parlamentares

Também publicaram o encontro no Instagram o deputado federal Marcos Pollon (PL-MS), conhecido por defender o direito ao porte de armas. O parlamentar fez questão de destacar a imagem de Bolsonaro com a mão contra a perna, simulando uma arma de fogo.

Reprodução Redes Sociais

Repercussão

O ministro Alexandre de Moraes deu o prazo de 24 horas para que os advogados do ex-presidente apresentem explicações sobre o descumprimento das medidas cautelares que proíbem o uso de redes sociais de terceiros.

De acordo com o ministro, o ex-presidente não pode utilizar meios para burlar a restrição, sob pena de revogação das medidas alternativas e decretação da prisão. O esclarecimento foi feito na Ação Penal (AP) 2668, em que Bolsonaro é réu por crimes como tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

As restrições foram adotadas na sexta-feira (18) pelo ministro, relator da Petição (Pet) 14129, que apura tentativa de obstrução da Justiça, coação no curso do processo e atentado à soberania supostamente cometidos por Bolsonaro.

** Com informações do STF

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Política

Líder do PL diz que Ramagem pode renunciar ao mandato e espera aprovação de asilo nos EUA

Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário

15/12/2025 22h00

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ)

Líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ) Foto: Divulgação

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O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), disse que Alexandre Ramagem (PL-RJ), parlamentar condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e foragido, admitiu que pode renunciar ao mandato em 2026. Sóstenes afirmou, no entanto, que trabalhará pela manutenção do mandato do correligionário.

Segundo Sóstenes, é importante que Ramagem mantenha o mandato neste ano para poder avançar com o processo de asilo político nos Estados Unidos.

"Vou solicitar ao Colégio de Líderes que não coloque a situação do Ramagem na pauta. Eu falei com ele há pouco, ele disse que até pode pensar numa futura renúncia no próximo ano, está tramitando pedido de asilo político nos Estados Unidos e por isso é importante para ele, a manutenção do mandato", afirmou.

Assim como aconteceu no caso da ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), o PL acredita que não há votos suficientes para cassar Ramagem no plenário.

No começo de maio, a própria Câmara aprovou a sustação da ação penal contra Ramagem por 315 a favor e 143 contra.

O relator da proposta, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), alegou que a Constituição diz que pode ser trancada uma "ação penal", sem fazer restrição a outros denunciados.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), notificou na última quarta-feira, 10, Ramagem e Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por meio de edital, para que se manifestem nos processos que podem levar à cassação de seus mandatos. Ambos estão nos Estados Unidos (EUA).

No caso de Ramagem, o processo de cassação decorre do fato de ele estar foragido da Justiça e sua sentença já ter transitado em julgado.

O ex-delegado da Polícia Federal foi condenado à perda do mandato e a 16 anos de prisão pelo STF por tentativa de golpe de Estado.

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TROCA DE COMANDO

Secretária de Fazenda pode não voltar ao cargo após licença

O Correio do Estado apurou que o futuro da titular da Sefaz será a exoneração e o substituto deve sair da própria equipe

15/12/2025 08h00

A secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, está no cargo desde abril de 2022

A secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, está no cargo desde abril de 2022 Marcelo Victor

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À frente das finanças da Prefeitura de Campo Grande desde abril de 2022, a secretária municipal de Fazenda, Márcia Helena Hokama, não vai mais retornar ao cargo depois da prorrogação da licença médica por estresse e ansiedade iniciada em 20 de novembro deste ano e com previsão de encerrar no dia 8 de janeiro de 2026.

O Correio do Estado obteve a informação com exclusividade por meio de fontes do alto escalão da administração municipal de Campo Grande, que ainda explicaram que a prefeita Adriane Lopes (PP) teria sido comunicada da impossibilidade de a titular da Secretaria Municipal de Fazenda (Sefaz) reassumir as funções por conta de suas condições mentais.

Diante disso, a chefe do Executivo da Capital já teria determinado a procura por um substituto e, por enquanto, a tendência é de que o atual secretário-adjunto da Sefaz, Isaac José de Araújo, seja elevado a titular da Pasta por fazer parte da equipe técnica que foi montada por Márcia Hokama, considerada muito competente por Adriane Lopes.

A reportagem também foi informada de que a decisão da secretária de participar da corrida de rua de Bonito, realizada no dia 6, durante o afastamento por questões de saúde e o fato ter ganhado repercussão na mídia municipal teria pesado para que a continuidade dela no cargo após o fim da licença médica ficasse insustentável.

Márcia Hokama chegou a ser fotografada ao concluir um percurso de 10 km e conquistar o 23º lugar na categoria (competidores com idade entre 50 e 59 anos), e a imagem dela sendo publicada pelos principais órgãos de imprensa “pegou” muito mal até mesmo a imagem da prefeita, que é uma grande defensora do trabalho da secretária.

Porém, como a mulher de César não basta ser honesta, ela também precisa parecer honesta, a corrida foi a gota d’água para fim dos mais de três anos dela à frente das finanças municipais, período marcado por muito desgaste político e pressões decorrentes de crises no transporte coletivo urbano, na saúde e nas finanças, chegando a ser cobrança publicamente pela Câmara Municipal de Campo Grande.

O ponto alto desse desentendimento com os vereadores foi quando Márcia Hokama faltou à convocação para dar explicações sobre a crise, e, na época, ela já chegou a alegar problemas de saúde. Em novembro, a situação mental dela teria chegado no fundo do poço, obrigando o pedido de licença médica.

A partir da oficialização da concessão do afastamento, os boatos começaram dando conta de que ela não retornaria mais ao cargo, porém, a prefeita Adriane Lopes assegurava o retorno da titular da Sefaz após o fim da licença médica.

Entretanto, depois da divulgação da participação de Márcia Hokama da corrida de rua de Bonito a prorrogação da dispensa das funções foram decisivas para que a chefe do Executivo Municipal cedesse à pressão pela exoneração da secretária.

Procurada pelo Correio do Estado, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, não quis comentar até o fechamento desta edição. O espaço continuar aberto para a manifestação da chefe do Executivo Municipal.

*SAIBA

A trajetória de Márcia Hokama começou em abril de 2022, quando foi nomeada pela prefeita Adriane Lopes como titular da Secretária Municipal de Finanças (Sefin), ficando responsável pelas finanças do município de Campo Grande e deixando o cargo de secretária-adjunta, o qual ocupava desde 2021.

Em janeiro deste ano, a prefeita reconduziu Márcia Hokama ao cargo, mas com novo nome Secretaria Municipal de Fazenda (Sefaz). Portanto, ela já está na função de liderança na Sefin/Sefaz desde 2022.

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