Cidades

'MORENA FOLIA'

Carnaval em Campo Grande atrai multidão no primeiro final de semana

De show nacional de funk até diversão para toda a família, folia local se torna cada vez mais forte e característica pelo sucesso de público

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Cada vez maior e mais característico, uma multidão compareceu aos três primeiros dias de Carnaval em Campo Grande, que começou na sexta-feira (28 de fevereiro) com show nacional na Esplanada e seguiu pelo final de semana como um verdadeiro espaço de folia para toda a família. 

Números levantados pelo Correio do Estado, do primeiro dia de festa, mostram que aproximadamente 10 mil pessoas viram a funkeira carioca, Tati Quebra Barraco, "abrir" o carnaval de Campo Grande junto de três outros blocos: Reggae, Só Love e Bloco Nada Sobre Nós Sem Nós.

E o campo-grandense tem mostrada a força de sua folia, no carnaval de rua e blocos da Capital, com o público do primeiro sábado (1º) "confundindo" até mesmo as forças de segurança locais, já que houve divergências nos balanços divulgados pela Guarda Civil Metropolitana e Polícia Militar, com diferença de 12 mil foliões. 

Números levantados pela GCM, na chamada "Operação Carnaval" da Esplanada Ferroviária, indicam que o primeiro sábado de folia reuniu a quantidade total de 12 mil pessoas, sem ocorrência ao longo do evento. 

Porém, ao Correio do Estado, a Polícia Militar aponta para uma estimativa de público girando entre 20 e 25 mil pessoas, ao longo de todo o evento. 

No sábado, quem comandou a folia foi o bloco do Cordão Valu, que está prestes a completar duas décadas de existência.

Conforme a "dona da festa", Silvana Valu, de 53 anos, esse momento é voltado para celebração, principalmente pelo sucesso do bloco carnavalesco. 

"A gente quer uma festa bonita para todos chegarem e se divertirem. Todo ano a gente tenta acertar mais, temos apoio de várias pessoas que perceberam que o carnaval de Campo Grande é pulsante, que vibra, e esperamos que o carnaval e a festa desse ano seja a melhor de todos os tempos", disse Silvana.

O sábado foi embalado pelos ritmos da: banda do Cordão Valu; grupo de percussão Maracatu Ijexá; do cantor Chokito e da Escola de Samba Igrejinha.

Quem estava na região da Esplanada pôde conferir, a partir das 17h30, o bloco espalhar a energia do Carnaval saindo pela Avenida Calógeras em direção a Rua Maracaju, 14 de julho, Antônio Maria Coelho, até voltar para o local do palco e terminar a noite com samba e axé. 

Festa da família

Com o bloco deste domingo (02) trazendo o já popular "Capivarinha Blasé", o Carnaval hoje serviu para os pais tirarem as crianças de casa e aproveitarem essa celebração em família. 

É o caso do casal Leandro Moreira, de 39 anos, professor de Química na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, e Karla Moreira (35), fisioterapeuta, que aproveitaram para trazer os pequenos Raule Davi para a folia. 

Radicados em Campo Grande há quase uma década, eles comentam que essa é a primeira vez que aproveitam o bloco em família na Capital, já que o interior sempre foi destino nessa época do ano. 

"Geralmente a gente passa o Carnaval na casa dos nossos familiares em Três Lagoas. Por enquanto estamos achando legal, trouxemos as crianças pela primeira vez, é tudo novidade para eles", comenta Leandro. 

Com sete e três anos, Raul e Davi se refrescavam na Esplanada Ferroviária saboreando o popular "geladinho", com os pais indicando que os passeios em família se baseiam principalmente na degustação. 

"Acho que estão gostando, principalmente a parte da comilança. Churros, pirulitos e alguns salgados também... sair de casa é sinônimo de comida", diz o pai. 

O casal explica que, em família, a folia dura até a hora que as crianças cansarem, estratégia essa adotada também por outros foliões, que aproveitam os blocos nas ruas de Campo Grande para tirar os filhos.

Juliane Blanco, de 30, é estudante de pedagogia e levou as duas filhas para a folia, Êmile e Maya, de três e nove anos respectivamente, sendo um desses casos de aproveitar a folia para tirar as pequenas de frente das telinhas e para a mãe ter um tempinho longe da bagunça em casa. 

"Trouxe para elas se divertirem, aproveitando o calor e o sol, porque ficar em casa é só dando trabalho e bagunça", brinca a mãe que pelo segundo ano consecutivo curte o Carnaval em Campo Grande com as filhas.

Além disso, Juliane explica que o Carnaval de Campo Grande é a oportunidade perfeita não só para livrar as crianças das telinhas e aparelhos eletrônicos, mas também uma chance de mostrar para elas toda a raiz de uma cultura mais antiga do que elas podem imaginar. 

"Agora a gente aproveita o carnaval com a molecada para trazer essa raiz. Ficam só na internet e celular, sem dar sossego, então o jeito é trazer para ter também a infância na rua, que a criançada está precisando se desconectar um pouco", complementa ela. 

Como a festança de domingo (02) vai até a meia noite, o balanço oficial de quantos foliões ocuparam a região da Esplanada Ferroviária no terceiro dia de festa será divulgado posteriormente. 

Abaixo, você confere a programação dos blocos que colorem as ruas a partir desta segunda-feira (03).

03 de março (segunda-feira)

  • Bloco Capivara Blasé Esplanada Ferroviária, das 14h às 00h.
  • Bloco Cia. Barra da Saia Teatro da Orla Morena, das 15h às 23h.
  • Desfile das Escolas de Samba Praça do Papa, das 19h às 00h.

04 de março (terça-feira)

  • Cordão da Valú Esplanada Ferroviária, das 15h às 00h.
  • Bloco Ipa Lelê Avenida Mato Grosso, das 16h às 00h.
  • Desfile das Escolas de Samba Praça do Papa, das 19h às 00h
    **(Colaboraram Felipe Machado e Alison Silva) 

 

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27 vagas

UFGD abre concurso para professor com salários de até R$ 13 mil; confira

Inscrições devem ser realizadas até 19 de fevereiro de 2026, exclusivamente pela internet

23/12/2025 18h30

UFGD

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Com salários de até R$ 13 mil, a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) publicou edital de concurso público para provimento de cargos da carreira para 27 novos professores.

Conforme o edital, a remuneração inicial varia de R$ 3.399,47 a R$ 13.288,85, de acordo com a titulação exigida e o regime de trabalho.

Os valores são acrescidos de auxílio-alimentação (R$ 587,50) para jornadas de 20h semanais e R$ 1.175,00 para 40h semanais. As inscrições devem ser realizadas até 19 de fevereiro de 2026, exclusivamente pela internet.

As oportunidades contemplam campos como Administração, Agronomia, Biotecnologia, Ciência da Computação, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis, Ciências Econômicas, Direito, Gestão Ambiental, História, Letras, Engenharia de Alimentos, Pedagogia e Medicina, entre outros, conforme detalhado no edital.

Provas

O processo seletivo será composto por prova escrita, prova didática, ambas de caráter eliminatório e classificatório, além de prova de títulos, de caráter classificatório. O edital de convocação para o sorteio de pontos e para a prova escrita será publicado em 26 de março. O sorteio está marcado para 28 de março, e a prova escrita ocorrerá em 29 de março (domingo).

A prova didática será realizada nos dias 25 e 26 de abril, conforme edital específico dessa etapa. O procedimento de heteroidentificação está previsto para 12 de maio, enquanto o envio dos títulos ocorrerá de 19 a 21 de maio. O resultado preliminar será divulgado em 1º de junho, e o resultado final, após recursos, em 3 de junho.

A taxa de inscrição é de R$ 200, com possibilidade de pagamento até o último dia de inscrição, em qualquer agência bancária durante o horário de expediente. O edital completo, com a descrição das áreas, requisitos e demais orientações, está disponível aqui!

Isenção de taxa

Os pedidos de isenção da taxa de inscrição poderão ser feitos entre 16 e 26 de dezembro. Têm direito ao benefício candidatos inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita de até meio salário-mínimo, além de doadores de medula óssea. O resultado preliminar da isenção será divulgado em 9 de janeiro, com homologação final prevista para 13 de janeiro, após análise de recursos.

Do total de vagas, a UFGD assegura políticas de ações afirmativas, destinando 25% para candidatos autodeclarados negros (pretos ou pardos), 3% para indígenas e 2% para quilombolas, independentemente da área. Também há reserva de vagas para pessoas com deficiência. Ao todo, sete vagas são destinadas a candidatos negros, uma para indígenas, uma para quilombolas e duas para pessoas com deficiência.

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Crise na saúde

"Empurra-empurra" entre gestores pode deixar população sem atendimento médico

O CRM afirmou que, além da Santa Casa, outras casas de saúde sofrem com escassez total de medicamentos e materiais e especialidades médicas têm data para parar devido à crise

23/12/2025 18h15

Santa Casa de Campo Grande

Santa Casa de Campo Grande FOTO: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O Conselho Regional de Medicina (CRM) em Mato Grosso do Sul afirmou que algumas especialidades médicas devem paralisar suas atividades na Santa Casa devido à falta de materiais, medicamentos e a falta de recebimento de salários há meses. 

A situação crítica foi confirmada pelo vice-presidente Dr. Flávio Freitas Barbosa nesta terça-feira (23). 

Segundo o médico, o “empurra-empurra” entre os órgãos gestores sobre a responsabilidade da Santa Casa, assim como de toda a crise na saúde municipal, só deve ser cessada através da Justiça, e tem causado prejuízos aos pacientes, bem como desistência de profissionais.

“A saúde do paciente não está em discussão, está vaga. Além de tudo, o maior dever do médico é promover saúde para o seu paciente, e isso está ausente do cenário discutido, há somente falas com acusações de ambos os lados. A gente precisa fazer isso porque, quem vai ser responsabilizado quando realmente acontecer de as pessoas sofrerem por desassistência médica? É a Secretaria Estadual de Saúde? É a Secretaria Municipal? É a própria instituição?”, indagou o Dr. Flávio. 

De acordo com uma nota emitida pelo CRM-MS, já foram realizadas vistorias em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e nos Centros Regionais de Saúde (CRSs), sendo constatados baixos estoques e, em diversos casos, a completa ausência de medicamentos básicos indispensáveis ao funcionamento dos plantões de urgência. 

Além disso, também estavam escassos insumos fundamentais como luvas, lençóis, cânulas e outros materiais primordiais para a segurança tanto do paciente como dos profissionais. 

Somado a isso, o Conselho ressaltou o decreto emitido pela Prefeitura Municipal que reduzia pela metade a gratificação dos servidores de saúde no período do final do ano. 

“A medida fragiliza as condições de trabalho, desestimula a permanência de profissionais na rede pública e compromete diretamente a qualidade da assistência prestada à população”. 

Assim, algumas especialidades médicas da Santa Casa têm data para paralisar as atividades. 

  • Urologia tem notificação datada para o dia 29 de dezembro de 2025; 
  • A Ortopedia deve parar em 02 de janeiro de 2026; 
  • Cirurgias Pediátricas, Vascular e Geral estão datadas para o dia 07 de janeiro de 2026, que já operam com grandes limitações com risco de interrupção total antes da data; 
  • A Anestesiologia já está parcialmente parada, agravando a capacidade operacional da Santa Casa de Campo Grande. 

O vice-presidente do CRM ainda afirmou que o Conselho já havia alertado o Ministério Público sobre os impactos da crise que a instituição vinha enfrentando através dos resultados das vistorias e denúncias. 

“As vistorias feitas por esse Conselho são todas transparentes e foram encaminhadas a que, de fato, deveria ter o conhecimento, que é o Ministério Público. Esse momento crucial, esse momento de agora, foi alertado ao longo do período. Nossa preocupação é com o bem estar das pessoas, que tem sido precarizado, neste momento, pelo maior hospital do Estado, tanto em atendimento dos profissionais, que já registraram desistência de certas atividades nas próximas semanas, como em questões internas, como falta de leitos e de material de trabalho. É uma situação preocupante para todos nós”. 

Santa Casa de Campo GrandeDr. Flávio Freitas Barbosa em coletiva nesta terça-feira (23) / Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

GREVE

Para o CRM, caso a greve seja realmente instaurada na instituição, recai ao Sindicato dos Médicos a aceitação ou não do movimento. No entanto, o pedido de greve pela Instituição foi recebido com estranheza pelos órgãos. 

“A greve é o último cenário a ser avaliado. Mas, diante da situação colocada, deve ser avaliada por quem está na base, sempre ressaltando que é uma manifestação pessoal e não pode ser usada como opção política. A greve tem que ser usada como opção de reivindicação do trabalhador, constituída em lei, quando as condições de mudança não são atendidas. Não pode, por exemplo, um médico estar a seis meses sem receber, sem décimo terceiro”, avaliou o médico. 

A estranheza se deu ao fato de que, na última segunda-feira (22), o Sindicato dos Médicos de Mato Grosso do Sul (Sinmed/MS) recebeu ofícios da Santa Casa sugerindo a deflagração de uma greve pela categoria médica, o que implicaria na paralisação completa do oferecimento dos serviços à população. 

A medida foi vista pelo Sindicato como uma tentativa de “lockout”, que é a paralisação total das atividades para exercer pressão, o que é proibido pela legislação brasileira. 

"Este sindicato se propôs a reunir a categoria para discutir o parcelamento proposto. Contudo, antes mesmo da decisão dos médicos, a Santa Casa sinalizou favoravelmente a uma greve que sequer havia sido discutida. Questionamos qual a real intenção por trás dessa conduta", pontuou em nota o presidente do Sinmed, Dr. Marcelo Santana.

Assim, o corpo jurídico do Sindicato pediu a imediata intervenção do Ministério Público do Trabalho (MPT) nas negociações, assim como o pedido judicial pelo pagamento do 13º salário em atraso, responsabilização dos gestores da Santa Casa e a realização de uma audiência de conciliação. 

A paralisação parcial das atividades dos enfermeiros e serviços administrativos da Santa Casa segue em andamento pelo segundo dia consecutivo. 

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