Cidades

SECA

Chuva abaixo da média deve perdurar pelos próximos três meses no Estado

Meteorologista destaca que período é um reflexo da seca histórica registrada no ano passado em várias regiões de MS

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O baixo volume de chuvas deve perdurar em todo o Estado pelos próximos três meses, é o que apontam os indicadores do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS). 

Nesse período, a tendência climática é de que as chuvas fiquem ligeiramente abaixo da média histórica dos últimos 30 anos em MS. 

Os prognósticos sinalizam acumulados de precipitações entre 300 milímetros e 500 milímetros, nas regiões sul e sudeste, e níveis de no máximo 400 mm, nas regiões leste, oeste e nordeste do Estado, índices semelhantes aos de 2024, que foi caracterizado pelas secas e as chuvas abaixo da média.

Se comparada com a média histórica, a precipitação acumulada entre janeiro e dezembro do último ano se manteve aquém do projetado para todo o período.

Destaque para os municípios de Amambai, que registrou 713 mm de chuva a menos do que o esperado, e Ponta Porã e Campo Grande, com 613 mm e 674 mm abaixo do esperado, respectivamente, segundo expectativa lançada pelo Cemtec-MS.

As cidades de Amambai, Fátima do Sul, Coxim, São Gabriel do Oeste, Dourados e Itaquiraí também registraram deficit de pelo menos 300 mm de chuva ao longo de todo o ano passado.

“O ano passado foi ruim de chuvas. Neste momento, nada indica que a gente possa reverter esse cenário, a tendência é de que isso continue, as chuvas estão muito irregulares, muito abaixo da média”, declarou o meteorologista Vinicius Banda Sperling, que integra a equipe técnica do Cemtec-MS. 

Conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os índices baixos de precipitação devem se manter nos próximos meses, visto que, fazendo um comparativo, foram registrados 579,6 mm de chuva entre fevereiro, março e abril de 2023 em Campo Grande e 256 mm no mesmo período de 2024. Neste ano, até ontem, apenas 23,8 mm de chuva haviam sido registrados. 

“A tendência é de que as oscilações se mantenham, são reflexos do ano passado. Tem de chover muito para que esses índices melhorem, e não é qualquer chuva que vai contribuir para isso, o cenário é bem preocupante”, complementou Sperling.

Questionado sobre o baixo volume de chuva, o meteorologista disse que uma justificativa para esse índice são os diferentes medidores pluviométricos. 

“Isso pode acontecer porque os medidores estão espalhados por diversas regiões da Capital. Chove na região central, e em outras áreas não, por exemplo. Do mesmo modo, as chuvas típicas dessa época do ano não estão ocorrendo com a mesma intensidade”, complementou.

Climatologicamente, em grande parte do Estado, as temperaturas médias devem variar entre 24ºC e 26°C. Por outro lado, na região noroeste, as temperaturas ficam entre 26ºC e 28°C, ao passo que nas regiões sul e sudeste do Estado este índice deve ficar entre 22ºC e 24°C. 

INDICADORES

Em relação à temperatura, para este trimestre, o modelo indica que elas ficarão acima da média histórica em Mato Grosso do Sul, condição que favorece a formação de períodos com temperaturas altas e até mesmo a formação de ondas de calor durante períodos de ausência de nuvens e chuvas. 

Cabe destacar que a chuva acumulada em dezembro do ano passado na Capital ficou 34% abaixo da média histórica de 206 mm. 

O maior registro de precipitação acumulada mensal em Campo Grande foi feito em abril, pelo Inmet, com
138,6 mm.

Os marcadores também indicaram regiões de seca moderada em municípios como Jateí, Novo Horizonte do Sul, Taquarussu, Glória de Dourados, Ivinhema e Batayporã, áreas sujeitas a danos em pastagens, córregos e reservatórios. 

No mesmo sentido, Paranhos, Coronel Sapucaia, Aral Moreira, Ponta Porã, Caracol, Porto Murtinho, Eldorado, Tacuru, Itaquiraí e outros 20 municípios sofreram com o baixo índice de chuvas. 

EL NIÑO

Outro fator que pode ter contribuído negativamente é o El Niño, fenômeno oceânico-atmosférico de aquecimento das águas do Oceano Pacífico, que, por consequência, gera mudanças nos padrões de circulação atmosférica que impactam o regime das chuvas.

Os modelos climáticos também indicam 59% de probabilidade de ocorrência do fenômeno La Niña, visto que a temperatura da superfície encontra-se abaixo da média no Oceano Pacífico Central, condições favoráveis à manutenção do fenômeno ao menos até abril deste ano, impactos que, segundo o Cemtec-MS, podem ser sentidos indiretamente em todo o Estado. 

SECA RECORDE

Conforme matéria do Correio do Estado, 2024 foi o ano mais seco de toda a série histórica registrada pelo Inmet, que começou em 1981. Em todo esse período, nunca havia tido um ano em que a Capital tivesse um acumulado menor que 1.000 mm, como no ano passado.

SAIBA

Em outubro do ano passado, o governo do Estado declarou situação de emergência em função da estiagem prolongada nos 79 municípios de MS. O decreto terminará no dia 19 de abril.

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IBGE

MS contabiliza mais de 9 mil fundações sem fins lucrativos em funcionamento

O número foi apresentado pelo IBGE e indica um crescimento de 4,8% no ano de 2023 com relação ao ano de 2022

18/12/2025 15h15

Associação dos Amigos das Crianças com Câncer

Associação dos Amigos das Crianças com Câncer FOTO: Álvaro Rezende/Arquivo Correio do Estado

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (18) que, em 2023, foram contabilizadas 9.136 mil unidades de Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos (FASFIL) em Mato Grosso do Sul. 

O número foi apresentado pelo estudo sobre as FASFIL, que constituem uma importante referência de dados e análises para o conhecimento da sociedade civil organizada no Brasil. 

Segundo os dados, os números de Fundações sem fins lucrativos em 2023 cresceram 4,8% com relação a 2022, ou seja, 418 unidades a mais. 

Isso mostra um crescimento exponencial ao longo das décadas do estudo. Segundo o IBGE, entre 1971 e 2010, foram criadas 5.010 unidades locais de FASFIL em Mato Grosso do Sul. 

Associação dos Amigos das Crianças com CâncerFeito por Denis Felipe com IA

Entre 2001 e 2010, foram criadas 2.222 unidades locais. A partir de 2011, o número anual de fundações de FASFIL criadas vem oscilando entre 236 e 457, sendo que, em 2023 foram fundadas 444 unidades locais. 

Campo Grande concentra um terço de todas as FASFIL do Estado. Ao todo, foram contabilizadas 3.074 unidades locais. Em seguida, Dourados tinha 698 e Três Lagoas, 415. 

Associação dos Amigos das Crianças com CâncerEscreva a legenda aqui

PREDOMINANTES

São consideradas FASFIL as organizações existentes no Cadastro Central de Empresas - CEMPRE, como entidades de fins lucrativos e que tenham todos os requisitos abaixo: 

  • Sejam privadas;
  • Sem fins lucrativos;
  • Legalmente constituídas;
  • Capazes de gerenciar suas próprias atividades; e
  • Voluntárias.

Em Mato Grosso do Sul, entre os 10 grupos de FASFIL, o grupo com maior número de entidades era Religião. 

Das 9.136, 3.795 eram classificadas como entidades religiosas, que correspondem a 41,5%. Em seguida, o segundo grupo com maior número veio de entidades de cultura e recreação, com 1.478 (16,2%). Veja os demais grupos na tabela abaixo. 

Associação dos Amigos das Crianças com Câncer

OCUPAÇÕES

De 2022 para 2023, houve aumento no pessoal ocupado nas fundações. Eram 35.016 pessoas ocupadas em 2022 e em 2023, o número passou para 37.137, um aumento de aproximadamente 6,1%. 

O grupo com maior crescimento no pessoal ocupado foi das entidades de saúde, que saiu de 18.573 para 19.930, um crescimento de 1.357 pessoas. 

Do total de todos os ocupados no Estado em 2023, mais da metade eram mulheres. Ao todo, 24.646 pessoas ocupadas nas Fundações eram mulheres (66,4%) e 12.491 eram homens (33,6%). 

A maior parte das pessoas assalariadas (70,5%) não possuíam nível superior, correspondente a 26.184 pessoas, um crescimento de 5,56% com relação a 2022. As que possuíam nível superior passaram de 10.212 em 2022 para 10.953 em 2023. 

SALÁRIOS

De acordo com o estudo, o salário médio mensal nas FASFIL de MS foi de R$ 2.933,44 em 2023. 

Mesmo as mulheres representando a maior parte do pessoal ocupado nas fundações, ainda recebiam um salário inferior aos homens. 

Os homens recebiam um salário médio de R$ 3.065,76, e as mulheres, R$ 2.866,65. Em média, as mulheres recebiam 93,5% do valor pago aos homens. 

De acordo com o nível de escolaridade, as pessoas com nível superior ganhavam um salário médio de R$ 5.085,11, enquanto os trabalhadores sem o nível superior recebiam, em média, R$ 2.019,09. 

NACIONAL

Em 2023, o Cadastro Central das Empresas (CEMPRE) registrou 11,3 milhões de unidades locais das organizações ativas no Brasil. Desse total, 1,2 milhão correspondia a Entidades sem fins lucrativos, que incluem as FASFIL e outras entidades sem fins lucrativos. 

Entre elas, 596.259 unidades (51,6%) eram de FASFIL, representando um aumento de 4% em relação ao ano anterior, de 2022, ou seja, 22,9 mil unidades a mais. 

Esse aumento refletiu também no crescimento de 3,3% no pessoal ocupado assalariado, chegando a 2,7 milhões de assalariados e no aumento de 5,4% no salário médio mensal, que passou de R$ 3.444,21 em 2022 para R$ 3.630,71 em 2023. 

A região sudeste é a com maior presença de FASFIL, com 43,2% de todas as unidades brasileiras. Em seguida, aparece a região Nordeste, com 22%, o Sul, com 19,5%, Centro-Oeste, com 8,6% e a região Norte, com 6,69%. 

Em números absolutos, São Paulo (128,2 mil), Minas Gerais (66,5 mil), Rio de Janeiro (49,2 mil), Rio Grande do Sul (44,5 mil) e Bahia (39,9 mil) são os cinco Estados com as maiores quantidades de FASFIL.
 

Cidades

Homem rouba igreja e é preso em MS

Suspeito pode estar envolvido em outros furtos registrados em Aral Moreira

18/12/2025 15h00

Divulgação/PCMS

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Um homem de 28 anos foi preso pela Polícia Civil de Aral Moreira, com apoio da Polícia Militar, na manhã da última quarta-feira (17), por furto qualificado cometido contra uma igreja localizada na região central do município.

Segundo as informações levantadas pela Polícia Civil, o crime ocorreu durante a madrugada, quando o ladrão pulou o muro da igreja e roubou uma roçadeira e um botijão de gás. A ação foi registrada por câmeras de segurança, que ajudaram na identificação do autor.

O homem foi encontrado pelos policiais na casa da própria mãe, ainda usando as mesmas roupas registradas nas imagens da câmera de segurança.

Ele confessou o crime e indicou os locais onde havia escondido os objetos, que foram totalmente recuperados. Parte dos bens estava em posse de um segundo envolvido, de 35 anos, que também foi conduzido à Delegacia.

Os policiais encontraram ainda, durante a investigação, mensagens em um celular relacionadas à negociação de objetos furtados, o que pode indicar envolvimento em outros crimes patrimoniais registrados recentemente no município. 

 

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