Polícia

sistema carcerário

Detentos custam R$ 500 milhões por ano aos cofres públicos de MS

Existem 23 mil presos em MS, sendo que 40% são do tráfico de drogas

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Mato Grosso do Sulo tem 23 mil presos alocados, em 42 unidades prisionais, distribuídos nos três regimes (fechado, semiaberto e aberto).

O sistema carcerário de MS é administrado pela Agência Estadual de Administração Penitenciária (AGEPEN).

A AGEPEN é o órgão responsável por gerenciar as unidades penais e do desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a reabilitação e reintegração social dos apenados.

De acordo com o secretário de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS), Antônio Carlos Videira, detentos custam meio bilhão de reais (R$ 500 milhões) por ano aos cofres públicos de Mato Grosso do Sul.

Cerimônia de entrega de viaturas. Foto: Paulo Ribas

“Nós experimentamos a dor da eficiência na justiça: são 23 mil presos, que nos custam anualmente meio bilhão de reais e isso traz um impacto, mas o Governo Federal tem nos atendido com a construção de três novas unidades e com a destinação de viaturas para a Polícia Penal”, disse Videira, na manhã desta segunda-feira (16), em evento de entrega de viaturas, no pátio do Comando Geral da Polícia Militar.

Na ocasião, o secretário ainda destacou que mais de 530 toneladas de droga foram apreendidas pelas forças de segurança, neste ano, no Estado.

Conforme noticiado pelo Correio do Estado, presos do tráfico de drogas custam R$ 230 milhões por ano, segundo o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB).

Riedel cobrou da União, em 10 de dezembro, apoio ou uma solução para equilibrar os custos do Estado com presos do tráfico de drogas, que representam 40% do seu sistema prisional.

“Quero chamar a atenção em relação a PEC (Segurança Pública) sobre o nosso sistema prisional, onde temos 23 mil presos, sendo 40% do tráfico de drogas, pois temos fronteira com dois países e divisa com cinco estados. É de longe o Estado com a maior população carcerária por 100 mil habitantes, com 750 por 100 mil (habitantes), sendo que a média brasileira é de 350”, afirmou o chefe do executivo estadual.

O governador enfatizou que o objetivo da PEC é equilibrar o financiamento da população carcerária, que atualmente está integralmente nas ‘costas’ do Estado.

Por fim, destacou aos demais governadores e ministro Lewandowski que também estava presente, que esta é uma grande oportunidade para colocar a questão (sistema prisional) em pauta, em função da PEC da Segurança Pública.

PEC DA SEGURANÇA

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, apresentada pelo Governo Federal, foi um dos principais temas debatidos na 16ª edição do Fórum dos Governadores, em Brasília.

A iniciativa busca alterar a Constituição Federal para estabelecer um pacto federativo que integre estados, Distrito Federal e União no enfrentamento ao crime organizado, uma questão que tem se agravado em todo o Brasil.  

Durante o evento, o Conselho Nacional de Secretários de Segurança apresentou uma proposta alternativa à PEC, defendendo maior autonomia para os estados.

A iniciativa recebeu o apoio do governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, que destacou a importância de preservar a capacidade de atuação das administrações estaduais.

De acordo com Riedel, a proposta dos secretários avança ao constitucionalizar a segurança pública e será amplamente debatida tanto no Ministério da Segurança Pública quanto no Congresso Nacional.  

Além da PEC, outros temas relevantes foram discutidos no encontro. Entre eles, o programa “Mais Acesso a Especialistas”, do Ministério da Saúde, que visa reduzir o tempo de espera e as filas no Sistema Único de Saúde (SUS), e o pacote de medidas econômicas do Governo Federal, que busca impulsionar o desenvolvimento no país.

Operação Uxoris

Denúncia de ex-esposa desencadeou operação contra lavagem de dinheiro e contrabando

Mulher descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome, feitos pelo ex-marido, e acionou a PF

03/12/2025 11h30

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade

Chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade MARCELO VICTOR

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Operação Uxoris, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) nesta quarta-feira (3), surgiu a partir da denúncia da ex-esposa de um dos integrantes da organização criminosa, que utilizava os documentos pessoais dela para abrir pessoas jurídicas (PJs), sem autorização, para praticar delitos.

A partir disso, ela descobriu diversos tributos fiscais desconhecidos em seu nome e acionou a PF. Em posse das informações, PF e RFB iniciaram as investigações há dois anos e desencadearam a Operação Uxoris, cujo nome faz referência a essa situação conjugal.

"A investigação começou a partir de uma denúncia apresentada pela ex-esposa, de um dos integrantes do grupo criminoso, ela comunicou a Polícia Federal a utilização de seus documentos pessoais para abertura de pessoas juridicas que estariam sendo utilizadas para a pratica desses delitos, gerando passivos tributarios, sem autorização dessa senhora. A partir disso, a Polícia Federal iniciou as investigações da Operação Uxoris, em referencia justamente a essa outorga conjugal”, detalhou o chefe da delegacia de repressão a crimes fazendários, delegado Anezio Rosa de Andrade.

OPERAÇÃO UXORIS

Efetivo de 70 servidores, sendo 50 policiais federais e 20 agentes da Receita Federal, alocados em 12 viaturas, deflagram a Operação Uxoris, na manhã desta quarta-feira (3), em Mato Grosso do Sul e São Paulo (SP).

Ao todo, nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo oito em Campo Grande (MS) e um em Osasco (SP). Na Capital sul-mato-grossense, os mandados foram cumpridos no Centro, bairro Universitário, Vila Nhá-Nhá, entre outros locais.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Esses produtos - eletrônicos, brinquedos, utensílios domésticos e acessórios eletrônicos- eram vendidos em lojas online (marketplace) e lojas físicas, todas localizadas em Campo Grande (MS). As mercadorias eram distribuídas em todo o território nacional.

Os itens são oriundos de vários países e entraram no País através da fronteira Brasil/Paraguai.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões. Wellington da Silva Cruz, policial militar, é um dos integrantes do grupo criminoso.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O grupo criminoso utilizava a modalidade de pagamento “dólar-cabo”, que é um sistema informal de transferência de dinheiro para o exterior.

Em vez de enviar o dinheiro fisicamente, a pessoa no Brasil paga em reais a um "doleiro", que então garante que a mesma quantia seja entregue em dólares em uma conta no exterior. Essa operação é frequentemente utilizado em atividades ilícitas e considerada crime de evasão de divisas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

De acordo com o delegado da PF, Anezio Rosa de Andrade, os crimes desencadeiam em concorrência desleal, que é é algo que prejudica os comerciantes que pagam os devidos impostos.

“Um comerciante que faz o pagamento formal, que tem a sua empresa regularizada, muito dificilmente consegue concorrer com outras empresas, com outros comerciantes, que não atuam da mesma forma. Então, o nosso objetivo também, além de combater a questão aduaneira e tributária, é também fortalecer a concorrência lícita dentro do território nacional”, explicou.

Operação Uxoris

PF e Receita desmantelam esquema de contrabando de mercadorias ilegais

Nove mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Campo Grande (MS) e Osasco (SP)

03/12/2025 08h15

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Polícia Federal (PF) e Receita Federal (RFB) cumpriram nove mandados de busca e apreensão, na manhã desta quarta-feira (3), durante a Operação Uxoris, em Campo Grande (MS) e São Paulo (SP).

Na Capital sul-mato-grossense, os mandados supostamente foram cumpridos nos altos da avenida Afonso Pena e bairro Universitário.

A operação visa desarticular uma organização criminosa especializada no contrabando, descaminho e importação fraudulenta de grande quantidade de mercadorias sem documentação fiscal e sem comprovação de alfândega.

Conforme apurado pela reportagem, os produtos eram distribuídos em todo o território nacional, por meio de vendas online (marketplace) e através de lojas físicas localizadas em Campo Grande (MS).

De acordo com a PF, o grupo criminoso utilizava a modalidade conhecida como dólar-cabo para efetuar pagamentos das mercadorias, realizando remessas ilegais de valores ao exterior mediante compensações financeiras irregulares.

Ao todo, 20 pessoas físicas e jurídicas, envolvidas na operação, tiveram o sequestro de bens móveis, imóveis e valores no montante de R$ 40 milhões.

Além disso, 14 empresas envolvidas no esquema tiveram as atividades suspensas.

O objetivo é combater o descaminho, contrabando, lavagem de dinheiro, organização criminosa, sonegação fiscal, concorrência desleal e demais crimes transacionais e de ordem tributária e aduaneira em Mato Grosso do Sul.

CONTRABANDO E DESCAMINHO

Contrabando e descaminho são crimes relacionados à importação e exportação de mercadorias. Contrabando é a importação ou exportação de mercadorias proibidas.

Descaminho é à importação ou exportação de mercadorias lícitas sem o pagamento dos tributos devidos. A principal diferença reside na natureza da mercadoria: no contrabando, a mercadoria é proibida; no descaminho, a mercadoria é legal, mas o tributo não é pago.

Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp-MS) apontam que 68 ocorrências de contrabando e 56 de descaminho foram registradas, entre 1º de janeiro e 27 de novembro de 2025, em Mato Grosso do Sul.

Em relação ao descaminho, 0 ocorreu em janeiro, 11 em fevereiro, 2 em março, 5 em abril, 5 em maio, 2 em junho, 5 em julho, 9 em agosto, 4 em setembro, 11 em outubro e 2 em novembro.

Em relação ao contrabando, 2 ocorreram em janeiro, 8 em fevereiro, 4 em março, 2 em abril, 9 em maio, 9 em junho, 5 em julho, 8 em agosto, 4 em setembro, 13 em outubro e 4 em novembro.

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