A partir de agosto, a Gol Linhas Aéreas vai parar de oferecer voos para Bonito, a capital do ecoturismo sul-mato-grossense.
O serviço é oferecido há pouco mais de três anos, com partida em Congonhas, pelo avião B737.
Em nota, enviada ao portal Panrotas, a companhia informou que a suspensão ocorre devido a "ajustes da malha aérea", e que os clientes que já haviam adquirido passagens para data posterior à suspensão, ou seja, para viajar para Bonito a partir de agosto, serão assistidos nos termos da resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Desde 2021
O trecho Congonhas a Bonito foi inaugurado pela Gol no dia 2 de dezembro de 2021, com previsão de dois voos semanais para o destino. O trajeto tem duração de aproximadamente 1 hora e 40 minutos.
Apenas com a Azul
Com a saída da Gol, passagens aéreas para Bonito poderão ser compradas apenas a partir da Azul Linhas Aéreas Brasileiras.
Em uma pesquisa rápida, a reportagem encontrou passagens que vão de R$ 597 a R$ 6.490 nos próximos seis meses, pela Azul. O preço varia de acordo com uma série de fatores, como a data em que a pesquisa está sendo feita, proximidade com a data da viagem e feriados ou datas comemorativas, por exemplo.
Fusão
Conforme noticiado pelo Correio do Estado no início de fevereiro, a Gol e a Azul estão tratando uma fusão entre as companhias, o que irá reduzir a concorrência em Mato Grosso do Sul.
A fusão deixaria apenas duas companhias aéreas oferecendo voos de MS para todo o País, o que elevaria a concentração de serviços por uma mesma empresa em algumas praças.
Um especialista, ouvido pela reportagem, pontuou que a redução da concorrência deve aumentar o poder das companhias, e impactar no aumento do preço das passagens aéreas,
“Quanto mais um mercado for concentrado, maior será o poder do ofertante e maior a possibilidade de aumento de preços. É uma regra da economia que vale para qualquer caso, não apenas passagem aérea. Por isso, é naturalmente esperado um viés de alta se a fusão de duas das três aéreas for levada a frente”, afirmou o o economista e professor do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), José Roberto Afonso.
Colaborou: Eduardo Miranda.