Cidades

Da lama ao caos

Imagens aéreas mostram antes e depois do Nasa Park

Prefeitura de Jaraguari segue trabalho de limpeza com maquinários nas casas atingidas por avalanche de lama

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O cenário é de destruição na região do Nasa Park em Jaraguari, após mais de 800 milhões de litros de água invadirem alguns imóveis nesta terça-feira (20). Ainda sem diagnóstico definido sobre a causa do rompimento da barragem que integra o lago em condomínio de luxo, equipes de trabalho continuam mapeamento e monitoramento o local.

Pelas imagens aéreas é possível estimar o tamanho do estrago causado pela grande quantidade de lama que destruiu mais de 8km de vegetação, além de arrastar animais e atingir pelo menos 11 casas. Equipes da prefeitura do município trabalham com maquinários para retirada de barro em volta das residências atingidas. 

Segundo o prefeito da cidade, Edson Nogueira, em um dos imóveis, a prefeitura vai ter que utilizar máquina pesada para tirar toneladas de lama.

"Uma casa precisa de maquinário que eu vou mandar amanhã cedo que ficou tratado com ele [Rogério, uma das vítimas] porque o mesmo não estava na residência e não foi possível [realizar a limpeza hoje. O maquinário vai tirar [toda a lama] para ter acesso a casa. E ai vamos ver a perca dos móveis dele. A casa dele deu muito acúmulo de barro.Vamos ter que limpar com a máquina porque o quintal dele está inútil, tinha um campinho de futebol, está tomado por sujeira ali", afirma o munícipe. 

Em algumas casas só resta lama - Foto: Marcelo Victor | Correio do Estado 

Não só os moradores foram atingidos em decorrência do rompimento da estrutura. Vizinhos relatam que houve perda em algumas culturas de produção como, a plantação de mandioca e milho, além da destruição de colmeias de abelha, tanques de tilápia e pacu, e um espaço para a criação de leitoas que foram arrastadas. Uma vaca leiteira também foi levada pela água.

Hortaliças destruídas pela forçada água - Foto: Marcelo Victor | Correio do Estado 

Vítimas serão ouvidas pela justiça 

O Ministério Público marcou para a próxima sexta-feira (23),  uma audiência com as famílias atingidas pelo rompimento da barragem do loteamento em Jaraguari. O objetivo é identificar as necessidades imediatas, iniciar levantamento de danos ambientais, sociais e materiais. 

O Núcleo de Geoprocessamento do Ministério Público já identificou pelo menos 11 propriedades afetadas pelo desastre. No entanto, esse número pode aumentar à medida que novas imagens de satélite da área sejam analisadas e atualizadas. 

Além disso, assistentes sociais estão em campo, atuando na identificação das vítimas e no levantamento dos prejuízos sofridos pelas famílias. O Ministério Público também orienta que todas as pessoas afetadas pelo rompimento, que ainda não foram localizadas pelos servidores do órgão, entrem em contato pelo telefone (67) 3318-2124 para poderem ser incluídas no levantamento dos danos.

Segundo o MPMS, a participação dessas famílias é crucial para garantir que todas as necessidades sejam devidamente atendidas e que as medidas de reparação sejam implementadas de forma eficaz e justa.

Nasa Park já foi notificado por falta de manutenção

A barragem de uma represa que ficava dentro do condomínio de luxo Nasa Park, na divisa entre os municípios de Campo Grande e Jaraguari, rompeu-se na manhã de ontem e deixou um rastro de destruição por onde passou, danificando casas, matando animais e acabando com plantações.

Segundo o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), o condomínio já havia sido notificado duas vezes por falta de manutenção no local.

O fato ocorreu por volta das 9h30min desta terça-feira. Com o rompimento da barragem, a água da represa carregou tudo pelo caminho, inclusive danificando trecho da BR-163, onde o guard rail e a tubulação foram destruídos.

A água por pouco não deixou pessoas feridas, já que chegou a propriedades rurais nas proximidades do condomínio. Pequenos produtores contam que tiveram pouco tempo para pegar suas coisas e fugir para regiões mais altas.

Conforme o Imasul, a primeira notificação por falta de manutenção na barragem do condomínio ocorreu em 2019 e não há comprovação, ainda segundo o órgão, de que a irregularidade tenha sido sanada, já que, no ano passado, nova vistoria verificou acúmulo de mato nas saídas da represa, o que indicava falta de cuidado.

"A notificação especificava quatro itens que o responsável pela barragem deveria cumprir. O primeiro era a regularização ambiental, que incluía a obtenção da outorga para a barragem. O segundo item envolvia a realização de manutenção na barragem, como a limpeza e a remoção do excesso de vegetação.O terceiro exigia a apresentação do plano de segurança da barragem. E o quarto item pedia a elaboração do plano de ação de emergência, para ser aplicado em caso de acidente", informou o Imasul, por meio de sua assessoria de imprensa.

Apesar do alerta, também não há comprovação, até o momento, de que essas determinações tenham sido cumpridas pelo condomínio, onde nenhuma casa foi afetada pelo rompimento da represa.

*Colaborou Alicia Miyashiro 

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Janeiro branco

MS registra três suicídios em 48h

No primeiro mês do ano, Governo Federal iniciou campanha em favor da saúde mental

03/01/2025 17h10

Arquivo/ Correio do Estado

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Em 48h, três pessoas atentaram contra a própria vida em Mato Grosso do Sul.

De acordo com a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), já são três mortes nos dois primeiros dias do ano em todo o Estado, registradas em Amambai, Sidrolândia e Dourados. Em 2023, foram registradas 23 mortes deste tipo em todo o Estado. 

Conforme a base de dados da Polícia Civil, a 1ª morte foi de um indígena, de 32 anos, morador da Aldeia Limão Verde, em Amambai.

Segundo o Boletim de Ocorrência, por volta das 02h30 do dia 1º de janeiro, o homem foi encontrado já sem vida na casa em que vivia, local onde foi encontrado por seu cunhado.

À polícia, o familiar disse que ao entrar na casa, viu o indígena com uma “tira de tecido” amarrada entre o pescoço e uma viga de madeira que sustentava a casa, e,  ao se deparar com a situação, teria cortado o tecido, entretanto, sem conseguir salvar o indígena, que já estava sem vida, e foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) do município.

Na mesma data, às 8h, em Siidrolândia, um homem de 35 anos tirou a própria vida, também na casa em que vivia, e segundo a esposa dele, denunciante do fato, o marido se enforcou na varanda da própria residência. 
Sem detalhes, o terceiro suicídio registrado foi registrado em Dourados, morte de um adolescente.

Janeiro branco

O Governo Federal deu início ao Janeiro branco, campanha que  visa alertar para os cuidados com a saúde mental e emocional da população, a partir da prevenção das doenças decorrentes do estresse, como ansiedade, depressão e pânico.

As doenças mentais podem ser causadas por uma série de fatores, como genética, estresse, abuso de substâncias e traumas. Nesse rol entram também os transtornos de humor, esquizofrenia e o transtorno bipolar.

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dourados

Ex-secretário esclarece que não há irregularidades em edital para a compra de vagas na Educação

De acordo com ele, a equipe cumpriu todas as determinações do TCE até o fim do mandato, culminando em suspensão da compra de 3 mil vagas nos Ceims

03/01/2025 16h32

Obras de Ceim paralisadas na Vila Erondina

Obras de Ceim paralisadas na Vila Erondina Foto: Divulgação

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O ex-secretário municipal de Educação de Dourados, Carlos Vinícius da Silva Figueiredo, esclareceu que não há irregularidades no processo de credenciamento de vagas em creches, suspenso pela Prefeitura após recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Segundo ele, a suspensão temporária determinada pelo TCE faz parte de um processo de acompanhamento e não implica a existência de irregularidades.

"O parecer do TCE é parte de um processo de acompanhamento das ações dos municípios. Ainda cabe maiores informações para que o edital de cadastramento de instituições continue", explicou Carlos Vinícius. 

De acordo com o ex-secretário, a equipe seguiu os trâmites legais e cumpriu todas as determinações do TCE até o fim do mandato.

"Eu não pude fazer as alterações no edital pois o nosso mandato terminou. No entanto, enviei ofício ao TCE, com as respostas necessárias e mostrando preocupação com o início do ano letivo", esclareceu.

O ex-secretário destacou ainda que a gestão anterior se preocupou em cumprir com as exigências do TCE e garantir a continuidade dos serviços educacionais. Tanto que assim que foi notificado realizou a suspensão do processo de credenciamento para a compra das 3 mil vagas. 

Em relação a matéria do Correio do Estado que considerou que a ativação dos 3 Centros de Educação Infantil (Ceims), sendo eles: o da Vila Erondina, Jardim Vitória e Parque do Lago I, cujas obras estão paralisadas, o secretário informou que essas unidades são projetos tipo 2, com estrutura para atender, em média, de 150 a 200 crianças por dia. 

Carlos Vinícius também destacou que em relação ao uso de salas ociosas de escolas estaduais, trata-se de uma iniciativa que ele iniciou em parceria com o Governo do Estado para atender o ensino fundamental, o que não refletiria na educação infantil.


 

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