Cidades

CIDADE MORENA

Ministério Público apura 'problema antigo' nos serviços odontológicos de Campo Grande

Relatório do Conselho Regional de Odontologia foi base para quatro inquéritos totais, que buscam saber sobre quantidades e qualidades de equipamento; demanda reprimida; agendamento e tempo médio de espera para consulta, etc

Continue lendo...

Apontados em relatório de fiscalização do Conselho Regional de Odontologia do Estado de Mato Grosso do Sul (CRO-MS), problemas antigos nos serviços de atendimento bucal na Capital tornaram-se alvo de apuração do Ministério Público. 

Como bem consta na edição de hoje (10) do Diário Oficial do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), o relatório do CRO que data de 27 de junho deste ano resultou na instauração de quatro inquéritos totais, que buscam apurar: 

  • Nº 0028 - A suficiência de fotopolimerizadores  odontológicos / existência de serviço de manutenção regular dos equipamentos.
  • Nº 0029 - Suficiência de insumos, materiais de consumo e instrumentos de trabalho odontológicos
  • Nº 0030 - Suficiência e o funcionamento de seladoras, refletores, autoclaves e compressores odontológicos
  • Nº 0031 -  Suficiência de cadeiras e mochos nos setores odontológicos /  serviço de manutenção regular dos itens

Executivo

Importante esclarecer, segundo consta na portaria para instauração do inquérito civil, que diante ainda da notícia de fato a Secretaria Municipal de Saúde (SESAU) informou a existência de procedimentos licitatórios em andamento para aquisição dos itens. 

Porém, decorrido o devido prazo de tramitação, não foi demonstrada a entrega dos itens. Mais recentemente o Executivo Municipal foi acionado, para emitir posição diante dos inquéritos. 

Foi questionado ao Executivo quando houve a última renovação de cadeiras e mochos, qual a posição diante dos demais inquéritos, bem como se há previsão de um novo complemento do quadro de pessoal, porém, até o fechamento desta matéria não foi obtido retorno. 

Fiscalização

Ao todo, foram fiscalizadas 62 Unidades de Saúde de Campo Grande, através de questionário, que entre outros pontos buscava saber sobre demanda reprimida; agendamento e tempo médio de espera para consulta, etc. 

Nisso, foi questionado também quanto ao déficit de equipamentos, bem como se os instrumentais são suficientes para atendimento. 

"Dentre todas as Unidades que responderam ao questionário, nota-se a recorrência de problemas com o defeito ou falta de instrumentos odontológicos, como seladora, compressor e autoclave, sendo assim necessário enviar o material para outro local para selar e esterilizar". 

Sendo que pacientes acamados têm seu primeiro contato através dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), o Conselho detalha que os agendamentos são, em maioria, feitos pelo sistema de Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC) ou balcão. 

Além disso, o CRO complementa dizendo que, os pacientes não agendados que chegam por "demanda espontânea também são acolhidos e, em casos de urgência, são atendidos".     

Entretanto, a dita falta e insuficiência de equipamentos; materiais e profissionais nas unidades da Capital comprometem o atendimento adequado e até impedem que o serviço chegue a pacientes acamados. 

Segundo o Conselho Regional de Odontologia do Mato Grosso do Sul após fiscalização, o maior problema é a falta de profissionais para atender a demanda, principalmente nos Centros de Especialidades Odontológicas (CEOs). 

Ainda, como alternativa a ser considerada, o Conselho sugere a contratação de empresa particular para a qual possam ser encaminhados os pacientes em fila de espera para as especialidades da odontologia".  

"Sendo assim, como forma de sanar essa deficiência do sistema de saúde pública no oferecimento de serviços odontológicos, é necessário que haja contratação de mais profissionais cirurgiões-dentistas especializados, sobretudo para atuação na área da Endodontia", expõe o relatório. 

 

Assine o Correio do Estado

Bike Radical

Atleta de Bike Trial manobra em ponte de MS e viraliza no Tik Tok

Campeão brasileiro e sul-americano, Diego Magno aproveitou a visita ao Estado para romper barreiras com movimentos radicais na ponte Ferroviária em Três Lagoas

12/12/2024 15h00

Reprodução redes sociais

Continue Lendo...

O atleta profissional de Bike Trial, Diego Magno, referência no país por suas manobras impressionantes, deixou seu "rastro" na ponte ferroviária Francisco de Sá, em Três Lagoas.

Reconhecido na modalidade no Brasil, o atleta conquistou sete vezes o Campeonato Brasileiro e é o atual campeão sul-americano na categoria.

Após viralizar com manobras na Torre do Alta Vila, em Minas Gerais, que possui mais de 100 metros de altura, desta vez conquistou o TikTok em terras sul-mato-grossenses.

Foram mais de 8 milhões de visualizações na publicação que ele compartilhou na rede social chinesa, acompanhada da legenda: “Um dos projetos mais loucos que já fiz”.

A ponte, que é um cartão-postal do município, foi construída pela empresa norte-americana American Bridge e atravessa o rio Paraná. Sua construção começou em 1918, devido à necessidade do estado de São Paulo em expandir a malha ferroviária para escoar a produção de café.

A estrutura possui 1.024 metros de comprimento e uma altura aproximada de 12 metros acima do nível do rio, sendo inaugurada em 1926.

Reprodução redes sociais

Manobras


O atleta recebeu um trabalho de uma empresa para realizar manobras. Quando saiu de Presidente Prudente (SP) de carro e chegou em Três Lagoas, ficou com a ideia na cabeça: não poderia deixar o estado sem realizar uma de suas peripécias na estrutura da ponte.

Após a apresentação de Bike Trial, ele compartilhou a ideia com amigos para obter suporte de um drone, que captaria a perspectiva da evolução, e de uma GoPro, que proporcionaria a quem assiste a visão de Magno enquanto realiza seus movimentos com a bicicleta.

“Fiquei pensando no que ia fazer certinho, quais seriam os movimentos. Entrei no Google, tentei encontrar as medidas da ponte para saber a largura e a altura, e fazer um cálculo do que eu ia executar”, explicou Magno.

Com isso, o atleta ajustou a bicicleta para o freio correto, analisando se precisaria usar mais o freio dianteiro, o traseiro ou ambos durante o percurso.

Cabe ressaltar que, na modalidade Bike Trial, o atleta precisa executar as manobras sem colocar os pés no chão.

Além disso, há variáveis como a altura, a velocidade do vento e a trepidação causada pelos caminhões que passam na ponte paralela.

Sem chance para erro


Outro ponto que exigiu muita concentração, conforme explicou Magno ao Correio do Estado, foi a água corrente, que eventualmente pode afetar a visão.

“A visibilidade dá uma embaralhada, e eu senti um pouco essa parte. Então tive que redobrar a atenção e o equilíbrio para que nada perigoso acontecesse”, disse o atleta, que completou:

“Mas eu costumo dizer que treino muito para a Copa do Mundo, o Campeonato Mundial e em lugares muito mais estreitos do que a ponte. Só que, lógico, a ponte tem altura, então uma coisa compensa a outra. Treino muito em superfícies finas de 2 a 3 centímetros, mas em lugares baixos, onde, se eu errar, caio na terra com a bike. Agora, lá na ponte, apesar de ser mais larga do que as espessuras com que estou acostumado, tinha que lidar com a altura. Não podia cometer nenhum erro”.

Magno comemorou os comentários nas redes sociais. Embora muitos fossem positivos, sempre apareceram os chamados “haters”, que classificaram a manobra como “loucura”.

Sobre essas críticas, ele ressalta que, por ser um atleta profissional com 23 anos de experiência, seu trabalho é baseado em muito mais profissionalismo do que imaginam aqueles que desconhecem a exaustiva rotina de treinamentos.

“Eu não peguei a bike na loucura e fui lá tentar atravessar a ponte. Foi tudo pensado. Pensei em cada detalhe.”

O resultado, com o visual espetacular de Três Lagoas, foi um sucesso garantido, somando mais de 8 milhões de visualizações e tornando o vídeo viral em várias redes sociais.

 

 

Disputa do Mundial


Diego Magno é o único representante do Brasil na disputa do Campeonato Mundial de Trial, que será realizado em Abu Dhabi, na Arábia Saudita, de 19 a 21 de dezembro. Para mais informações basta acessar o perfil do Trials na competição pelo Instagram (@uci_trials).

Veja o vídeo

 

@diegomagnotrials Um dos projetos mais loucos que ja fiz Ponte ferroviaria Três Lagoas-MS#bike #bikevideos #ride #bicycle #balance som original - Diego Magno

 

Assine o Correio do Estado

Cidades

Projeto autoriza investigados por crimes a comprar armas de fogo

Proposta aprovada pela Câmara altera Estatuto do Desarmamento

12/12/2024 14h31

Projeto de lei que autoriza investigados por crimes a registrarem armas de fogo

Projeto de lei que autoriza investigados por crimes a registrarem armas de fogo Foto: Arquivo / Agência Brasil

Continue Lendo...

A Câmara dos Deputados aprovou o projeto de lei que autoriza investigados por crimes a registrarem armas de fogo. O texto, aprovado nesta quarta-feira (11), altera pontos do Estatuto do Desarmamento, entre eles o que restringia a compra de arma de fogo a pessoas que estivessem respondendo a inquérito policial ou criminal.

O projeto, que ainda deverá ser analisada pelo Senado, define que as pessoas que estiverem respondendo a inquérito poderão comprar arma de fogo e registrá-la em seu nome, exceto se estiverem respondendo pelos seguintes crimes:

  • crime doloso contra a vida;
  • crime qualificado como hediondo ou a este equiparado;
  • crime contra a dignidade sexual, tentado ou consumado;
  • crime tipificado na Lei Maria da Penha;
  • crime cometido contra o patrimônio com o uso de violência;
  • crime de ameaça ou cometido com grave ameaça.

O projeto também altera o Estatuto do Desarmamento na parte que diz respeito à renovação da permissão para possuir armas de fogo.

Com a mudança, será necessário, além de continuar a fornecer certidões negativas de antecedentes criminais, não ter sido condenado por sentença com trânsito em julgado e não estar sob restrição por medida protetiva, como a relacionada à violência doméstica de manter distância da vítima.

Permanecem as outras condições exigidas em lei, como comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica para o manuseio de armas de fogo.

Registro

O relator do projeto, deputado Ismael Alexandrino (PSD-GO), incluiu no texto a concessão de um novo prazo de 1 ano para os proprietários de arma de fogo pedirem o registro, devendo comprovar a posse lícita da mesma.

Segundo o texto, poderá ser regularizada qualquer arma em posse do interessado, mesmo antes da data prevista no Estatuto do Desarmamento, 31 de dezembro de 2008. Com a alteração, o proprietário da arma poderá pedir inclusive o registro provisório.

Alexandrino argumentou que o projeto resolve o problema do registro de armas de fogo sem registro.

“Impossibilitar o registro não extinguirá a existência das armas, elas continuarão a existir, permanecendo na ilegalidade como armas frias, na clandestinidade, muitas vezes sendo usadas na criminalidade ou para esquentar supostos conflitos. O registro proporcionará a transparência e o controle necessários a uma política de segurança pública séria e exitosa”, justificou.

O projeto aumenta ainda de 3 para 5 anos o prazo para a renovação do certificado de registro da arma. Além disso, o texto define que o prazo começará a contar a partir da emissão do certificado anterior.

O projeto também altera o ponto do estatuto que trata do disparo de arma de fogo em público. A norma diz que essa prática é crime inafiançável, com reclusão de 2 anos a 4 anos para quem disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela.

Com a mudança, o ato deixará de ser crime inafiançável quando se tratar da legítima defesa ou de outra pessoa.

O projeto também altera o Estatuto do Desarmamento, no ponto em que trata de armas apreendidas, que determina que elas não poderão ser restituídas enquanto interessarem ao processo.

O novo texto diz que se os objetos já tiverem passado por exame pericial definitivo, deverão ser restituídos ou ter a destinação definida em lei.

Pelo projeto, as armas, acessórios e munições poderão ser doadas, após passar por perícia do Exército, às Forças Armadas e aos órgãos de segurança pública, segundo o padrão de uso de cada instituição.

Será dada preferência para a doação, exceto para as armas de uso proibido ou de uso restrito, inicialmente para os órgãos de segurança pública do estado em que se deu a apreensão; órgão de segurança pública que tiver a menor relação de armas por integrante efetivo da instituição solicitante; órgão de segurança pública cuja sede se localize em área de maior criminalidade; guardas municipais; e Polícia Legislativa Federal.

No caso de arma de fogo apreendida sem número de série ou sem outros elementos de identificação, mas que estiver em perfeito estado de conservação e própria para uso, será renumerada pelo Comando do Exército, que providenciará novo registro para doação aos órgãos de segurança.

Segundo o deputado Alexandrino, um país com grandes dificuldades financeiras, como o Brasil, "não pode se dar ao luxo" de destruir armamento que pode ser empregado pelas forças de defesa e de segurança pública.

“Um país com grandes dificuldades financeiras e de equilíbrio fiscal como o nosso, com os inevitáveis reflexos que levam a carências nas diversas instituições públicas, não pode se dar ao luxo de destruir armamento caro e que pode ser empregado com vantagem pelas forças de defesa e de segurança pública”, defendeu.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).