Cidades

Operação Pantanal

Onça resgatada no Pantanal recebe tratamento especial no Ayty; veja fotos

Batizada como Miranda, município onde foi resgatada, a onça sofreu queimaduras nas quatro patas, e se recupera no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras). localizado em Campo Grande

Continue lendo...

Na manhã deste sábado (17), a onça Miranda, que recebeu esse nome por ter diso resgatada na última quinta-feira (15) no município localizado no Pantanal sul-mato-grossense, passou por exames no Hospital Ayty, no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras).

Foi feita coleta de material para análise, além de ultrassom e raio-x. O animal teve queimaduras nas quatro patas, e foi encontrado dentro de uma manilha, em uma fazenda, em uma operação que durou praticamente 26h, começando no início da tarde de quarta-feira (14) e terminando apenas no fim da tarde do dia seguinte com seu transporte para Campo Grande.

O trabalho foi feito em parceria entre o Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal (Gretap), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e Polícia Militar Ambiental (PMA).

Já no Ayty - nome em tupi-guarani que significa cuidado e acolhimento, simbolizando o carinho que os animais ali recebem - a onça-pintada recebeu de pronto o tratamento com pomadas especiais para queimaduras e com ozônio, que acelera a cicatrização.

Miranda já com ataduras nas patas, no dia em que chegou ao CRAS. Foto: Bruno Rezende/Governo do Estado. 

Neste sábado ela foi sedada para os exames ao ar livre, uma forma de garantir a temperatura corporal do animal com a luz solar. Além disso, Miranda foi pesada e está com 60 kg - a fêmea tem cerca de dois anos.

Álvaro Rezende/Governo do Estado

"Estamos realizando uma série de procedimentos para garantir o melhor tratamento possível. Utilizamos ozônio para curativos nas patas, ajudando na cicatrização dos tecidos", comenta Aline Duarte, coordenadora do CRAS (Centro de Reabilitação de Animais Silvestres), estrutura onde o Hospital Ayty está inserido com total preparo para oferecer o suporte necessário à recuperação de Miranda e demais animais silvestres que para ali vão.

Hoje, a PMA também auxiliou na realização dos exames no hospital Ayty, garantindo a segurança do animal e dos veterinários. "Estamos focados na segurança do animal e da nossa equipe. A presença da PMA aqui é fundamental para assegurar que tudo transcorra sem incidentes. Nosso compromisso é total com o bem-estar de Miranda e a excelência do tratamento que ela está recebendo", explica a veterinária do Ayty, Jordana Toqueto.

Álvaro Rezende/Governo do Estado

Órfãos do Fogo

Além de Miranda, outros animais afetados pelos incêndios florestais estão sob os cuidados da equipe do Ayty, CRAS e Imasul. Ali também estão um filhote de veado encontrado sozinho em uma área devastada pelo fogo, e que agora está em boas condições de saúde e permanecerá sob os cuidados do local até atingir a fase adulta. Uma anta filhote, resgatada com queimaduras graves nas patas, também está em tratamento no hospital, recebendo os mesmos cuidados.

Ayty

O Hospital Veterinário Ayty, o maior da América Latina, oferece uma infraestrutura completa para o atendimento de animais silvestres, com 1.153,33 metros quadrados de área construída, incluindo salas para exames, cirurgias, quarentena e muito mais. O objetivo é reabilitar Miranda e todos os animais resgatados, devolvendo-os ao seu habitat natural assim que estiverem plenamente recuperados. A dedicação e o trabalho em equipe destacam o compromisso do Governo de Mato Grosso do Sul em preservar a fauna ameaçada e oferecer esperança.

Fiscalização

Sefaz-MS envolve ícone global da joalheria em possível fraude milionária

Designer Ara Vartanian e advogado Augusto de Arruda Botelho, pedem à Justiça para impedir inquérito criminal sobre subfaturamento de joias em Mato Grosso do Sul

13/12/2025 05h00

Ícone global da joalheria, Ara Vartanian

Ícone global da joalheria, Ara Vartanian Site oficial/reprodução

Continue Lendo...

O economista e joalheiro Ara Vartanian, sócio da Avartanian Comércio Ltda., ingressou com habeas corpus na Justiça de Mato Grosso do Sul para barrar a abertura de inquérito policial no qual poderá ser investigado por fraude tributária contra o fisco estadual.

O fisco sul-mato-grossense flagrou, em 1º de outubro deste ano, a empresa de Vartanian enviando joias com valor subfaturado para Cuiabá (MT). Na nota fiscal do carregamento, constavam 126 peças de joias avaliadas em R$ 1,9 milhão, mas, após contagem física realizada por auditores tributários da Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso do Sul, verificou-se que o carregamento, na verdade, continha 248 peças de joias de alto padrão, avaliadas em R$ 22,6 milhões.

Para piorar, a empresa em Cuiabá que seria o destino das joias, a Fernando S. Perez Lerez Ltda., não possuía em seus registros qualquer vínculo com o comércio de joias ou de metais preciosos. A atividade principal da empresa é o comércio de móveis e, a secundária, a representação comercial.

Diante da constatação dos auditores tributários de Mato Grosso do Sul, a nota fiscal foi considerada inidônea. A Avartanian tentou, 12 horas após a apreensão, utilizar uma nova nota fiscal, desta vez com a discriminação correta dos produtos, mas já era tarde demais.

Em novembro último, o superintendente de Administração Tributária da Sefaz-MS, Bruno Gouveia Bastos, enviou notícia-crime à Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Defraudações, Falsificações Falimentares e Fazendários (DEDFAZ), da Polícia Civil, para a abertura de inquérito criminal pela prática de crime tributário.

“Sobreleva ressaltar que os atos e fatos caracterizadores da infração tributária de que decorre a notícia-crime ultrapassam, em termos de gravidade, as fronteiras da própria infração, porquanto se tratam de evidências de fraude e de ilícitos fiscais tributários que adentram o campo do crime contra a ordem tributária”, argumentou o superintendente.

No mesmo documento, Bastos pede que a Polícia Civil desvende a real natureza e a finalidade da operação envolvendo o transporte das joias e identifique os partícipes envolvidos — inclusive eventuais beneficiários ocultos — na suposta fraude e nos possíveis ilícitos fiscais tributários.

O superintendente ainda solicitou que a Polícia Civil apure a possível existência de outros atos ou fatos da mesma natureza, ou até mesmo a ocorrência de um “esquema estruturado”.

Assinatura do pedido

O habeas corpus ajuizado por Ara Vartanian é assinado pelo advogado Augusto de Arruda Botelho, que ganhou notoriedade por integrar o Grupo Prerrogativas, formado por advogados de viés progressista.

Mais recentemente, Botelho voltou ao noticiário após viajar no mesmo jatinho que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli para Lima, no Peru, onde ambos assistiram, no mês passado, à final da Copa Libertadores da América entre Palmeiras e Flamengo.

A final ocorreu poucos dias antes da decisão de Toffoli de concentrar em seu gabinete as decisões para ampliar o sigilo da investigação da Polícia Federal sobre fraudes de bilhões de reais no Banco Master. Botelho é advogado de um dos envolvidos na investigação.

No caso do designer de joias Ara Vartanian, Botelho pede que a investigação sequer seja aberta pela Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. Ele ancora seu pedido na Súmula Vinculante nº 24, que estabelece que crimes contra a ordem tributária somente se consumam com a constituição definitiva do crédito tributário, o que, segundo ele, não seria o caso da notícia-crime.

Por isso, no pedido de habeas corpus, Botelho alega que seu cliente foi submetido a constrangimento ilegal. O pedido foi distribuído ao Núcleo de Garantias da comarca de Campo Grande. Ainda não houve decisão.

O joalheiro

Ara Vartanian é um dos nomes mais respeitados e reconhecidos da joalheria contemporânea brasileira, com projeção internacional. Fundador da marca que leva seu nome, ele construiu uma assinatura própria ao romper padrões tradicionais da alta joalheria, criando peças autorais marcadas por design arquitetônico, inovação estética e uso ousado de gemas.

Seu trabalho ganhou destaque mundial especialmente pela releitura dos anéis de diamantes negros e pelo uso de cortes e cravações não convencionais, que ajudaram a reposicionar a joalheria brasileira no circuito global de luxo.

Formado em joalheria em instituições internacionais e herdeiro de uma tradição familiar no setor, Ara Vartanian transformou o ateliê em São Paulo em um laboratório criativo que dialoga com arte, moda e arquitetura. Suas joias são usadas por celebridades e vendidas em mercados estratégicos como Estados Unidos, Europa e Ásia, consolidando sua reputação como referência global em alta joalheria autoral.

Mais do que criar peças, Ara é visto como um inovador que ampliou os limites estéticos da joia, tornando-se um ícone da joalheria contemporânea.

Assine o Correio do Estado

Cidades

Petroleiros mantêm início da greve nacional dos petroleiros para a segunda-feira, 15

A Petrobras diz que respeita o direito de manifestação dos empregados

12/12/2025 22h00

Crédito: Fernando Frazão / Agência Brasil

Continue Lendo...

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos reafirmaram nesta sexta-feira, 12, que está mantida a deflagração de uma greve nacional a partir da zero hora de segunda-feira, 15. A Petrobras disse que segue aberta à negociação.

A decisão foi tomada na última quarta-feira, após a apresentação, pela companhia, de uma segunda contraproposta para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), considerada insuficiente pelas entidades que representam a categoria. O comunicado de greve foi enviado à empresa nesta sexta.

A Petrobras diz que respeita o direito de manifestação dos empregados e, em caso de necessidade, adotará medidas de contingência para a continuidade de suas atividades.

Divergência

A FUP diz que o ACT não avança nos três pontos centrais discutidos desde o início das negociações e, por isso, os sindicatos notificarão nesta sexta a empresa sobre a paralisação A agenda de reivindicações inclui os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, o fundo de pensão dos funcionários da Petrobras.

A FUP e seus sindicatos afirmam que, além de não apresentar respostas conclusivas sobre o tema, debatido há quase três anos com o governo e entidades de participantes, a Petrobras não trouxe soluções consistentes para outras pendências acumuladas durante o processo de negociação.

A proposta de aprimoramento do plano de cargos e salários e garantias de recomposição sem aplicação de mecanismos de ajuste fiscal e o fortalecimento da Petrobras são os outros dois pontos que motivam a paralisação.

Desde a quinta-feira, um acampamento foi montado em frente ao prédio da Petrobras no Rio de Janeiro. A estatal diz manter um "canal de diálogo permanente com as entidades sindicais, independentemente de agendas externas ou manifestações públicas promovidas".

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).