Cidades

REPASSE DE VERBA

Prefeita cobra ajuda do governo federal para manter Casa da Mulher Brasileira

Adriane Lopes afirma que desde 2016 o governo federal não repassa verbas e defende que a gestão do espaço seja tripartite, entre Município, Estado e União

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A prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), cobra do governo federal ajuda financeira para manutenção da Casa da Mulher Brasileira. Segundo a chefe do Executivo Municipal, a provocação já foi feita à União.

"A minha provocação para o governo federal é que tenha recursos para a manutenção da Casa da Mulher Brasileira, não só de Campo Grande, mas das outras cidades no PAís. O recurso veio para a Casa da Mulher foram só dois anos, em 2015 e 2016, e a nossa provocação é que esse recurso tenha continuidade agora", disse a prefeita, durante evento de lançamento de um conjunto de políticas públicas voltadas para as mulheres, nesta segunda-feira (10).

"Se nós temos um alto índice de violência contra a mulher, não só em Campo Grande, mas no País, nós precisamos de políticas públicas tripartite, os municipios sozinhos não conseguem gerir todo esse desafio. Entao estamos provocando o governo federal e o governo estadual para essa ampliação", acrescentou.

Questionada sobre o valor necessário do recurso, a prefeita afirmou que não é possóvel dizer um custo real, pois a gestão da Casa da Mulher é 30% do Município e 70% do Governo do Estado, atualmente.

"Tinham cargos que eram mantidos pelo governo federal e hoje é pelo municipal", exemplificou, acrescentando que além de pessoal, a ampliação da casa e serviços também precisam de verba federal.

"Eu acho que é um recurso justo, tripartite, e que vai trazer a ampliação dos serviços e atendimento às mulheres", concluiu Adriane Lopes.

Políticas públicas para mulheres

A prefeitura lançou, nesta segunda-feira (10), um conjunto de políticas públicas inovadoras voltadas para as mulheres.

Entre os projetos de caráter permanente estão: Sorrindo pra Vida, Emprega Mulher, Escola de Capacitação para Mulheres (Scap Semu), Mulheres Inclusivas, Mulheres Conectadas, Empreenda Bem Mulher, Sala da Mulher Empreendedora (em parceria com o Sebrae), Dossiê Mulher e Ouvidoria da Mulher.

O Sorrindo pra Vida oferecerá tratamento odontológico gratuito para mulheres vítimas de violência que sofreram sequelas faciais.

O Emprega Mulher terá um polo na Fundação Social do Trabalho (Funsat) com um servidor treinado para verificação de vagas ofertadas de acordo com o perfil da mulher para possível encaminhamento para o mercado de trabalho e emissão da carteira de trabalho, principalmente para as mulheres vítimas de violência domésticas.

A Escola de Capacitação para Mulheres será um espaço espaço oferecerá 31 cursos presenciais e 40 na modalidade EAD, selecionados conforme a demanda do mercado de trabalho, especialmente com base nas oportunidades geradas pela Rota Bioceânica.

Já o Mulheres Inclusivas contará com o primeiro assistente social surdo formado no estado e o terceiro do Brasil, que ministrará palestras preventivas para a comunidade surda, garantindo acesso à informação por meio da Língua Brasileira de Sinais (Libras).

O projeto Mulheres Conectadas vai proporcionar às mulheres conexões com a tecnologia e inovação, possibilitando acesso ao Telecentro Mulheres Conectadas, podcasts e outros.

O projeto Empreenda Bem Mulher vai proporcionar orientação, capacitação e preparo para o sucesso nos negócios.

A Sala da Mulher Empreendedora tem como objetivo o atendimento qualificado às mulheres, em prol dos pequenos negócios, bem como potenciais Empresárias, Microempreendedoras Individuais e Microempresas de Pequeno Porte.

A Ouvidoria da Mulher é um canal de suporte, apoio, orientação e atendimento das demandas, gerando oportunidade de registrar reclamações, a sugestões, elogios, solicitações de providências e outros. 

O Dossiê Mulher é uma publicação da atualização dos dados pertinentes aos atendimentos oferecidos às mulheres vítimas de violência, pelos diversos serviços da Rede de Proteção, que está na terceira edição e disponível no site da Subsecretaria de Políticas para a Mulher (Semu).

Por fim, o Projeto Recomeçar Moradia será ampliado para dobrar o atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica com o valores para o pagamento do aluguel de até R$ 500. 

Dourados

Após 4 meses, poços de reserva indígena não estão funcionando

Enquanto a falta de água nas aldeias Jaguapiru e Bororó não é resolvida, caminhões-pipa continuam sendo a única solução para o abastecimento da região

14/03/2025 09h30

Poços nas aldeias de Dourados estão prontos, mas não funcionam

Poços nas aldeias de Dourados estão prontos, mas não funcionam Whatsapp

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Mesmo após um acordo firmado com o poder público há quatro meses, a construção de poços para resolver a falta de água nas aldeias de Dourados segue sem nenhuma conclusão.

Para o Correio do Estado, o vice-capitão da Aldeia Jaguapiru, Ivan Cleber de Souza, mais conhecido como Tainha, informou que foi iniciada a construção de dois poços, um para cada aldeia (Jaguapiru e Bororó), porém, os reservatórios de água ainda não estão prontos para serem utilizados pela comunidade indígena.

“Os dois poços de Jaguapiru e Borobó já estão perfurados com a base pronta, as caixas d’água estão erguidas e instaladas, mas falta a energia e a instalação da bomba d’água para funcionar”, declarou Tainha.

O vice-capitão também relatou à reportagem que o Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS) disse à comunidade que a Energisa deve comparecer nas aldeias para ligar a rede de energia dos poços no dia 28 – prazo esse que ultrapassa a previsão informada no acordo para a finalização dos dois poços para as aldeias de Dourados, que no caso termina amanhã.

Enquanto o problema com a falta de água não é resolvido, as aldeias seguem recebendo caminhões-pipa para abastecer a comunidade indígena com água potável.

Conforme detalhou Tainha, os caminhões são enviados em determinados dias da semana pela Defesa Civil e pelo Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul (Dsei-MS), via Secretaria de Saúde Indígena (Sesai).

Na segunda, na terça e na quinta-feira, os caminhões com água passam pela Aldeia Bororó, enquanto na quarta e na sexta-feira a solução emergencial para o abastecimento de água é envido para a Aldeia Jaguapiru.

Os caminhões enviados têm capacidade para carregar entre 8 mil e 25 mil litros, dependendo de qual órgão público envia no dia (Defesa Civil ou Dsei-MS/Sesai). A água potável é entregue pelas lideranças da Aldeia Jaguapiru com o auxílio de caminhonetes, as quais conseguem transportar até mil litros de água.

“Nós entregamos a água que vem do caminhão-pipa o dia inteiro, mas não dá conta, são muitas casas”, afirmou Tainha.

Segundo o governo do Estado, moram na reserva indígena de Dourados em torno de 25 mil pessoas. Desse quantitativo, 13 mil são moradores da Aldeia Jaguapiru.

É previsto também a construção de mais dois poços para cada aldeia, uma vez que as comunidades contam com instituições como escolas, o que também sobrecarrega o uso dos poços.

ACORDO

Segundo o projeto definido pelo governo do Estado e firmado no dia 28 de novembro de 2024 com a presença das lideranças das aldeias Jaguapiru e Bororó, foram disponibilizados R$ 490 mil para a perfuração dos dois poços em ambas as comunidades indígenas.

Mato Grosso do Sul, por meio da Secretaria de Estado da Cidadania (SEC), em apoio à Secretaria de Estado de Saúde (SES) e ao Dsei-MS, se comprometeu em até 90 dias, a partir do início das obras, a efetuar a conclusão dos poços nas duas aldeias. À época, o prazo de conclusão foi definido para o dia 15/3/2025.

Foi acordado também que o fornecimento de água por meio de caminhões-pipa seria feito de forma diária até o período de construção e pleno funcionamento dos poços.

Como contrapartida, as comunidades indígenas se comprometeram a liberar totalmente o acesso de veículos na MS-156, que estava bloqueada pelos indígenas em função de protestos que exigiam o acesso à água potável.

Porém, conforme noticiado em dezembro de 2024 pelo Correio do Estado, indígenas denunciaram a redução de caminhões-pipa no recesso do fim de ano: dos cinco caminhões que atendiam à comunidade, apenas dois continuaram operando, fazendo entregas duas vezes ao dia.

DSEI-MS

Em resposta à reportagem, o Dsei-MS informou que, até o momento, foram construídos dois poços tubulares: um na Aldeia Bororó e outro na Aldeia Jaguapiru.

“Além disso, foram instalados dois reservatórios metálicos, um em cada aldeia. Cada reservatório tem a capacidade [de armazenar] 30 mil litros de água, totalizando 60 mil litros”, disse a entidade, por meio de nota.

“Visando minimizar a falta de água nas aldeias Bororó e Jaguapiru, a Sesai, por meio do Dsei-MS, em parceria com o Ministério Público Federal [MPF], o governo do Estado – principalmente a Defesa Civil e a Secretaria de Estado de Cidadania –, a bancada federal, a Funai [Fundação Nacional dos Povos Indígenas] e com outros órgãos, vem trabalhando de forma estratégica. Com isso, foram elaborados planos de curto, médio e longo prazos”, complementa o Dsei-MS.

O plano de curto prazo consiste no atendimento à população por meio de carros-pipa e no transporte de água potável. Para isso, o Dsei-MS disponibilizou 400 caixas d’água às famílias que não tinham condições de receber nem armazenar água potável.

A médio prazo, há um projeto do governo federal, por meio do Ministério dos Povos Indígenas e do Ministério da Saúde/Sesai, de disponibilizar R$ 2 milhões para a construção de mais quatro poços tubulares de 50 mil litros cada (totalizando 200 mil litros), além da realização de melhorias na infraestrutura de seis reservatórios existentes, na ampliação de 13 km da rede de água e da criação de 75 novas ligações de água. Atualmente, esse processo está em fase de licitação.

Já a longo prazo existe um outro projeto da Sanesul que visa fornecer água por meio de uma estrutura mais robusta. Essa proposta deve ser financiada com recursos de emendas da bancada federal de MS.

Saiba

O sistema de abastecimento de água da Aldeia Bororó foi implantado pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) na década de 1990. Com o passar dos anos, ele sofreu com a baixa pressão e a insuficiência de água, em função do crescimento populacional acelerado da aldeia.

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Cidades

Estimativa aponta safra de 325,8 milhões de toneladas em 2025; MS é 5º maior produtor

Estimativa é 31,1 milhões maior que a da safra de 2024; algodão e soja terão produções recorde, conforme o IBGE

13/03/2025 18h30

Mato Grosso do Sul é o quinto maior produtor de grãos do Brasil com 7,9% de participação

Mato Grosso do Sul é o quinto maior produtor de grãos do Brasil com 7,9% de participação Gerson Oliveira/Correio do Estado

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A safra brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas promete bater o recorde de 323,8 milhões de toneladas em 2025.

O número foi divulgado nesta quinta-feira (13), em estimativa de fevereiro do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Conforme o instituto, o índice é 10,6%, ou 31,1 milhões de toneladas, maior do que a safra obtida em 2024 (292,7 milhões de toneladas). Contudo, o número apresentou uma baixa de 0,5% (1,6 milhão de toneladas), se comparado com a estimativa de janeiro de 2025.

Mato Grosso do Sul

Na categoria produção de grãos, Mato Grosso do Sul se destaca com a quinta maior colocação nacional, com 7,9% de participação.

O estado sul-mato-grossense só fica atrás de Mato Grosso, com 29,8%; Paraná, com 13,6%; Goiás, com 11,5%; e Rio Grande do Sul, com 11,4%.

No cenário regional, o Centro-Oeste brasileiro está na liderança de produção com 49,4% de participação. Na sequência, aparecem o Sul, com 27%; Sudeste, com 9%; Nordeste, com 8,8%; e a região Norte, com 5,8%.

A área total a ser colhida no país deve ser de 81 milhões de hectares, número que representa um aumento de 2,4% frente à área colhida em 2024 — 1,9 milhão de hectares a mais. Em relação ao mês anterior, a área a ser colhida aumentou em 28.921 hectares.

Produção recorde

As produções de algodão e soja foram destaque e devem bater recordes em 2025. A estimativa para a produção de algodão é de 9,0 milhões de toneladas, um acréscimo de 1,8% em relação à safra de 2024 e um acréscimo de 0,2% (19.979 toneladas) com relação ao mês de janeiro.

A soja registrou aumento de 13,4% em comparação à safra do ano passado, chegando a 164,4 milhões de toneladas. Em relação a janeiro, houve um declínio de 1,3% ou 2,2 milhões de toneladas.

O milho também apresentou crescimento. Conforme o levantamento, a produção deve ser de 124,8 milhões de toneladas, um crescimento de 0,5% em relação à estimativa do mês anterior (janeiro) e de 8,8% em relação ao volume produzido em 2024.

Em relação a janeiro, houve aumentos nas estimativas da produção do café canephora (1,5% ou 15.482 t), da aveia (1,2% ou 12.300 t), do arroz (0,7% ou 81.765 t), do milho 2ª safra (0,6% ou 579.011 t), da batata 2ª safra (0,3% ou 4.069 t) e do milho 1ª safra (0,2% ou 60.279 t).

Contudo, houve quedas nas estimativas da produção da batata 1ª safra (-4,8% ou -100.154 t), do feijão 1ª safra (-1,9% ou -23.577 t), da uva (-1,7% ou -34.385 t), do sorgo (-1,6% ou -67.695 t), da soja (-1,3% ou -2.174.276 t), do feijão 2ª safra (-1,1% ou -15.292 t), do trigo (-0,6% ou -40.255 t), do feijão 3ª safra (-0,3% ou -2.090 t), da batata 3ª safra (-0,1% ou -735 t), do café arábica (-0,1% ou -1.426 t) e da cevada (-0,0% ou -100 t).

O gerente da pesquisa, Carlos Barradas, explicou a queda da estimativa da soja de janeiro para fevereiro.

“Houve perdas registradas no estado do Rio Grande do Sul, por conta da falta de chuvas neste início de ano”, explicou Barradas.

Vale destacar que as cinco regiões apresentaram alta nas estimativas de produção: Centro-Oeste (10,7%), Sul (11,7%), Sudeste (12,1%), Nordeste (10,2%) e Norte (3,5%).

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