Cidades

Mato Grosso do Sul

Projeto para conter caos na segurança do RJ pode passar pelas fronteiras de MS

Ministro Flávio Dino afirmou que a medida para conter as organizações cariocas deve englobar limites com outros países

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Após episódios caóticos na segurança pública do Rio de Janeiro (RJ) ocorridos nesta semana, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que deve encaminhar um pacote de medidas para reforçar a segurança no estado, porém, além disso, o governo federal também prepara outro projeto, que compreende as fronteiras do Brasil com outros países. 

No caso de Mato Grosso do Sul, o Estado faz fronteira seca com o Paraguai e a Bolívia, por onde entra parte das drogas e armas ilegais que circulam no País.

De acordo com o ministro, a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai na direção do reforço da presença federal no Rio de Janeiro, mantendo o trabalho de cooperação entre forças federais e estaduais de acordo com as competências de cada uma. 

Dino afirmou que há um estudo em fase conclusiva que será apresentado ao presidente na próxima semana visando ao fortalecimento de três áreas de competência federal: os portos, os aeroportos e as fronteiras terrestres brasileiras.  

“Isso não envolve a divisa do Rio de Janeiro com outros estados, que já estão exatamente sendo objeto de atuação da Força Nacional com a Polícia Rodoviária Federal. Refiro-me às fronteiras brasileiras, porque isso é relevante para o tráfico de drogas e armas que atinge fortemente o Sudeste”, explicou o ministro.

Com a possibilidade de Mato Grosso do Sul entrar na lista desse novo projeto para fortalecimento da segurança público no País, o titular da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Antônio Carlos Videira, afirmou que o Estado está pronto para receber toda e qualquer ajuda do governo federal para conter os ilícitos que entram em Mato Grosso do Sul por meio das fronteiras.

“Assim que o governo federal abrir credenciamento para esse projeto, nós estamos prontos para aderir. Mato Grosso do Sul está em uma posição estratégica para essas quadrilhas que atuam tanto em São Paulo como no Rio de Janeiro. Por aqui entram grandes volumes de cocaína, que é o que financia esses grupos criminosos, e isso precisa ser combatido”, declarou Videira ao Correio do Estado.

Para o secretário, as fronteiras de Mato Grosso do Sul são porta de entrada principalmente para a droga e, em alguns casos, para as armas.

“Há levantamentos que mostram que as quadrilhas da Região Sudeste preferem usar os portos para trazer as armas, por ser mais fácil e mais próximo, do que correr o risco de essas armas passarem por mais de mil quilômetros e vários pontos de fiscalização para chegar até eles”, avaliou. 

Mesmo assim, ainda há entrada desses armamentos ilegais em Mato Grosso do Sul, muitas vezes para atender grupos daqui do próprio estado.

Sobre as drogas, matéria publicada no dia 21 deste mês no Correio do Estado mostrou que apenas nos últimos dois anos as forças policiais de Mato Grosso do Sul apreenderam em Campo Grande uma quantidade maior de cocaína do que a soma das apreensões dos 9 anos anteriores.

Enquanto entre 2022 e o dia 20 de outubro deste ano foram apreendidas 8,7 toneladas de cocaína na Capital, de 2013 a 2021 o volume não chega a 7 toneladas.

Essa diferença mostra que as quadrilhas de tráfico de drogas têm usado Campo Grande como uma central de distribuição para o restante do Estado e para outras unidades da Federação.

Além da cocaína, produto que visa principalmente mercados internacionais, a apreensão de maconha também é recorrente na Capital.

Exemplo disso foi a descoberta de 16 toneladas de maconha em um caminhão que saiu de Campo Grande escoltado e foi negociado por policiais civis do Rio de Janeiro. A carga estava disfarçada de 16 mil quilos de frango congelado e foi interceptada pela Polícia Federal na capital fluminense.

O motorista saiu de Campo Grande no dia 6 de agosto rumo ao destino na região metropolitana do Rio. 

RIO DE JANEIRO

Depois de uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro que terminou com um líder miliciano morto na segunda-feira, comparsas promoveram um dia de caos em pelo menos sete bairros da zona oeste da capital carioca. Foram queimados 35 ônibus e até mesmo a cabine de um trem foi incendiada. 

O governador do estado, Cláudio Castro, pediu ao ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, reforço para a segurança na Baía de Guanabara, em portos, aeroportos e em estradas federais para combater a entrada de armas e drogas no estado.

Além disso, o presidente Lula deve anunciar na próxima semana um pacote de medidas para reforçar a segurança no estado do Rio de Janeiro. Segundo o ministro Flávio Dino, além do aumento da presença policial e das forças armadas, as medidas devem envolver estratégias para o incremento da tecnologia. 

“A questão central para vencer as milícias e organizações criminosas de modo geral envolve inteligência, tecnologia e descapitalização. Esses são os eixos que o mundo inteiro reconhece como virtuosos no rompimento desse domínio territorial de organizações criminosas”, disse Dino nesta quarta-feira, após reunião no Palácio do Planalto.

PARALISAÇÃO

Prefeitura e Governo Estadual afirmam que repasses à Santa Casa estão em dia

Além da verba repassada pelo convênio entre Município, Estado e Governo Federal, o Executivo alega que aporta R$ 1 milhão extra, por mês, pagos desde o início do ano

22/12/2025 17h30

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário

Os profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa reivindicam pelo pagamento do 13º salário Marcelo Victor / Correio do Estado

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A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota, durante a tarde desta segunda-feira (22), para afirmar que os repasses financeiros estão em dia com o Hospital Santa Casa. Além disso, também relata que aporta, mensalmente, R$ 1 milhão extra à instituição.

Atualmente, a Santa Casa recebe R$ 392,4 milhões por ano (R$ 32,7 milhões por mês) do convênio entre Governo Federal, Prefeitura de Campo Grande e Governo do Estado para atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS).

Confira a nota do Município:

"A Prefeitura de Campo Grande está rigorosamente em dia com todos os repasses financeiros de sua responsabilidade destinados à Santa Casa. Desde o início deste ano vem, inclusive, realizando aportes extras de R$ 1 milhão mensais.

Diante do cenário de greve, o Executivo tem adotado todas as medidas possíveis para colaborar com a instituição neste momento, mantendo diálogo permanente, buscando alternativas que contribuam para a regularidade dos atendimentos e a mitigação de impactos à população".

Além da Prefeitura, o Governo do Estado também se manisfestou sobre os recursos repassados ao hospital. Através da Secretaria Estadual de Saúde (SES) negou estar em débito com a Santa Casa e, por isso, não pode ser responsabilizado pelo pagamento do 13º salário aos servidores. 

Em nota, a Secretaria também afirmou que vem realizando um pagamento extra aos hospitais filantrópicos do Estado nos últimos anos, a fim de auxiliá-los nos custos e no cumprimento de suas obrigações. 

Além disso, a pasta afirmou que todos os pagamentos destinados à Santa Casa são feitos ao Município de Campo Grande, sempre no quinto dia útil. 

O balanço divulgado pela SES mostrou que, de janeiro a outubro de 2025, foram repassados R$ 90,7 milhões, distribuídos em R$ 9,07 milhões mensais. Na parcela referente aos mês de novembro, houve um acréscimo de R$ 516.515, o que elevou o repasse mensal ao hospital para R$ 9,59 milhões. 

“O Estado está integralmente em dia com suas obrigações. Cabe destacar que, além dos repasses obrigatórios, em 2025 o governo estadual já destinou mais R$ 25 milhões em recursos oriundos da bancada federal para atender a Santa Casa de Campo Grande”, ressaltou a nota da SES.

Greve

A paralisação das atividades dos profissionais de enfermagem, limpeza e copa da Santa Casa nesta segunda-feira (22) foi motivada pela falta de pagamento do 13º salário. 

O movimento afeta, até o momento, 30% dos serviços oferecidos no hospital, resultando em 1.200 funcionários “de braços cruzados”, entre profissionais do atendimento (consultas eletivas, cirurgias eletivas, enfermaria, pronto socorro, UTI, etc), limpeza (higienização de centros cirúrgicos, consultórios, banheiros, corredores, etc), lavanderia (acúmulo de roupas utilizadas em cirurgias ou exames) e cozinha (copa).

Na última sexta-feira (20), a Santa Casa alegou que não tinha dinheiro para o pagamento do benefício aos servidores, e propôs o parcelamento do 13º salário em três vezes, em janeiro, fevereiro e março. 

No entanto, a proposta não foi aceita pelos profissionais, que foram às ruas pedindo pelo pagamento integral do salário, em parcela única. 

De acordo com a Lei nº 4.090/1962, o 13º pode ser pago em duas parcelas: uma até o dia 30 de novembro e outra até o dia 20 de dezembro, sem atrasos.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Enfermagem, Lázaro Santana, explicou que a movimentação não se trata de uma greve, mas sim, de uma paralisação, e que os serviços estarão funcionando em períodos. 

“Nós não estamos de greve, estamos fazendo paralisações por período. A gente só vai voltar a hora que o dinheiro estiver na conta. Qualquer 30% que você tira da assistência, isso pode gerar uma morosidade, não uma desassistência, mas uma morosidade no atendimento”, explicou ao Correio do Estado. 

Segundo Santana, Estado e Município dizem que os pagamentos estão em dia.

“Ninguém sabe quem está certo, porque o governo fala que está fazendo tudo em dia, o município também, e a Santa Casa fala que não. Só que toda essa falta de comunicação, esse consenso que eles não chegam nunca gera esse tipo de problema, porque hoje nós estamos reivindicando ao pagamento do décimo, mas durante todo o ano paralisamos também cobrando o pagamento do salário do mês. Isso gera um transtorno muito grande. O que a Santa Casa alega é que ela depende de reajuste de melhorias no contrato para poder honrar o compromisso”.

 

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Cidades

Homicida se entrega à Polícia 8 meses após o crime

Homem estava foragido deste a data do crime, em abril

22/12/2025 17h00

Divulgação/PCMS

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Um homem foi preso ontem (21) ao se entregar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL) após ter estado foragido por 8 meses por ter participado de um homicídio registrado na zona rural do distrito de Anhanduí.

O Crime

De acordo com as informações levantadas, o corpo de um homem foi localizado na manhã do dia 12 de abril de 2025, às margens de um córrego próximo à BR-163. 

As investigações iniciais indicaram que, no dia anterior ao desaparecimento, a vítima esteve no local na companhia de dois conhecidos, após consumo de bebida alcoólica. Apenas um deles retornou para casa. O outro passou a apresentar comportamento considerado suspeito e não foi mais localizado.

Após dois dias de buscas realizadas por familiares, Guarda Municipal e Polícia Militar, o corpo foi encontrado no mesmo ponto onde o grupo havia se reunido. Durante os trabalhos periciais, foram recolhidos objetos que podem ter relação com o crime.

Rendição

No dia 21 de dezembro de 2025, cerca de oito meses após o homicídio, o homem foragido compareceu espontaneamente à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário do Centro Especializado de Polícia Integrada (DEPAC/CEPOL), onde confessou a autoria do crime.

Diante dos elementos colhidos, a Polícia Civil de Mato Grosso do Sul representou pela prisão preventiva do autor. O pedido foi analisado pelo Poder Judiciário, que decretou a prisão preventiva no mesmo dia, resultando no imediato recolhimento do autor ao sistema prisional.

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