Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

"Além de não receber [emendas] ainda vão ser investigados pela PF"

Deputado Mauricio Marcon (Pode-RS) ironiza deputados que votaram pelo 'ajuste' de Lula

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Focus de janeiro/24 chutou dólar a R$5 em 2025

Às vezes um chute é apenas um chute, como revelou o primeiro Boletim Focus deste ano de 2024: previa o dólar cotado a R$5 durante todo o ano de 2025, atingindo o patamar de R$5,10 somente em 2026. Onze meses depois, o dólar está R$6,20 e, no último boletim do ano produzido pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central, nesta segunda (23), o novo chute prevê queda do dólar, mas ao menos admite que fechará o ano a R$6. Menos de uma semana atrás, o dólar bateu recorde: R$6,31.

Futuro incerto

Desde o início do ano, o Boletim Focus apostava que o dólar valeria R$5,70 em 2027. Mas agora o chute já mudou para R$5,80.

Sabe de nada

Principal ferramenta de monitoramento da economia, o Focus previa, em janeiro, uma taxa Selic de 8,5% em 2025. Pode até passar dos 15%.

Alguém explica?

Após 50 boletins Focus publicados em 2024, o Copom chutou, no último do ano, que a taxa Selic em 2025 deve ser de 14,75%. Humm...

Longe do alvo

Em janeiro passado, o Boletim Focus cravou o IPCA (inflação) crescendo 3,9% em 2024. Mudou para 4,84% no último boletim do ano.

Pesquisa ruim para Janja faz o PT lembrar Marisa

A pesquisa Quaest apontando o derretimento da reputação da primeira-dama Janja, tem levado os petistas a comparações com a falecida Marisa Letícia, dona do posto nos primeiros dois governos Lula (PT). Até no Nordeste, sempre condescendente com petista, a avaliação positiva de Janja despencou de 56% para 29% Na oposição, a comparação é com Michelle Bolsonaro, elogiada pela discrição e elegância, que jamais faria o gesto “espalhafatoso” de ofender um futuro integrante do governo de outro pais, como Janja o fez em relação ao bilionário Elon Musk.

Avaliação piorou muito

De acordo com o Quaest, em dois anos, a avaliação negativa de Janja dobrou de 19% para 38%, e a positiva derreteu de 41% para 22%.

Números conferidos

O Quaest entrevistou presencialmente 8.598 pessoas em todo o Pais, como que para ter certeza: a margem de erro é de apenas 1 ponto.

Pessoal e intransferível

Desta vez, Lula não pode culpar outros pelos problemas gerados por Janja, nem resolvê-los por decreto, MP ou ajudinha de ministro do STF.

Sem credibilidade

Após dois anos atacando o Banco Central, Lula tenta fazer o mercado acreditar que não irá interferir. Mas sem apresentar ações concretas. Não colou. E o dólar ontem chegou a R$6,19; o dólar turismo, R$6,38.

Acabou a brincadeira

Lula parecia se divertir agredindo o mercado, que o financia, até cair a ficha e bater o desespero. Isso lembra a genial sentença de Margaret Thatcher: “o socialismo dura até acabar o dinheiro dos outros”.

Cara de tacho

“Fico imaginando a cara dos que votaram a favor do ‘ajuste fiscal’ em troca de emenda”, ironizou Carlos Jordy (PL-RJ), após Flávio Dino (STF) auxiliar de Lula até dia desses, bloquear R$4,2 bilhões numa canetada.

Sem votos, com poder

Foi obra do Psol o pretexto que fez o ministro Flávio Dino suspender R$4,2 bilhões em emendas parlamentares, negociadas pelo governo para viabilizar a aprovação de projetos de interesse do governo.

Sociopatia

Guilherme Kilter (PL-PR), vereador mais jovem eleito em Curitiba, reagiu às juras de Lula de “não interferir” no futuro Banco Central de Gabriel Galípolo: “A naturalidade com que Lula mente beira a sociopatia”.

Nosso Natal

Nosso Natal, evento de festas na Esplanada dos Ministérios promovido pelo governo do Distrito Federal, em Brasília, deve superar as 500 mil pessoas estimadas até o fim do ano. É a atração da capital.

Assim é que se faz

Chamou a atenção em Brasília a ligação de mulher mantida em cárcere privado. Ela ligou no 190, número da PM, pedindo pizza. O policial, bem treinado, percebeu a situação, acalmou a vítima e orientou seu resgate.

Assim é que se faz 2

Alvo de críticas quando se excede, a Polícia Militar de São Paulo demonstrou sua competência na solução do assalto de banco com dez reféns, ontem, com a prisão dos bandidos.

Boas Festas

A equipe da coluna agradece retribui os inúmeros votos de Feliz Natal e um Ano Novo próspero, em paz e com saúde.

PODER SEM PUDOR

Roubo ‘quotidiário’

O vereador João Pretinho (MDB) batia firme no prefeito de Itaipoca, que era do seu partido e se bandeou para a Arena: “A administração de Geraldo Azevedo vem roubando quotidiariamente!...” Sua colega Teresa Romero, arenista, reagiu: “Vossa Excelência é um analfabeto. A palavra certa não é “quotidiariamente”, é quotidianamente!” João Pretinho tornou o insulto ainda mais contundente: “Nobre vereadora, isso é se ele roubasse por ano, mas ele rouba todo santo dia!”

ARTIGOS

Donald Trump, o tarifaço e o momento de olhar para Dubai

10/04/2025 07h30

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Com a volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos em janeiro de 2025, o mundo empresarial enfrenta um velho conhecido: o protecionismo tarifário. As novas medidas anunciadas neste mês, com tarifas variando entre 10% e 25%, conforme a reciprocidade comercial percebida por Washington, reacendem incertezas em cadeias de suprimentos globais e pressionam custos de produção em diversos setores. Para países exportadores como o Brasil, o impacto vai muito além da relação bilateral com os EUA: ele força uma urgente diversificação de mercados e estratégias.

Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), cerca de 20% das exportações brasileiras de manufaturados têm como destino os Estados Unidos. Com os novos entraves tarifários, o setor industrial brasileiro já projeta uma retração de até 2,3% no volume exportado ao país em 2025, especialmente em segmentos como autopeças, máquinas e equipamentos. O agronegócio, embora menos afetado diretamente, também deve sofrer com o encarecimento do transporte e a volatilidade cambial.

É nesse contexto que a busca por novos mercados se torna mais do que uma estratégia – torna-se uma necessidade. E é aí que Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, surge como uma alternativa robusta, ainda subexplorada por brasileiros.

Dubai não é apenas um destino turístico ou um ícone de arquitetura futurista. É, hoje, um dos hubs logísticos e financeiros mais dinâmicos do mundo. Em 2024, o emirado atraiu 6,7 mil milionários, superando os 3,8 mil dos Estados Unidos, segundo o Henley & Partners Wealth Report. São pessoas e empresas em busca de um ambiente seguro, estável e economicamente inteligente. Com zero imposto de renda, isenção sobre ganhos de capital e uma política ativa de atração de investimentos – incluindo o golden visa –, Dubai tem pavimentado o caminho para se consolidar como um polo de negócios global.

Não à toa, Dubai abriga mais de 72 mil milionários em uma população de apenas 3,6 milhões de habitantes. E esse poderio não se resume ao capital financeiro. O emirado é um ponto de conexão estratégica entre Ásia, Europa e África, com mais de 2,5 bilhões de consumidores ao alcance de um voo de quatro horas. Sua infraestrutura portuária e aeroportuária de classe mundial facilita o escoamento de produtos brasileiros e globais para mercados antes logisticamente inacessíveis ou economicamente menos vantajosos.

Apesar desse potencial, o empresariado brasileiro ainda conhece pouco sobre as oportunidades que Dubai e todo os Emirados Árabes Unidos oferecem. Segundo levantamento da GCS Capital – gestora de investimentos com presença física no emirado –, nos últimos 12 meses, mais de 50 pessoas físicas e jurídicas procuraram a empresa para entender melhor como acessar esse mercado. O interesse crescente reflete não apenas o cenário geopolítico atual, mas também uma maior consciência sobre a necessidade de internacionalização patrimonial e diversificação geográfica dos investimentos.

Setores como tecnologia, energia limpa, agronegócio, logística e real estate têm se consolidado entre os mais promissores para investidores brasileiros em Dubai. Além da reconhecida vantagem fiscal, o ambiente local oferece segurança jurídica robusta e processos governamentais ágeis e desburocratizados, além de incentivos estruturais que facilitam a abertura e a expansão de empresas internacionais. Tudo isso dentro de uma política econômica focada na inovação, na sustentabilidade e no crescimento de longo prazo – fatores que tornam Dubai um verdadeiro hub global de oportunidades.

Nesse novo xadrez econômico mundial, esperar que o protecionismo americano recue pode ser ilusório no curto prazo. Em vez disso, o momento exige ação e visão de futuro. A conexão está feita – agora, é hora de usá-la.

EDITORIAL

Um avanço sobre trilhos em MS

A importância de uma boa infraestrutura logística é inegável, pois torna uma região produtora mais competitiva seja ela uma cidade, um estado ou um país

10/04/2025 07h15

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O anúncio do investimento da Arauco na construção de uma nova ferrovia em Mato Grosso do Sul é, sem dúvida, um marco histórico para a infraestrutura do Estado. Trata-se de um projeto 100% privado, algo raro em se tratando de ferrovias, cujo alto custo costuma depender de grandes aportes públicos. O novo ramal representa um alento para a logística estadual, especialmente ao se considerar que a última inauguração ferroviária em Mato Grosso do Sul ocorreu há exatos 27 anos, quando o então presidente Fernando Henrique Cardoso entregou o trecho da Ferronorte (hoje Malha Norte) em cidades como Aparecida do Taboado, Chapadão do Sul e Costa Rica.

Não é exagero afirmar que a construção de uma ferrovia é, ao mesmo tempo, um desafio técnico e financeiro. Os custos são altos, a execução demanda tempo e as exigências regulatórias são rigorosas. Ainda assim, o retorno do investimento é inquestionável. Um único comboio ferroviário pode substituir dezenas de caminhões nas rodovias, o que reduz custos logísticos, melhora a segurança viária e, não menos importante, diminui a pegada de carbono no transporte de cargas.

A importância de uma boa infraestrutura logística é inegável. É ela quem torna uma região produtora mais competitiva – seja ela uma cidade, um estado ou um país. Mato Grosso do Sul, por sua vocação agroindustrial, depende diretamente de boas rotas de escoamento para competir com outras regiões produtoras do Brasil e do mundo. Ter uma malha ferroviária moderna e funcional é essencial para garantir essa vantagem.

Além do impacto direto no escoamento de mercadorias, o transporte ferroviário tem um apelo ambiental crescente. Em tempos de cobrança global por práticas mais sustentáveis, optar por modais com menor emissão de poluentes é mais do que uma tendência, é uma necessidade. E as ferrovias oferecem uma alternativa eficiente e limpa, o que contribui para os compromissos de descarbonização da economia.
Infelizmente, outros projetos ferroviários permanecem parados em Mato Grosso do Sul, a maioria sob responsabilidade da Rumo Logística. Entre eles, destaca-se a Malha Oeste, cujo potencial é imenso, mas que carece de ações concretas para sair do papel. É preciso que o setor privado, assim como fez a Arauco, tome a frente e encontre caminhos para viabilizar essas obras, com apoio institucional e ambiente regulatório favorável.

O investimento da Arauco deve ser visto como um exemplo inspirador. Mostra que é possível somar interesses empresariais e desenvolvimento regional por meio da iniciativa privada. A ferrovia representa mais que um modal de transporte, é uma alavanca de crescimento econômico, geração de empregos e sustentabilidade.

Que essa conquista se torne uma referência e um ponto de partida para novos trilhos no Estado. Quanto mais ferrovias tivermos, maiores serão as vantagens competitivas de Mato Grosso do Sul. O caminho do futuro está pavimentado... Neste caso, está nos trilhos.

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