“Censura não se debate”
Ministra Cármen Lúcia (STF) lembrando a oportunistas que a censura é proibida por lei
Pesquisa: 43,4% querem Bolsonaro filiado ao PSL
Levantamento nacional exclusivo do Paraná Pesquisas para esta coluna e o site Diário do Poder mostra que, para 43,4% dos brasileiros, o presidente Jair Bolsonaro deveria permanecer filiado ao PSL, mas outros 37,5% opinam por sua saída. Não opinaram 19%. A pesquisa indicou também que 63% dos entrevistados têm acompanhado as brigas entre integrantes do PSL e o presidente. Neste domingo (3), ele disse que há 80% de chances de sair e 90% de criar um novo partido.
Disputas estaduais
As brigas começaram com as disputas dos filhos Eduardo e Flávio Bolsonaro pelo controle do PSL em São Paulo e Rio, respectivamente.
Briga pelo dinheiro
Há uma nítida disputa pelos recursos do fundos partidário e eleitoral, que em 2020 devem garantir ao PSL mais de R$359 milhões.
Controle inegociável
O PSL foi o único que garantiu candidatura a Bolsonaro, mas Luciano Bivar não aceitou a exigência de entregar a sigla que fundou e preside.
Em todos os estados
A pesquisa foi realizada em 168 municípios de todos os Estados, com 2.240 eleitores entrevistados entre 31 de outubro e 4 de novembro.
Desastre no Nordeste entra para rol dos grandes
Com as 4 mil toneladas de óleo em 314 praias do Nordeste, a tragédia entra para o rol de desastres ambientais considerados “relativamente grandes” em todo mundo, segundo padrões da NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional). São mais de um milhão de galões, volume comparável ao derramado pelo terminal Empire, da Chevron, em Louisiana (EUA), após o furacão Katrina, dos maiores da História.
Tragédia avassaladora
No total, o Katrina provocou derramamentos de 8 milhões de galões de óleo. Além da tragédia ambiental, mais de 10 mil casas foram atingidas.
Quatro vezes maior
A tragédia no litoral brasileiro é 4 vezes maior que o despejo do navio Selendang Ayu, no Alaska em 2007, que contaminou 140km de litoral.
Limpeza cara
No Alaska, os donos e operadores do navio pagaram R$500 milhões entre limpeza e multas. Aqui, até se punir o culpado, a conta é nossa.
Chinfrim Produções
É desonestidade chamar de “luta contra censura” o clamor por dinheiro público para financiar filmes, em geral, de má qualidade. Só em 2018 foram R$680 milhões bancando 171 filmes assistidos pelos amigos dos seus diretores; mil pessoas em média. Até picaretagem tem limite.
Santos Cruz 2022
O general Santos Cruz, que perdeu o cargo de ministro de Governo após trombar com um dos filhotes do presidente, tem sido assediado para concorrer nas eleições de 2022. Terá espaço no PSL, se quiser.
RJ não tem jeito
O orçamento do governo do Rio de Janeiro para 2020 mostra o Estado quebrado: receita de R$70,1 bilhões, despesa 15,2% maior e rombo R$10,7 bilhões. E o governador ainda briga com o presidente.
Zorba, o grego
Bouboulina, navio grego responsável pelo criminoso vazamento de óleo, trouxe à memória dos cinéfilos veteranos uma lembrança alegre, mas uma infeliz coincidência. “Boubouline” era o nome da namorada do personagem do ator Anthony Quinn no célebre filme “Zorba, o grego”.
Assim não dá
Após o governador goiano Ronaldo Caiado emplacar um afilhado como superintendente da Sudeco (Desenvolvimento do Centro-Oeste), o desarranjo nas contas fez o orçamento do órgão perder R$39 milhões.
Pá de cal no papel
Deve ser votada nesta terça (5) a MP que libera sociedades anônimas de publicarem seus balanços em jornais de grande circulação, podendo fazê-lo – e de graça – na edição do Diário oficial na internet.
Debate contamina
A política nos EUA, às vésperas de eleição presidencial, contaminou o combate ao incêndio que destrói casas na Califórnia, como no Brasil as queimadas na Amazônia. A diferença é que, aqui, a eleição já passou.
Snowden em Lisboa
Edward Snowden, que denunciou a espionagem em massa da Agência de Segurança Nacional dos EUA, abriu o Web Summit, em Lisboa. Mas participou por videoconferência, já que está asilado na Rússia.
Pensando bem...
...à procura de nova sigla, Bolsonaro poderia se habilitar à liderança de um certo partido acéfalo desde que o líder foi preso em abril de 2018.
PODER SEM PUDOR
Rigor conventual
Era um almoço oferecido a empresários de outros Estados, no Palácio das Princesas, no Recife, pelo então governador Roberto Magalhães. Durante a sobremesa, um dos convidados elogiou a fruta servida. “É um fruto divino!” – brincou Sileno Ribeiro, poderoso secretário do Gabinete Civil de Magalhães. Brincou com fogo. D. Jane, a influente primeira-dama, católica fervorosa, achou que o secretário cometera uma blasfêmia. E defendeu sua demissão imediata.
___
Com André Brito e Tiago Vasconcelos
www.diariodopoder.com.br