Colunistas

Cláudio Humberto

"Nós não somos juízes eleitos pelo povo"

Ministro Luiz Fux na mais importante declaração de ministro do STF dos últimos tempos

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‘Rachadones’ desgasta Boulos, e deve ser retomado

O desarticulado governo Lula (PT) não percebeu a jogada da oposição alongando o escândalo do “rachadones”, a rachadinha de André Janones (Avante-MG). A oposição percebeu que, designado relator do caso no Conselho de Ética, Guilherme Boulos (Psol-SP) se desgastaria livrando a cara de “rachadones”. As pesquisas mostram a candidatura extremista à prefeitura de São Paulo estagnou, enquanto Ricardo Nunes (MDB) se consolida na liderança e Pablo Marçal (PRTB) morde seus calcanhares.

Tudo outra vez

O desgaste continua: já são 62 (de 51 necessárias) as assinaturas para rever a “passação de pano” de Boulos e cassar o “Rachadones”.

15,1 pontos à frente

O Paraná Pesquisas aponta a eleição em São Paulo definida no 2º turno, mas, se fosse hoje, o atual prefeito teria 49% e Boulos apenas 33,9%.

Extremista imprensado

A estagnação de Boulos coincide com a ascensão meteórica de Pablo Marçal, que já soma 10%, deixando para trás todos os demais nomes.

Eleitor mais influente

Paraná Pesquisas registrado sob nº SP-06695/2024 no TSE mostrou que Tarcísio Gomes de Freitas é mais bem avaliado que Lula em São Paulo.

Gilmar acha injustas críticas a seu Fórum de Lisboa

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, considera “injustas” as críticas ao 12º Fórum de Lisboa, levando dezenas de autoridades a se deslocarem àquele País para discutir problemas... do Brasil. Muitos se fazem acompanhar de comitivas de assessores e seguranças, todos bancados com dinheiro público. O ministro prefere destacar a qualidade dos temas e participantes do evento, cuja 12ª edição será realizada entre esta quarta-feira (26) e a próxima sexta (28).

Material para estudo

Gilmar mostra as impactantes 1.200 páginas contendo a transcrição de todas as intervenções dos debatedores no 11º Fórum, de 2013.

Mais fácil em Lisboa

Em defesa do Fórum na Europa, Gilmar argumenta que “há muitos convidados estrangeiros”, o que facilita a organização do evento.

Gasto com proveito

Sobre as despesas com a participação de autoridades brasileiras, ele é enfático: “a questão não é saber se houve gasto e sim se há proveito.”

Efeito inverso

O governo Lula pressionou deputados da Comissão de Segurança, até seu presidente, Alberto Fraga (PL-DF), para barrar projeto que aumenta pena de crimes contra segurança privada. A comissão ignorou e aprovou.

Pede pra sair, mané

Secretário-Geral da Presidência, Márcio Macedo não é recebido por Lula desde antes da bronca pública que tomou no ato de 1º de Maio, em São Paulo. Lula tentou responsabilizá-lo por fiasco que era todo dele. Apesar das humilhações, Macedo não tem a dignidade de pedir demissão.

Lacron terceirô

O 1º turno da eleição na França será no domingo (7). A coalização de direita continua a liderar as pesquisas e o partido do atual presidente Emmanuel Macron, que convocou a eleição antecipada, é o 3º colocado.

Apoio rápido

Acumulou mais de 113 mil libras em apenas duas horas a “vaquinha” virtual lançada pelo Wikileaks para pagar a multa imposta a Julian Assange pelos EUA de 520 mil libras (US$550 mil). 

Fumaça no Alvorada

A senadora Damares Alves (Rep-DF) não se surpreendeu com o silêncio de Lula sobre o Pantanal e o Cerrado em chamas, logo ele, que sempre tinha uma lacração loroteira para os incêndios da Amazônia.

Autofagia sinistra

Enquanto o fogo devasta o Pantanal e o Cerrado, servidores federais ambientais fazem greve, em demonstração comovente de “patriotismo” e “compromisso” coma causa. Eles fazem greve em 21 estados.

Sem cabimento

Descriminalização da posse de drogas repercutiu na oposição, que protestou contra a decisão do STF. O deputado Zé Trovão (PL-SC), considera esta a decisão “mais descabida” da Suprema Corte.

DF ajuda

Militares do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal embarcaram na madrugada desta quarta-feira (26) para ajudarem no combate ao incêndio que destrói o Pantanal. O efetivo contará com 30 militares. 

Pensando bem...

...nem beatas da fita larga são tão comprometidas com São João quanto políticos em busca de folga.

PODER SEM PUDOR

Militar bate continência

Na campanha presidencial de 1950, o ex-ditador Getúlio Vargas acabaria eleito. O País estava intranquilo e prosperavam os boatos sobre a insatisfação dos militares com o seu retorno ao poder. Filha de assessora de Getúlio, Alzirinha Vargas estava preocupada e quis saber sobre o futuro de tudo aquilo: “Papai, o que farão as Forças Armadas?” Ele respondeu, seguro e tranquilo: “Farão continência, minha filha, farão continência...”. Não deu outra.

CLÁUDIO HUMBERTO

"Comprovação definitiva de que o governo está sem rumo e sem chão"

Senador Ciro Nogueira (PP-PI) sobre Guilherme Boulos, de extrema-esquerda, virar ministro

06/03/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Especialistas: liberar FGTS faz disparar inflação

A decisão de Lula (PT) de injetar R$12 bilhões na economia liberando o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), objetiva estimular o consumo, que o Banco Central luta exatamente para desestimular, e por isso deve fazer disparar a inflação, segundo os especialistas. Werton Oliveira, da Ekonomy Consultoria Econômica, confirma o risco na alta da inflação e prevê que isso pode fazer o BC alongar o ciclo de alta da taxa de juros, passando os 15%, algo que não acontece desde 2006”. 

Oferta e demanda simples

Oliveira explica que mais dinheiro circulando pode aumentar a demanda por bens e serviços, pressionando preços, caso a oferta não cresça.

Qualidade do gasto

Segundo João Fossaluzza, da EXP Empresarial, o efeito inflacionário dependerá da velocidade e destino do gasto pelos beneficiados.

Inflação de alimentos

Há risco elevado de que a liberação desses recursos pressione ainda mais a inflação, especialmente nos itens alimentícios, diz Fossaluzza.

Salários corroídos

Os especialistas concordam que o FGTS liberado pode aliviar famílias endividadas, mas a inflação corrói o poder de compra dos salários.

Ação em Londres contra Mastercard rendeu 74 reais

Decisão da Justiça de Londres, de há duas semanas, vem preocupando municípios mineiros e vítimas do desastre de Mariana. Tramitando havia 9 anos, ação de consumidores contra a Mastercard, terminou com o escritório de advocacia ganhando 18 milhões de libras (R$134 milhões), enquanto os lesados levaram só 10 libras (74 reais) cada. Os lesados sonhavam embolsar de 10 a 14 bilhões de libras, mas um acordo reduziu o sonho a 200 milhões. Temendo desfecho semelhante na ação contra a BHP em Londres, crescem as adesões ao acordo oficial no Brasil.

Municípios vazam

Até agora, já são vinte os municípios que optaram pelo acordo no Brasil, deixando escritório Pogust Goodhead (PG) falando sozinho. 

Prazo fatal próximo

Vence em duas semanas o prazo final para adesão ao acordo costurado pelo governo brasileiro com a indenização recorde de R$120 bilhões.

Contrato maroto

As cidades deixam a ação no Reino Unido após a PG tentar impor novo contrato com punição para quem receber dinheiro no acordo brasileiro.

Apenas maluquice

A plantação sobre o deputado de extrema-esquerda Guilherme Boulos na Secretaria Geral foi um “balão de ensaio”, mas a mídia ativista tenta viabilizar o que era “apenas uma maluquice”, como disse Lula a amigos.

Crime tem opinião

Juíza aposentada no Rio, que honrou a magistratura metendo poderosos bicheiros na cadeia, adora desfile na Sapucaí. E ironiza: “Não tem nada mais importante do que crítica social feita por bicheiro e traficante”.

Importância relativa

Os ministérios da Cultura e das Relações Exteriores divulgaram com quatro dias de atraso uma nota conjunta sobre o prêmio ao filme “Ainda Estou Aqui” no Oscar. A ministra da Cultura estava ocupada faturando em shows carnavalescos. E diplomacia brasileira já foi mais ágil e atenta.

Palanque particular

Para não voltar à “planície” no Senado, após uma presidência medíocre, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) assumiu o comando da CCJ (Constituição e Justiça) e uma comissão (Defesa da Democracia) que ele próprio criou.

R$50 bi compartilhados

Cláudio Cajado (PP-BA), da Comissão Mista de Orçamento, defendeu os R$50 bilhões em emendas parlamentares para 2025 e compartilhar a execução orçamentária entre parlamentares e membros do Executivo.

Governo adora feriado

O assunto quente da semana do Carnaval na internet foi o futebol, aponta o Google Trends. Nada de política. Corinthians e Real Madrid dominaram as buscas, além do filme “Anora”, grande vencedor do Oscar.

Conta não fecha

Segundo as contas do próprio governo Lula, 13,6% da população (25,9 milhões) recebe algum benefício social em 2025. Após a isenção até R$5 mil, pagadores de impostos serão 10 milhões, diz estimativa da Unafisco.

Censores se animaram

O governo petista adorou previsão de projeto da senadora Damares Alves (Rep-DF) e ex-ministra de Bolsonaro punindo “estelionatário digital” que “prejudicar a honra e a imagem” de vítimas na internet. Já se discute usar o projeto – da oposição – na tentativa de censurar as redes sociais.

Pensando bem...

...tem balão de ensaio que sai furado de fábrica.

PODER SEM PUDOR

O salário do governador

José Aparecido de Oliveira governava o Distrito Federal, em 1985, e não conseguia trabalhar com o barulho de grevistas, diante do Palácio do Buriti. “Vou lá!”, decidiu, irritado. Atravessou a pista sozinho e encarou os manifestantes. “Quanto você ganha?”, provocou um deles, às suas costas. Aparecido se voltou encarando o sujeito, e disparou, dedo em riste: “O que você nunca vai ganhar, porque não gosta de trabalhar!” Os manifestantes caíram na gargalhada. Ele não sabia, mas o provocador era mais um desses grevistas profissionais. Com sua atitude, porém, Aparecido ganhou o respeito deles, obteve o fim da greve e daquele barulho infernal.

ARTIGOS

Mais uma fraude financeira que lesa milhares de brasileiros

05/03/2025 07h45

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No dia 25 de fevereiro, a Receita Federal do Brasil e a Polícia Federal (PF) realizaram uma operação especial com foco na desarticulação de uma organização criminosa que usava a empresa Alpha Energy, com escritórios em Natal (RN) e Barueri (SP), como fachada para a prática de fraudes contra o sistema financeiro nacional e lavagem de dinheiro.

Apesar da forma de atuação dos operadores do esquema ainda não estar oficialmente relacionada a uma pirâmide financeira, considerada crime no Brasil, as investigações revelaram que o objetivo era semelhante: captar recursos de investidores com a falsa promessa de rendimentos muito além dos praticados no mercado, supostamente obtidos por meio da comercialização de créditos de energia solar.

De acordo com as investigações, os operadores do esquema conseguiram movimentar mais de R$ 150 milhões, com dinheiro investido por 6.300 pessoas de 732 cidades brasileiras. Pessoas essas que viram seus recursos serem transformados em imóveis, veículos de alto padrão e outros patrimônios para os investigados.

À frente da Alpha Energy estava Danilo Batista, já conhecido da PF por liderar a Manah Mineradora, uma suposta mineradora de ouro que agia com o mesmo modus operandi, ou seja, com a promessa de grandes retornos de investimentos para aqueles que aportavam recursos para a atividade de mineração de ouro divulgada fortemente pela empresa, inclusive com a participação de celebridades.

O que a operação da Alpha Energy e da Manah Mineradora muito tem de parecida é que, apesar de áreas diferentes – uma energia solar, a outra mineração –, ambas dependiam mais da entrada contínua de novos investidores do que suas ações verdadeiramente lucrativas, o que caracteriza um sinal claro de esquema Ponzi. 

Mais além, ambas infringiam os crimes contra o sistema financeiro, crime esses federais, como a oferta pública de investimento coletivo sem autorização de órgão regulador, bem como a oferta de rendimentos, ou seja, funcionando como uma instituição financeira sem autorização do órgão regulador.

O novo caso da Alpha Energy, por todos os números que envolve – tanto de vítimas quanto de localidades e cifras –, mostra que é mais um grave esquema de fraude financeira. As investigações avançam, 
e com elas é fundamental que se tenha um rigoroso acompanhamento das autoridades e do sistema de Justiça brasileiro.

Já há uma associação de consumidores lesados criada para o estudo de estratégia para uma ação civil pública, de modo que coletivamente se busque o ressarcimento de quem acreditou na energia solar como fator de acelerado enriquecimento, mas acabou por se tornar mais uma vítima dos cada vez mais sofisticados esquemas de fraude financeira no País.

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