Colunistas

Cláudio Humberto

"O Brasil precisa de alternativas"

Cantor Gusttavo Lima ao anunciar candidatura para Presidência da República em 2026

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Cresce no PT ideia de chapa puro-sangue em 2026

A chapa PT-PSB no Planalto tem tudo para não se repetir em 2026. Dentro do PT, o plano é lançar uma chapa puro-sangue e motivos, para os petistas, não faltam. O partido avalia que, em caso de vitória de Lula, não dá para jogar sucessão do petista no colo de outra sigla, já que Lula não poderá disputar mais mandato se reeleito. Outro ponto sensível, mas considerado, é que se eventualmente Lula, que faz 80 anos em 2025, não conseguir concluir o mandato, a cadeira tem que ficar com o PT.

Meu espaço

No PSB a ideia não é bem recebida, o partido não quer abrir mão da vice-presidência e do holofote que a cadeira garante.

Destino

No PT, o cenário ideal teria Geraldo Alckmin (PSB) disputando o governo de São Paulo, estado que já governou por quatro vezes.

Um ou outro

Alckmin já captou a movimentação do PT, mas ainda não se decidiu pelo Palácio dos Bandeirantes. O Senado também está no radar do socialista.

Vai ser dureza

O PT quer garantir um palanque forte para Lula em São Paulo, que deve ter o bem avaliado governador Tarcísio de Freitas (Rep-SP) na oposição.

Deputados acumulam 840 faltas em Plenário

A boa remuneração e todas as regalias que o cargo confere não são suficientes para garantir que os deputados marquem presença em votações no Plenário da Câmara. Ano passado, os nobres acumularam 840 faltas. As “ausências justificadas”, quando o parlamentar arruma uma desculpa para a falta, são ainda maiores, 2.455. No topo dos faltosos, o enrolado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), com 72 faltas, preso desde 24 de março, suspeito de mandar matar a vereadora Marielle Franco.

A prata

Atrás de Chiquinho Brazão está José Priante (MDB-PA), faltou 13 vezes nas votações em Plenário e ainda justificou outras quatro ausências.

Nem aí

Menos da metade dos 513 deputados justificou o salário e não faltou nas sessões. O número é de 244 parlamentares. 

Turma dos 40

Com “ausência justificada”, o líder é Luciano Bivar (União-PE), 41. É seguido pelo Doutor Luizinho (PP-RJ), com 40 ausências.

No bolso

O material escolar deste ano vai salgar as contas de quem tem que comprar cadernos, livros e livros didáticos. O preço desses produtos, registra o IBGE, subiu 6,31%, 9,65% e 7,64%, respectivamente.

Garfada do Malddad

A nova regra do salário mínimo, defendida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o “Malddad”, reduziu o valor pago este ano em R$10. O mínimo ficou em R$1.518, mas seria de R$1.528 pela regra antiga.

Golpe legitimado 

A oposição repudiou decisão do governo Lula de mandar representante para a “posse” do ditador Nicolás Maduro. A deputada Silvia Waiãpi (PL-AP) diz que o governo legitima e apoia o golpe contra a democracia.

Cenário em SP

Em eventual disputa pela Presidência da República em 2026, Tarcísio de Freitas já tem seu favorito para sucedê-lo no Governo de São Paulo. É o prefeito paulistano Ricardo Nunes (MDB).

Bolo e guaraná

O almoço que a vice-governadora do DF Celina Leão (PP) promoveu para celebrar o aniversário do maridão contou com a presença do casal Bolsonaro. Fabrício Freire foi agraciado com a icônica medalha “três is”.

Conversa fiada

Osmar Terra (MDB-RS) acha vergonhosa a decisão do governo Lula de ir à posse do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro. “Depois vem com essa conversa de defesa da democracia”, diz o deputado. 

No vermelho

O Serasa Experian divulgou levantamento sobre a inadimplência das empresas em novembro passado. Foram 7 milhões de empresas no vermelho. Alagoas tem a maior taxa de empresas devedoras, 41,7%.

Férias encurtadas

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, encurtou o período de férias de janeiro. A folga, iniciada dia 2, vai ter uma interrupção de três dias, entre 7 e 9, e volta entre 10 e 21. 

Pensando bem...

... 2026 é logo ali.

PODER SEM PUDOR

Duda e seu joão-bobo

Lula ainda cambaleava, após a segunda derrota para FHC, quando Duda Mendonça encontrou o jornalista Ricardo Kotsho na cantina “Il Sogno di Anarello”, em São Paulo. Ali, entre “chiantis” de qualidade duvidosa e ao som da indefectível música “Champagne”, na voz do proprietário Giovanni Bruno, o marqueteiro fez uma proposta surpreendente: vindo de campanhas malufistas, ele queria o apoio de Kotsho, amigo de Lula, para “vender ao PT” a ideia de ele fazer a próxima campanha petista, e de graça. Antecipou até a primeira “peça” de campanha: um Lulinha de bolso, pequenininho, que funcionaria como joão-bobo, aquele que toma piparote e fica sempre de pé. “Getúlio usava um bonequinho desses”, lembrou Duda. Kotsho não parecia muito entusiasmado, mas prometeu levar a ideia ao PT. Deu no que deu.
Duda não precisou usar o Lulinha. Muito menos trabalhar de graça.
 

CLÁUDIO HUMBERTO

"Parece vídeo repetido, mas não é"

Jair Bolsonaro sobre a volta das balsas por falta de investimento em infraestrutura

07/01/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Giros de deputados na gringa custam R$2,8 milhões

Sem a menor piedade do pagador de impostos, deputados apresentaram amarga fatura que passa dos R$2,8 milhões só com viagens internacionais em 2024. A título de “missão oficial”, as excelências rodam mundo afora e ainda engordam os vencimentos com pagamentos de diárias. As três viagens individuais mais caras são de Hugo Leal (PSD-RJ), R$44,3 mil (Estados Unidos); Felipe Carreras (PSB-PE), R$39,5 mil (Portugal); e André Figueiredo (PDT-CE), R$39,1 mil (Espanha).

Milhas 

Como as passagens são reembolsadas, o valor parece não ser questão. Para ir à Nova Iorque (EUA), Hugo Leal pagou R$32,1 mil nos bilhetes.

Em família

Pai e filho, Eduardo da Fonte (PP-PE) e Lula da Fonte (PP-PE) curtiram três dias na Venezuela, em maio, ao custo de R$28 mil.

Comunismo de araque

Orlando Silva (PCdoB-SP) fez três “missões oficiais”, todas na Europa, claro. Foi duas vezes para a Espanha e uma outra para Portugal.

Gasta mesmo

Com Estados Unidos, França, Itália, Azerbaijão e Cuba no passaporte, Zé Vitore (PL-MG) foi quem mais nos custou: R$78,9 mil pelas “missões”.

Advogada de ação contra militar de Israel doou ao PT 

A vergonhosa ação na Justiça brasileira que persegue o soldado de Israel Yuval Vagdani é encabeçada por uma advogada ligada ao Partido dos Trabalhadores (PT). Maira Pinheiro aparece como doadora para a campanha de Tamires Sampaio (PT), que tentou ser vereadora de São Paulo (2020), sem sucesso após receber só 0,22% dos votos.  Dois anos depois a situação da advogada foi diferente, além de doar, aparece como contratada para trabalhar na campanha da petista para deputada federal.

O jogo virou

Em 2022, a doação deu uma minguada, caiu de R$1 mil para R$10. Mais do que isso, a advogada embolsou R$5,4 mil por trabalhar para Tamires.

Boquinha garantida

Tamires tentou ser deputada federal, com 0,11% dos votos, não se elegeu. Maíra trabalhou como coordenadora da agenda da candidata.

Dá em nada

A ação tem pouca chance de dar alguma coisa para o soldado, que nem mesmo está no Brasil. Meteu o pé após abertura do processo.

Rádio corredor

À boca miúda, cresce a expectativa de mudanças na Caixa Econômica Federal com a saída de Arthur Lira (PP-AL) da presidência da Câmara. O deputado é o padrinho de parte dos chefões do banco.

Mudança na Secom

Sidônio Palmeira deve desembarcar hoje (7) em Brasília para reunião no Palácio do Planalto. Se nada sair do script, o marqueteiro vai azeitar as condições para substituir Paulo Pimenta na Secretaria de Comunicação.

Problema no futuro

O mercado financeiro já está de olho em 2027 e prevê alta da inflação. Pela quinta semana consecutiva, o Boletim Focus registra elevação no marcador, agora foi para 3,90%. Há quatro semanas era 3,58%.

Agenda

Já na cadeira de presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo finalmente mudou a agenda, só com “despachos internos” desde a posse. Recebeu o ministro Vinícius de Carvalho (CGU), ontem (6).

De volta

Após quase um mês sem pisar no Planalto, Lula voltou nesta segunda-feira (6) a despachar do palácio. A última vez em que esteve no Planalto foi em 9 de dezembro, quando se sentiu mal e passou por cirurgia.

Primeira do ano

Tida como urgente, a troca na Secom deve ocorrer antes de uma reforma ministerial ampla. A gestão de Paulo Pimenta desagrada a Lula. Outras trocas ficam para depois da mudança no comando da Câmara e Senado. 

Justiça tardia

Alexandre de Moraes (STF) levou quase um ano, mas finalmente soltou um morador de rua, preso após o 8 de janeiro de 2023. O homem foi a um acampamento de manifestantes pedir comida e acabou no xadrez.

Números

Desaprovadas pela maioria do País, as duas regiões com o maior registro de apoio às invasões do dia 8 de janeiro de 2023 são Nordeste (8%) e Sul (8%). O levantamento é da Quaest.

Pensado bem...

Lula não ir à posse de Maduro, mas mandar representante, é como a anedota do marido que, flagrada traição na sala, decide vender o sofá.

PODER SEM PUDOR

Bajulação perdedora

Armando Falcão era candidato do PSD ao governo do Ceará, em 1954, mas precisava da bênção do chefe do partido. Falcão foi à casa do velho:
- Senador, precisamos definir o vice. Entendo que deve ser o dr. Crisanto.
- Quem?
- Dr. Crisanto Pimentel, seu filho...
O velho deu um murro na mesa e se levantou, irritado:
- Chega de puxa-saquismo!
Falcão perdeu o vice e a eleição para Paulo Sarazate (UDN).

ARTIGOS

Férias: como lidar com as birras das crianças?

06/01/2025 07h45

Arquivo

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Lidar com as emoções instáveis das crianças é uma missão difícil em qualquer fase do crescimento. 
Porém, em período de férias escolares prolongadas, o desafio pode ser ainda maior, pois a criança ociosa exige atenção que os pais trabalhadores nem sempre conseguem dar. Além disso, “gente grande” tem dificuldade de aceitar o choro ou o comportamento que julga inconveniente. 

Nas famosas birras, o descontentamento da criança piora quando seus sentimentos são menosprezados e/ou ignorados. No entanto, reconhecer que há uma mensagem sendo transmitida por trás de todo movimento da criança nos permite chegar mais perto das possíveis causas do desequilíbrio, facilitando a condução respeitosa da situação.

E atenção: validar o sentimento do pequeno não significa validar o comportamento inadequado dele, e acolher o que a criança está sentindo não quer dizer que a atitude dela está sendo acolhida. Dizer “filho, eu estou aqui com você, sei que está frustrado porque queria muito aquilo, eu também fico frustrada quando não consigo algo que quero muito! Mas, essa forma de agir não é aceitável” mostra que você acolhe a criança, acolhe o que ela sente e, ainda assim, não aprova suas atitudes.

Não há uma receita a ser seguida. Algumas crianças não querem ouvir nada no momento da raiva. Mas se mostrar presente e tranquilo é o único movimento possível para ajudá-la a retornar à calma. A raiva, como qualquer outra emoção, é legítima. Às vezes, vem como uma onda pequena e, às vezes, como um tsunami. E o cérebro infantil precisa de ajuda para atravessar essa onda com segurança.

Quando se sentem frustradas, com raiva ou com medo, a parte do cérebro responsável pelas atitudes instintivas se sobrepõe à razão e os pequenos só pensam em atacar, fugir ou bater – é o instinto de sobrevivência.

Há estratégias que ajudam a razão a tomar de volta o seu lugar, como beber um copo de água, contar até 10, dançar, escutar uma música, apertar o travesseiro, ler um bom livro, ganhar um abraço afetuoso, etc. Essas atitudes afetam positivamente o cérebro, liberam hormônios “do bem” e desaceleram o corpo e a mente.

Todavia, a grande resposta para a questão “como ajudar as crianças a encontrarem o equilíbrio em momentos de raiva?” mora na regulação emocional dos pais e dos responsáveis. Adultos desregulados não conseguem inspirar a segurança que elas tanto precisam nos momentos desafiadores.

Regular-se não é um movimento fácil e rápido. É um acertar e errar diário. É preciso persistência. É necessário acreditar que a calma precisa transbordar do adulto em momentos de repreensão, para que a criança se sinta segura e saia do modo de sobrevivência.

Talvez uma ordem de “engole o choro” ou “pare de bobeira” seja mais fácil e resolva instantaneamente o problema, mas a raiva fica guardada lá em um cantinho e, em algum momento, volta a dar seus sinais.

Educar tendo em mente as limitações da criança e tudo que ela é e sente promove a saúde de qualquer ser. Está cientificamente comprovado. E educar respeitosamente é uma decisão difícil, porque representa um esforço diário de redescoberta e evolução, mas é o maior ato de amor que pais e mães podem dar aos filhos.

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