Crescimento do PIB
O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, levou a Lula e Fernando Haddad (Fazenda) uma das melhores notícias do ano: o aumento do PIB em 2024 deverá superar o patamar de 3% - e com alguma folga. Os cálculos apresentados indicam que o índice pode bater na casa dos 3,5%. Confirmada a projeção, o governo petista alcançará um crescimento médio de 3,2% em seus dois primeiros anos em 2023, a alta do PIB foi de 2,9%. É um índice não muito distante da média alcançada nos dois primeiros anos de Lula I, de 3,45%. Em seu primeiro governo, o PIB subiu, em média, 3,51% por ano.
No segundo, chegou a 4,64%.
"O presidente Lula, presidente do Brasil, não tem candidato a presidente da Câmara. Tem responsabilidade de tratar bem quem seja, porque o presidente da Câmara e do Senado não precisam do presidente da República. É o presidente da República que precisa deles", de Lula, sobre a sucessão de Arthur Lira.
Dinheiro na mão
Dirigentes do PT e outras figuras do comando do partido estão contrariados (ou mais do que isso) depois de confirmarem a informação de que o diretório nacional liberou R$ 30 milhões que já foram transferidos, antecipadamente, para a candidatura da vice na chapa de Guilherme Boulos, a ex-prefeita Marta Suplicy, na corrida pela prefeitura de São Paulo. Muitos cobraram a direção da legenda: "Decisões unilaterais desse tipo desrespeitam nossa democracia interna".
A tesoureira do PT, Gleide Andrade, disse que o repasses (a Boulos e destinados a Marta) teve participação do diretório nacional e do próprio presidente Lula.
Teatro chinês
A Shein deixou uma bomba nas mãos da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT) e de candidatos do partido a prefeituras do estado.
O desafio dos petistas é mitigar o impacto eleitoral do acordo de "mentirinha" dos chineses com a Coteminas. O episódio está sendo explorado pela base bolsonarista em cidades do interior e nas redes sociais.
No ano passado, a plataforma de e-commerce firmou uma aliança com a Coteminas, que causou frisson na combalida indústria têxtil do país.
A Shein comprometeu-se a apoiar confecções parceiras da companhia mineira, que passariam a produzir peças para os chineses no Brasil e no exterior. De lá para cá, os chineses evaporaram e nada aconteceu.
Contra Marcos do Val
Requerimento do líder do Podemos no Senado, Rodrigo Cunha (AL), pretende submeter ao plenário da Casa a decisão monocrática de Alexandre de Moraes (STF) que suspendeu as redes sociais e bloqueou contas pessoais do senador Marcos do Val (Pode-ES), além de impor multa surrealista de R$ 50 milhões.
O Legislativo tem essa prerrogativa, mas não utiliza. Em março, a Assembleia capixaba anulou a prisão do deputado Capitão Assunção (PL) ordenada por Moraes. Cunha lembra o artigo 53 da Constituição, que garante a imunidade parlamentar e dá aos Senado poder de sustar decisão do STF.
Esbanjando elegância
A revista Vogue Brasil deste mês traz uma edição voltada para estilos que foram apresentados na semanas de modas e que serão tendência nas próximas estações. Para mostrar estas tendência foi convocada nada menos do que Gisele Bündchen, que faz qualquer roupa parecer elegante. Entre os estilo no qual a modelo foi clicada está o neoboho (Boho é derivado da palavra inglesa bohemian e significa "boêmio" que apresenta o estilo alegre, descontraído e livre, que surgiu nos anos 70). O estilo boho nas roupas, mesclam referências de culturas do rock, folk, country, hippie e gips.
O novo boho é, apresentado como statement da temporada que foi "ressuscitado" por Chemena Kamali, diretora criativa da Chloé. Entre outros estilos no qual Gisele foi fotografada também está o Goth Chic, que traz uma maquiagem mais pesada (muitas camadas de rímel, lápis e batom extra pretos recebem acabamento glossy para conferir ares de glam goth) com roupas mais escuros na onda gótica que ganhará as telas este mês com Beetlejuice, Beetlejuice. Os cliques foram feitos num casarão dos anos 1920, no Ipiranga, em São Paulo.
Mais açúcar para os gringos
Jair Bolsonaro tentou e não conseguiu; agora é a vez de Lula encarar uma complexa pauta bilateral. O Brasil retomou negociações com o governo norte-americano com o objetivo de ampliar sua cota de exportações de açúcar para os Estados Unidos. A missão mobiliza a cúpula da diplomacia brasileira o chanceler Mauro Vieira e a embaixadora brasileira em Washington, Maria Luizza Viotti e a Pasta da Agricultura, notadamente o ministro Carlos Fávaro e o secretário do Comércio e Relações Internacionais, Roberto Perosa. Atualmente, os embarques brasileiros com direito a alíquota reduzida ou isenção tributária oscilam entre 150 mil e 170 mil tonelada por ano. O número corresponde a apenas 5% de todas as vendas de açúcar do país no exterior. Os produtores brasileiros querem subir para algo próximo de 230 mil toneladas.
"Maior entre menores"
Ainda o aumento de exportações de açúcar para os Estados Unidos: com o volume sonhado, seria suficiente para o Brasil se tornar o "maior entre os menores" exportadores superando a República Dominicana (190 mil toneladas por ano). O "maior entre os maiores" é o México que, sob o manto da Nafta exporta mais de um milhão de toneladas para o grande irmão do Norte. Ocorre que as tratativas estão enroscadas em um nó difícil de desatar. Há informações de que o governo brasileiro aceita diminuir a alíquota de importação de etanol, hoje de 18%, uma exigência dos norte-americanos.
Dupla estreia
Por falar em semana de moda este mês os olhares já começam se voltar para as Grandes Fashion Week , e a primeira começou na sexta-feira (6) em Nova York, que integra a chamada "The Big Four" junto com Milão, Paris e Londres. Um dos destaques da Semana de Moda de Nova York será estreia do estilista brasileiro e indígena Maurício Duarte. Duarte irá apresentar sua coleção batizada de Muiraquitã, amuleto muito usado pelas tribos amazônicas, sinônimo de força e proteção.
E uma das convidadas para apresentar seu look foi Thelminha Assis, que também fará sua estreia numa passarela internacional. "A expectativa para participar deste desfile é a melhor possível. Eu amo Nova York. É uma cidade que respira arte, cultura, moda, tendências. Fico muito feliz, além da moda, de fazer parte disso, representando o Brasil da melhor forma, vestindo um estilista indígena com peças autoriais e construídas a várias mãos, por mulheres indígenas, pessoas manauaras"
Cada vez pior
As novas pesquisas revelam que as intenções de voto para o prefeito carioca Eduardo Paes (PSB) continuam em alta: agora tem 59% e apenas 14% não votariam nele de jeito nenhum. O que equivale a estimar que Paes será reeleito quem sabe até com mais votos ainda do que o da eleição para prefeitura, levando no primeiro turno.
Já Alexandre Ramagem (PL), candidato selecionado e apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro vê novo aumento em seu índice de rejeição: saltou de 22% para 29% em pouco mais de uma semana. Na corrida por intenção de voto, Ramagem também teve alta (mais bem menor) subiu de 9% para 11%. O padrinho Bolsonaro não viu motivo para comemoração.
Resistência
Mais açúcar: o complicado é dobrar a resistência interna do agronegócio, uma hidra de duas cabeças. Com o chapéu de produtor de açúcar, os usineiros reivindicam maior espaço no mercado norte-americano; já o chapéu de produtora de etanol, colocam o governo contra a parede e rechaçam a possibilidade de redução das barreiras tributárias para a importação do biocombustível.
A negociação está, desde já, indexada ao resultado das eleições. Se a democrata Kamala Harris vencer, o Brasil terá espaço, ao menos para seguir com as tratativas, mas se Donald Trump voltar à Casa Branca, forgets!
Farra de medalhas
Não há político no poder que não adore distribuir medalhas de todos os tipos e tamanhos a pessoas amigas e figuras importante, mesmo que as justificativas para este ato sejam pequenas ou nem existam. Agora, Lula concedeu a Medalha Oswaldo Cruz por "mérito na saúde", a mais de 20 pessoas. Entre elas, a sua própria mulher, Janja da Silva, Xuxa Meneghel, Daiane dos Santos, à empresária e dona de rede de varejo cambaleante Luiza Trajano e outros. Para Janja, o mérito assinalado foi "live pro-vacina e divulgação nas redes".
In: Torta no palito
Out: Cakepop (bolo no palito)
MISTURA FINA
A ascensão de Hugo Motta (Republicanos) à principal candidatura à sucessão de Arthur Lira na presidência da Câmara, surpreendeu muita gente e ninguém mais do que o baiano Elmar Nascimento, favorito até menos de uma semana. Ele se considera traído por Arthur Lira, que vinha investindo numa espécie de pré-campanha. No réveillon, levou 20 deputados para uma ilha na Bahia e no carnaval, arrastou outros 80 a um camarote em Salvador (tudo pago por ele). Uma dessas bocas-livres foi patrocinada por Carlos Suarez, conhecido como "rei do gás".
Ainda as dores de Elmar Nascimento, que já se considera "fora do páreo": ele agora anda com um recorte no bolso, que exibe para todos, para justificar sua condição de traída. Antes de sentar-se na cadeira da presidência da Câmara em 2021, Arthur Lira escreveu: "O presidente da Câmara precisa ser um político de palavra, que cumpra a palavra dada, que respeite a palavra empenhada".
Iniciado há um mês, o pente-fino do INSS tem o objetivo de cortar 800 mil benefícios oferecidos pelo órgão. Os idosos estarão na mira da fiscalização e podem dar adeus ao salário de R$ 1.412. O foco da revisão são os benefícios temporários, o auxílio-doença, que poderá cortar cerca de R$ 19,3 bilhões do INSS e economizar para o orçamento de 2025.
Ainda o INSS: podem sofrer cortes quaisquer benefícios oferecidos pelo Instituto. O foco é a revisão dos seguintes auxílios: auxílio-doença, aposentadoria por tempo de contribuição, aposentadoria por idade, pensões por morte e benefício da Prestação Continuada. Serão priorizados aos benefícios que foram concedidos há mais tempo e benefícios como o auxílio-doença, que estão há dois anos sem verificação. Também foram detectadas irregularidades nos pagamentos, o que pode resultar em revisão mais detalhada.