Colunistas

GIBA UM

"Onde nasceu a emenda Pix? Da burocracia do governo. Agora, ela vai para a construção de ponte..."

"... de escola, construção de água", de Arthur Lira, reizinho das emendas, sobre as novas regras que exigem "rastreabilidade" e "transparência".

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Numa entrevista a um podcast, na semana passada, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, ex-Globo, falou pela primeira vez sobre sua saída da emissora, lembrando que não foi avisado antecipadamente, nem por algum diretor. “Chegou um funcionário e disse: ‘Você está demitido’”.

Mais: Boni sentiu-se chutado e guarda a mágoa até hoje. “Algum dos herdeiros queria sentar na minha cadeira”. Agora, no comando de sua TV Vanguarda, aos 88 anos, Boni está empenhado em mudar o jornalismo da emissora. “Vou mudar tudo. O que se faz hoje é rádio”.

Uma decisão sem questionamento

A atriz Vera Zimmermann, 60 anos, promete causar polêmica com sua nova peça teatral Mãe e Filho, que fala da relação entre a mulher, maternidade e filho.

Zimmermann, que optou por não ter filhos, fala de como a obra aborda a crítica à sociedade patriarcal e debate sobre a desigualdade de gênero e as pressões diárias enfrentadas pelas mulheres.

“A peça tem uma forte crítica à sociedade patriarcal, onde o homem pode tudo, lidera, dita as leis, tem ‘virilidade’. E a mulher está lá apenas para servir, para dar prazer.

Até quando vamos ter que falar sobre isso? Até quando a igualdade de gênero vai deixar de ser uma luta para nós, mulheres? Até quando teremos que lutar pra sermos mulheres nesse mundo, para termos voz? Jon Fosse escreveu essa peça em 1997 e ainda vivemos essa luta. Até quando?

Poder falar sobre o direito que uma mulher deveria ter de não querer criar um filho, num mundo onde os homens jamais são questionados por isso. Muitos homens abandonam os filhos e isso nunca foi uma grande questão.

Se uma mulher opta por isso, ela é julgada e condenada. Será que ela não pode ter seus motivos? Será que ela não pode ser feliz por ter tomado essa decisão?”.

A peça ficará até o dia 11 de agosto no Sesc Ipiranga.

Vale-Musk é quase união

Uma associação aparentemente inusitada entre o empresário Elon Musk e a Vale começa a ser tornar uma hipótese viável. A operação não seria diretamente com a companhia, mas com sua controlada Vale Base Metais (VBM). Adviser dos dois lados já estão mantendo conversações.

Musk e Vale não são estranhos. Em 2022, a Tesla assinou contrato com a mineradora para a compra de níquel, destinado à fabricação de baterias para os veículos elétricos da montadora.

A aquisição de uma participação na VBM seria um salto nessa relação, transformando a parceria comercial em enlace societário.

As circunstâncias parecem apontar nessa direção. Musk é um viciado fiel de metais nobres para suprir seus negócios voltados à economia do futuro (Space e a própria Tesla). Alguns modelos da montadora chegam a ter, no total, 82 quilos de material de cobre.

Reserva da Vale

Ainda o namoro entre Vale e Elon Musk: a mineradora, por sua vez, entre jazidas compradas e prováveis, é dona de mais de 1,7 bilhão de tonelada em reserva de cobre, níquel e cobalto, espalhadas por Brasil, Canadá, Indonésia, Japão e Reino Unido.  

As reservas da VBM podem conter minerais estratégicos ainda não quantificados e a Vale vendeu, em 2003, 10% da subsidiária para a Manara Minerals joint venture entre a saudita Ma’aden e PIF, fundo daquele país por US$ 2,5 bilhões.

Há margens de sobra para negociar fatia do capital da VBM para Musk sem perder o controle do negócio.

Calando a boca

n Beatriz Souza, ou melhor Bia Souza, natural de Itariri, no litoral de São Paulo, 26 anos que foi eleita a melhor judoca de 2023, mostrou seu poder de superação, contra o preconceito e o racismo.

Bia foi a primeira medalha de ouro nos jogos olímpicos de paris no judô na categoria +78kg. Em entrevista à revista Glamour Brasil disse que desde criança tinha muita energia por isso começou fazer judô e que aprendeu a não se importar com as críticas sobre seu corpo ou sua com uma adversária.

“Eu aprendi que a melhor coisa que poderia fazer por mim era amar meu próprio corpo. E, assim, simplesmente me acostumei a gostar dele.

O esporte me empoderou e mostrou o poder gigantesco que tenho dentro de mim. Desde então, deixei de dar importância para o que as outras pessoas falavam e pensavam sobre mim; ignorei a opinião de quem não me conhecia.

Acham que só porque sou gorda, não faço dieta e não sou saudável. Criticam sem saber. Além de ser a minha ferramenta de trabalho, essa sou eu. É o que me define, o que me faz acordar e dormir, tudo aconteceu e acontece por causa desse corpo”.

 

Tia Ju, vice

O candidato à prefeitura do Rio de Janeiro, Alexandre Ramagem, ex-Abin e escolhido pessoalmente por Jair Bolsonaro para a disputa, deverá anunciar, nesta semana, a deputada estadual Tia Ju (Republicanos) como sua colega de chapa, em um movimento que atravessaria os planos do prefeito Eduardo Paes (PSD).

Ligada à Igreja Universal de Edir Macedo, Tia Ju tem base eleitoral no segmento evangélico, que Paes tenta atrair por meio de uma aliança com caciques dessa igreja.

O nome de Tia Ju também foi escolhido por Bolsonaro.

Aécio faz falta

A Andrade Gutierrez tem buscado apoio junto ao próprio governador de Minas Gerais, Romeu Zema, para a renegociação de seu acordo de leniência do estado.

Talvez uma interveniência de cima amenize o rigor dos órgãos de controle de Minas Gerais. A Controladoria Geral e a Advocacia Geral do estado cancelaram o compromisso de 2021, no valor de R$ 128 milhões, sob alegação de atrasos sistematicamente no pagamento das parcelas.

Em outros tempos, bastava o empresário Sérgio Andrade recorrer a Aécio Neves que sempre foi um parceiro da companhia. O acordo de leniência e a confissão da Andrade Gutierrez se referem a fraude nas licitações para a construção da Cidade Administrativa na gestão de Aécio Neves.

Pérola

“Onde nasceu a emenda Pix? Da burocracia do governo. Agora, ela vai para a construção de ponte, de escola, construção de água”, de Arthur Lira, reizinho das emendas, sobre as novas regras que exigem “rastreabilidade” e “transparência”.

“Taxa de pouca água”

Pesos-pesados da Zona Franca de Manaus, entre as quais Honda, Samsung, LG, Yamaha, entre outros, estão empenhados numa guerra-relâmpago em Brasília: a operação de lobby tem como objetivo derrubar a cobrança da “Low Water Surcharge”, mais conhecida como “taxa de pouca água” que passará a incidir sobre o transporte de cargas nos rios da Amazonia.

O sobrepreço custará às empresas da região entre US$ 5 mil e US$ 5,9 mil por contêiner carregado, de matérias primas ou produtos finais.

Do outro lado, estão os “inimigos” a serem abatidos: CMA, CGM, Maersk, MSC e Aliança Navegação e Logística.

O vice-presidente Geraldo Alckmin, aliado da ZFM há anos, tem ajudado para barrar a taxa extra.

Dino em campo

Depois de atenções voltadas para as Olimpíadas e para as eleições na Venezuela, Brasília vai retomando suas atividades.

O Supremo retomou antes o trabalho e, de cara, o ministro Flávio Dino atuou em duas frentes: uma, questiona as chamadas emendas Pix, que tem transferência imediata e sem necessidade de detalhamento de projetos para os municípios (dificulta apuração dos órgãos de controle); e outra que aponta o descumprimento da decisão da Corte de 2022 que julgou inconstitucional o chamado “orçamento secreto”.

Uma das medidas é a completa transparência e a rastreabilidade das emendas Pix.

Papelão do Brasil

Cresce no Congresso a ofensiva pela reação do Brasil na “reeleição” do ditador venezuelano Nicolás Maduro, com críticas à omissão de Lula. Na Câmara, há pedidos para convocar o chanceler Mauro Vieira e no Senado, os pedidos miram o chanceler de fato, Celso Amorim, que estava em Caracas e até se reuniu com Maduro.

E ainda sobrou para a embaixadora do Brasil, Gilvania Maria de Oliveira. Mauro Vieira deverá esclarecer o que Lula não quer fazer: o papelão do Brasil. A inércia do Itamaraty provoca indignação. A Câmara quer o Brasil alinhado a outros sete países que acusaram o episódio de fraude.

Fora da vice

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), bateu o martelo e o deputado estadual Eduardo Cavaliere será o vice em sua chapa à reeleição. Cavaliere venceu a corrida que tinha como principal cotado o deputado federal Pedro Paulo, maior aliado de Paes na política.

Na semana passada, ele decidiu sair da chapa, por estar desgastado por um vídeo intimo gravado por uma mulher que conheceu em 2020. Pedro Paulo, temia prejudicar a campanha de Paes e havia também um processo de violência doméstica antigo, arquivado pelo Supremo Tribunal Federal.

Imóveis de Itaipu

Há muita pressão política sobre a direção de Itaipu Binacional para que os imóveis pertencentes à estatal sejam incluídos no Minha Casa, Minha Vida.

O pacote envolve 900 residências da chamada Vila A, em Foz do Iguaçu, um dos minibairros originalmente criados para abrigar os trabalhadores da construção da hidrelétrica.

A intenção do governo é reformar as moradias no âmbito do MCMV. Itaipu anunciou, no começo do ano, a intenção de leiloar todos os imóveis e os moradores teriam direito de preferência para sua aquisição. Gleisi Hoffmann tem o domínio lá e já pensa em pedir um parecer à AGU e ao TCU.

Mistura Fina

A GOVERNADORA do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra e seus auxiliares estão debruçados sobre a montagem de um hub de energia renovável no estado.

O projeto já estaria sendo testado junto a empresas do setor, como a Casa dos Ventos e Voltalia. As discussões travadas no governo incluem também a atração dos fabricantes de equipamentos.

No que depender de recursos federais, o negócio já é dado como certo. Fátima Bezerra é uma das lideranças políticas do Nordeste próximas de Lula.

O STF decidiu que é inconstitucional a emenda aprovada pelo Congresso em 2022 que estabeleceu estado de emergência devido ao aumento dos combustíveis e ampliou benefícios sociais a poucos meses das eleições – e chamada “PEC kamikaze”. Agora, não tem efeito prático, mas servirá de precedentes para evitar medidas que influencie o processo eleitoral (incluindo, claro, as eleições municipais que se aproximam).

O RX Ventures, fundo de venture capital da Renner, está garimpando o mercado em busca de startups voltadas à gestão de estoques e logística. O cheque médio para cada aporte gira em torno de R$ 10 milhões.

O fundo tem capital de R$ 155 milhões dos quais R$ 50 milhões já foram aplicados. O RX tornou-se um instrumento da Renner para equacionar alguns de seus principais gargalos. É o caso da administração de estoque, um dos maiores itens da estrutura de custos do varejo.

A COLOMBIANA Volcanic, fabricante de medicamentos à base de cannabis, tem cerca de R$ 80 milhões no gatilho para novas aquisições no Brasil.

Recentemente, a empresa comprou a Eleven Health Care, startup especialista em distribuição de canabidiós e congêneres.

Os recursos reservados para o futuro fazem parte do plano da Volcanic para investir no Brasil, com desembolso de R$ 150 milhões até 2026.

In – Omelete recheada

Out – Omelete francesa

 

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CLAÚDIO HUMBERTO

"Não tinha sentido nenhum empurrar"

Senador Jaques Wagner (PT-BA), líder de Lula, ao admitir acordo para votar a dosimetria

18/12/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Leal’ a Lula, Sabino perdeu o partido e seu cargo

O deputado licenciado Celso Sabino (PA) viveu nos últimos meses uma reviravolta política que culminou em um duplo vexame: expulso do União Brasil por desobediência e, nesta quarta (17), demitido do Ministério do Turismo por Lula (PT), a quem jurava devoção. A saga começou em setembro, quando o partido oficializou afastamento definitivo do governo Lula e mandou os filiados deixarem os cargos. Sabino se recusou a sair jurando ser leal a Lula, “o melhor para o Brasil”, e outras lorotas.

Meu papai

Sabino deixou de ser útil e Lula convidou o deputado lulista Damião Feliciano (União-PB), que, para não ser expulso do União, indicou o filho.

Cunha no União

Lula, o esperto, quer manter uma “cunha” ou porta aberta para eventual entendimento com o União, e isso explica Gustavo Feliciano no cargo.

Ops, deu errado

Sabino, que se acha esperto, imaginou que o cargo de ministro garantiria sua eleição ao Senado, sem contar holofotes, jatinhos e demais regalias.

E olhe lá

Sem espaço no MDB para disputar a Casa Alta, Sabino precisa de um partido, nem que seja “de aluguel”. O demitido tenta o Republicanos.

Lula volta a terceirizar culpa por fiasco em pesquisa

Pesquisa Genial/Quaest desta semana reforçou o discurso de Lula, na reunião ministerial de ontem (17), apertando os ministros para trombetear as ações de cada pasta. Os números da pesquisa surpreenderam, já que não foram capturados pelo tracking do governo, que são pesquisas diárias para monitoramento de diversos temas, como eleição. A comunicação de Lula esperava desempenho mais raquítico de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), indicado pelo pai para enfrentar o petista em 2026.

Sobrou pra geral

A pesquisa aponta que as pessoas estão achando mais difícil achar emprego. Lula acha que é culpa dos ministros da Fazenda e do Trabalho.

Santo Sidônio

O petista quer que Sidônio Palmeira, ministro da propaganda, entregue resultados. O presidente estacionou e não consegue subir a aprovação.

Arsenal

Para 2026, a encomenda de Lula é focar em colher dividendos do “pé de meia”, “Gás do Povo” e o aumento da isenção do imposto de renda.

Velha desculpa

O projeto da dosimetria contou com voto do PT, na aprovação de goleada na CCJ (17 a 7): Fabiano Contarato (ES). O senador recorreu a expediente conhecido de petistas nessas situações, diz que se enganou.

Voto pronto

Teve motivo o atraso de Flávio Bolsonaro (PL-SP) com empresários, em São Paulo, ontem. O pré-candidato a Presidência da República estava a postos para votar no projeto da dosimetria, em tramitação no Senado.

Enxotou

Após Lula constatar que Celso Sabino de pouco servia sem um partido, portanto, sem votos no Congresso, levou menos de 10 dias para se livrar do agora ex-ministro após Sabino ser expulso do União Brasil.

Diga X

No dia da expiação de Celso Sabino, Lula convocou e fez o então ministro posar para a “foto família” da reunião ministerial de ontem (17). Poucas horas depois, demitiu o auxiliar.

Passe o cartão

O Congresso fez a boa com Lula e autorizou o governo federal a contratar em empréstimos internacionais algo perto de R$1,3 bilhão. A grana seria para bancar internet em pequenos municípios.

Lobo solitário

Otto Alencar (PSD-BA) se pegou sozinho na CCJ ao falar sobre o projeto da dosimetria. Não tinha única alma viva da liderança do governo para defender o tema. Daí encurtou o pedido de vistas para poucas horas.

Depende dele

Presidente do Progressistas, Ciro Nogueira não fecha as portas para apoiar candidatura de Flávio Bolsonaro (PL) ao Planalto. Diz que conversa com o senador e que depende dele desenrolar a campanha.

Atropelo supremo

“O STF passa mais uma vez por cima do Congresso”, conclui a deputada Caroline de Toni (PL-SC) após o Supremo Tribunal Federal formar maioria para derrubar o Marco Temporal.

Pergunta no Pará

A demissão de Celso Sabino foi castigo ou presente?

PODER SEM PUDOR

Cláudio Humberto

Líder peso pesado

Velhos amigos do ex-deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), que foi líder do governo Lula na Câmara, sempre se divertem recordando um inesquecível feriadão em uma fazenda em Santo Antônio de Jesus, quando a turma estudava de Medicina da Universidade Federal da Bahia. Na primeira noite, a cama não suportou o peso do então gordíssimo Vaccarezza, que foi ao chão. E dormiu por lá mesmo, até porque não havia outra cama. No dia seguinte, o amigo anfitrião o levou para casa de praia da família, em Itaparica. De novo, a cama não suportou o peso. Pela segunda vez dormiu no chão. No domingo, já em Salvador, ainda na casa do amigo, durante madrugada ouviu-se um estrondo. Era a cama de Vacarrezza, que, ruiu. Aturdido, o amigo foi levá-lo em sua própria casa temendo as reclamações da mãe, diante do prejuízo de três camas quebradas num único fim de semana.

Giba Um

"Não é mais possível discursos de atenuante em penas aplicadas depois do processo legal, depois...

...de ampla possibilidade de defesa. Isso seria um recado à sociedade de que o Brasil tolera ou tolerará novos flertes contra a democracia", de Alexandre de Moraes (STF), contra o PL da Dosimetria

18/12/2025 06h00

Giba Um

Giba Um Foto: Reprodução

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Ninguém aguenta: interlocutores de Lula voltaram a defender o nome de Josué Gomes, filho do ex-vice presidente José Alencar e ex-Fiesp, como vice em 2026. Acham que seria uma forma da chapa agradar o mercado, mas não conseguem alinhar os motivos.

MAIS: Josué está às voltas com recuperação judicial da Coteminas e não tem programação de recursos para apresentar. Vice-presidência é no que ele menos pensa, hoje em dia. E Geraldo Alckmin tem sido um vice mais do que valioso para a gestão Lula.

Giba Um

Algo visceral

A cantora italiana Laura Pausini, está entrando numa nova fase de sua carreira. Esta semana anunciou que está em preparação de seu novo álbum “Io Canto / Yo Canto 2“. Que dará continuidade ao disco “Io Canto / Yo Canto 1”, de 2006, ou seja, vinte anos depois. Neste novo álbum além de homenagem a outros cantores italianos ela também reinterpretará sucessos de Madonna, Shakira, Bad Bunny Gloria Estefan, Ricky Martin, e de brasileiros como Ana Carolina e Tribalistas.  Vencedora do prêmio Bazaar Mulheres do Ano - Reconhecimento da revista Haper’s Bazaar Espanha ela contou que também está dando uma pausa nas redes sociais que faz parte de um processo de recuperação do bem-estar emocional. Em entrevista ela contou que suas composições vão algo além das letras, são profundas. “Todas as letras são sobre mim: a maioria trata de coisas que vivi, e outras, misteriosamente, acabam se tornando realidade em um ou dois anos. Só que mais do que isso elas precisam me fazer sentir algo visceral. Se não me 'tocarem', nunca se tornarão um dos meus singles, e talvez eu nunca as lance”. Ainda ela contou como é sua relação com a moda e  como foi a relação com um dos principais ícones da moda: Giorgio Armani (falecido este ano). "Até os 18 anos, meus pais não me deixavam sair à noite, então eu passava horas cantando em casa, recortando figuras das revistas da minha mãe ou desenhando vestidos... Depois de ganhar o Festival de Sanremo, a marca Byblos começou a me vestir, mas o ponto de virada aconteceu quando recebi um telefonema pessoal de Giorgio Armani. 'Gostaria de te conhecer e conversar', disse ele. E foi brutalmente honesto. Confessou que normalmente não desenhava para corpos curvilíneos como o meu, mas que, se eu quisesse, poderia me ensinar a me sentir confortável e bonita enquanto cantava. Durante 15 anos, ele me vestiu em turnê”.

Leilões ferroviários ameaçam descarrilar

Aos olhos dos investidores, o cronograma de concessões ferroviárias do governo Lula para 2026, apresentado no fim de novembro, desponta como uma peça de ficção. Dirigentes das principais empresas do setor - a exemplo de Vale, VLI, Rumo - classificam o plano como impossível de ser executado, seja pelo tamanho do pacote anunciado, seja pelo reduzido volume de recursos públicos colocados à disposição. O ministro Renan Filho (Transportes) promete realizar oito leilões de ferrovias em um único ano, com investimentos totais da ordem de R$ 140 bilhões. Os mais irônicos já dizem que é trilho demais para quem se notabiliza por colocar trilhos de menos. Nos três primeiros anos do mandato de Lula, nenhum leilão ferroviário foi realizado. Ao mesmo tempo, a leitura entre os grandes operadores do modal no país é que não há funding suficiente para uma leva de projetos como essa ser leiloada em um espaço tão curto de tempo. O governo se compromete a aportar cerca de 20% do total de investimentos previstos, perto de R$ 28 bilhões. Esses recursos sairiam do orçamento das PPPs, notadamente.

Ameaçam descarrilar 2

Mais: o modelo apresentado não agrada aos investidores, devido às amarras impostas pelo Ministério dos Transportes. Uma parcela expressiva diz respeito a dinheiro carimbado, ou seja, que só poderá ser usado para aportes em bens reversíveis, ativos que voltam para a União em caso de encerramento da concessão trilhos, pátios, túneis, viadutos. Os investidores condicionam a participação nos leilões, por exemplo, ao apoio do BNDES, tanto por crédito direto quanto com a garantia de compra de debêntures incentivadas.

Giba Um

Dando o que falar

A atriz Bruna Marquezine é um dos assuntos mais comentados da internet nestes dias. Tudo por conta de um suposto romance com cantor canadense Shawn Mendes. O cantor tem em sua lista de conquistas outras famosas como Camila Cabello, Sabrina Carpenter e Hailey Bieber. O suposto namoro já ganhou até a imprensa internacional. Mas na vida profissional Bruna Marquezine também é motivo de destaque: acaba de se tornar embaixadora  no Brasil da Kérastase, marca da divisão de produtos profissionais do Grupo L’Oréal. Sobre esta fase foi direta: “Sinto que estou em uma fase muito consciente, mais madura, mas ainda curiosa e aberta a novas experiências. Essa parceria chega num momento em que valorizo cada vez mais o cuidado, o tempo para mim, o que é real”. E de quebra Bruna também é o rosto da campanha de verão e festas de final de ano da Hering. Aliás, na campanha de final de ano divide cena e até vocal com nada menos do  que com o cantor Seu Jorge.

Giba Um

Ameaçam descarrilar 3

Ferrovia não tem sido o forte deste governo. Além da ausência de leilões, a gestão Lula não vem conseguindo sequer destravar a renegociação de concessões já existentes. É o caso da repactuação dos contratos das ferrovias Vitória-Minas e Carajás com a Vale. O mesmo se aplica à Malha Oeste e à Malha Sul, ambas da Rumo Logística. De todas, a que estaria um pouco mais avançada - ou talvez seja melhor dizer menos atrasada - seria a renegociação da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), com a VLI.

STF: crise interna

A articulação do presidente do STF, Edson Fachin, para criar um código de conduta para ministros dos tribunais superiores acabou gerando um grande mal-estar entre integrantes da Alta Corte. A discussão chega a ser classificada como a primeira grande crise de Fachin no comando do Supremo. Ministros acham que a criação do conjunto de regras deve ficar em compasso de espera até que o clima melhore (a inspiração virá do código de conduta do Judiciário alemão). Uma ala do STF lembra que o momento não é bom porque o Senado analisa uma atualização da Lei do Impeachment, que coincide com pedidos de afastamento de integrante da Alta Corte.

Pérola

"Não é mais possível discursos de atenuante em penas aplicadas depois do processo legal, depois de ampla possibilidade de defesa. Isso seria um recado à sociedade de que o Brasil tolera ou tolerará novos flertes contra a democracia",

de Alexandre de Moraes (STF), contra o PL da Dosimetria.

Efeito Bolsonaro 1

Indicado há poucos dias pelo ex-presidente Jair Bolsonaro como seu sucessor nas eleições de 2026, o senador Flávio Bolsonaro (PL) ultrapassou os demais pré-candidatos ao Planalto que disputam o espólio de seu pai na corrida à Presidência -só que tem a rejeição como seu desafio. São dados da pesquisa Genial/Quaest, a primeira a medir o desempenho de Flávio desde o anúncio - sujeito a contradições e suspeitas. Se o pleito fosse hoje, Flávio tiraria do segundo turno Tarcísio de Freitas, nome preferido pelo Centrão, parte da oposição, do agronegócio e de um bloco de governadores.

Efeito Bolsonaro 2

O senador Flávio Bolsonaro, que aparece bem-posicionado no levantamento tem dificuldade em unificar a oposição e corre o risco, segundo analistas, de não atrair o apoio de legendas como PP, União Brasil, Republicanos e PSD. O grupo tenta reverter o apoio de Bolsonaro ao filho. O próprio Flávio já deu indiretas de que pode abandonar o projeto político e afirmou que sua eventual desistência teria "um preço" (anistia para o pai). Depois, mudou e disse que sua candidatura é "irreversível". Agora, está mais do que entusiasmado.

Extradição de Lulinha

Os pedidos de extradição ao governo da Espanha contra Fábio Luís, o "Lulinha", dormem na gaveta de Hugo Motta, presidente da Câmara, a quem cabe encaminhá-los à PGR. O filho de Lula é acusado de receber de Antônio Camilo Antunes, o "Careca do INSS", R$ 25 milhões e mesada de R$ 300 mil mensais, segundo depoimento à PF do ex-braço direito do "Careca", Edson Claro, citado na CPMI do INSS. O deputado Evair de Melo (PP-ES) foi um dos autores do pedido ao governo espanhol e aguarda despacho de Motta pedindo que a PF "investigue o filho de Lula".

Dados protegidos

O deputado Alfredo Gaspar (União-AL), relator da CPMI do roubo a aposentados e pensionistas do INSS, reagiu estarrecido a decisão do ministro Dias Toffoli de proibir o acesso da comissão aos dados da quebra de sigilo bancário, fiscal e telemático de Daniel Vorcaro e de outros diretores do Banco Master presos na Operação Compliance Zero da PF. "Investigar poderosos neste país é praticamente impossível". Ele admite não ver "luz no fim do túnel" e acrescenta: “É uma pena termos chegado a esse estágio. O Brasil, cada vez mais, se afasta da democracia".

Ministério da Segurança

O governo Lula vem discutindo internamente a viabilidade de criar o Ministério da Segurança Pública no ano que vem. É uma proposta de campanha e a implantação da pasta seria uma forma de dar resposta para a população em um dos temas em que a gestão petista é mais mal avaliada. Algumas figuras do primeiro escalão dizem que o martelo já foi batido. Outros afirmam que ainda não há uma definição por parte de Lula. E terceiros acham que, embora necessário, o Ministério da Segurança Pública teria pouco tempo para apresentar resultados até as eleições de outubro de 2026.

Para guardar

Para quem quer guardar para futuras comparações: na pesquisa Genial/Quaest, em seis cenários do primeiro turno, Lula aparece na liderança com percentuais entre 34% e 41% (dependendo dos candidatos). Flavio aparece em todos os cenários em segundo lugar com intenções de votos entre 21% 27%. No segundo turno, Lula bate seis candidatos.  incluindo Flávio, com distância de 10% (46% a 36%). Os demais ficam na média de 33%. Olho vivo.

Mistura Fina

A polarização política no país é assunto há mais de uma década, mas que tipo de sentimentos ela desperta atualmente no brasileiro? Uma pergunta inédita feita na última pesquisa Ipsos-Ipec quis quantificar esse sentimento. Os três primeiros foram: tristeza (19%), cansaço (17%) e medo (16%). A pesquisa foi feita entre 4 e 8 de dezembro com 2.000 pessoas de 131 municípios de todo o Brasil.

O presidente da Câmara, Hugo Motta, está avisando que não pretende levar a plenário o pedido de perda de mandato do deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), condenado pelo STF por envolvimento na trama golpista. A situação será resolvida diretamente pela Mesa Diretora da Casa, nos moldes do entendimento adotado pelo Supremo no caso da agora ex-deputada Carla Zambelli (PL-SP). E a Mesa Diretora também deverá avançar sobre a situação do deputado Eduardo Bolsonaro.

A venda da Medley, braço de medicamentos genéricos da francesa Sanofi, virou um leilão. Já se fala até na possibilidade de uma segunda rodada de propostas nesse autêntico "quem dá mais?" A Sanofi recebeu ofertas da EMS, Hypera, Ache, Cimed, União Química e da indiana Torrent. No mercado, fala-se que a Sanofi e a Lazard, assessor da operação, já movimentam uma  lista mais enxuta, que não se baseia apenas nos valores apresentados. A capacidade efetiva de fechamento de transação é vista pelos franceses como uma variável relevante, que pode fazer a diferença.

A EMS e a Hypera trabalham com estruturas baseadas majoritariamente em recursos próprios e endividamento local. Outros concorrentes, como a Cimed e a União Química, estariam na dependência de aportes de fundos internacionais. A Cimed já tem um parceiro dentro de casa: o GIC, fundo soberano de Cingapura, acionista minoritário de laboratório, enquanto a União Química tem mantido conversas com fundos de private equity. A Cimed está disposta até vender uma participação na companhia como forma de garantir o funding necessário para a aquisição da Medley.

In – Drinque final de ano: Coconut Fizz
Out – Drinque final de ano: Frozen Margarita

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