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Quando a falta de inteligência emocional dos líderes custa o talento da equipe

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A inteligência emocional é uma habilidade cada vez mais valorizada no ambiente de trabalho, mas, curiosamente, ainda é rara entre muitos líderes.

Muitas vezes, chefes que deveriam ser exemplos de controle emocional e empatia acabam se tornando uma fonte de insatisfação entre seus liderados.

Eu vejo essa situação com preocupação, pois sei que a incapacidade de lidar bem com emoções e relacionamentos pode afetar negativamente não apenas o clima organizacional, mas também o desempenho de toda a equipe.

O que mais me chama atenção é como essa questão é difícil de ser resolvida. Gestores que não conseguem lidar bem com suas emoções geralmente têm dificuldade de aceitar feedbacks e, por isso, permanecem estagnados.

Essa falta de gestão emocional pode ser um dos principais motivos que levam profissionais a pedirem demissão. Afinal, quem quer trabalhar sob a liderança de alguém que explode a cada desafio ou que centraliza tudo em si mesmo?

É importante lembrar que a inteligência emocional não é uma competência que só os chefes precisam desenvolver. Todos nós, independentemente da posição que ocupamos, precisamos aprender a lidar com nossas emoções, especialmente em momentos de crise.

Mas para quem lidera, o desafio é ainda maior.

Um líder precisa tomar decisões sob pressão, administrar diferentes personalidades e investir em relacionamentos estratégicos – e tudo isso fica praticamente impossível se ele não tiver um mínimo de controle emocional.

A falta dessa habilidade não afeta apenas o líder em si, mas também toda a equipe que depende dele.

Em muitos casos, como eu mesmo já presenciei em minhas experiências no mercado, um líder emocionalmente despreparado pode até mesmo prejudicar a carreira dos seus liderados.

Quando o comportamento do chefe é instável, a equipe sofre com a falta de direção e motivação, o que acaba comprometendo o crescimento individual e coletivo.

Neste momento me vem à mente alguns líderes que conheci com esse perfil, e fica claro o quanto eles foram importantes para a minha evolução e crescimento.

Se não fosse pela falta de equilíbrio deles eu não teria pedido demissão e evoluído! Fica aqui o meu agradecimento.

Um dos sinais mais claros de que um gestor precisa desenvolver sua inteligência emocional é a incapacidade de perceber o impacto de suas palavras e atitudes.

Se o chefe faz comentários grosseiros e nem percebe o desconforto da equipe, isso revela uma total falta de autopercepção – um dos pilares dessa competência.

Para mim, esse tipo de comportamento é um grande alerta de que algo precisa ser mudado urgentemente. Além disso, líderes com pouca inteligência emocional tendem a ser centralizadores e individualistas.

Eles não conseguem delegar, preferem assumir todo o crédito pelas conquistas e falham em criar uma cultura de colaboração.

Vitórias coletivas são fundamentais para fortalecer os vínculos entre as pessoas, e isso só é possível quando o líder entende que o sucesso de todos é mais importante do que o seu próprio.

 

Cláudio Humberto

"Liberdade de expressão só vai até a página 2"

11/10/2024 08h00

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Liberdade de expressão só vai até a página 2”

Deputado Alberto Fraga (PL-DF) sobre antigo direito de livre manifestação no Brasil

 

Poluição cresceu no Brasil sob Lula, aponta UE

Relatório do principal órgão da União Europeia encarregado dos dados sobre a emissão de gases de efeito estufa (GHG) aponta crescimento na poluição no Brasil entre 2022, último ano do governo Bolsonaro, e 2023, primeiro ano de Lula (PT), Marina Silva e cia. Segundo o relatório 2024 da Base de Dados de Emissões para Pesquisas Atmosféricas Globais (EDGAR em inglês), entre os grandes poluidores, apenas China, Índia, Rússia e Brasil aumentaram suas emissões em comparação a 2022.

 

Pouco é muito

O Brasil emitiu 1,7 milhão de toneladas de CO2 (ou gases GHG equivalentes) a mais em 2023, em relação a 2022, crescimento de 0,1%.

 

Proporção ruim

A China é, de longe, o país que mais polui: emitiu 30,1% de todos os gases de efeito estufa do mundo, no ano (+5,2% só em 2023).

 

Proporção de sempre

Entre os grandes, o Brasil é o país que menos polui: é responsável por só 2,5% do total de emissões totais. Indonésia responde por 2,3%.

 

Ricos poluem menos

Estados Unidos (-1,4%) e União Europeia, sem o Reino Unido (-7,5%), poluíram menos em 2023 ante 2022 e são 2º e 3º maiores poluidores.

 

PT paga R$10,3 milhões a empresa de petista

Uma das empresas que mais faturaram nas eleições é a Urissanê: R$13,5 milhões por serviços sobretudo a petistas. É administrada por Otavio Augusto da Silva, que entre 2005 e 2016 ocupou boquinhas do PT na Alesp, a Assembleia paulista. Em 2004, ele tentou ser vereador de Campinas (SP), sem sucesso. À época, não declarou bens. A Urissanê confirma que o sócio é filiado ao PT, diz ser especializada em marketing eleitoral e atribui os milhões a “reconhecimento profissional”. Ah, bom.

 

Boquinha generosa

A vida melhorou nos gabinetes petistas. O último salário, em 2016, como assessor da liderança, era uma beleza: R$17,5 mil.

 

Conta conjunta

Dos R$13,5 milhões recebidos, R$10,3 milhões foram de campanhas petistas. De campanha do PDT, aliado do PT, outros R$972 mil.

 

Minas de ouro

Foram R$3,99 milhões do PT nacional e mais R$5,43 milhões de Rogério Correia (BH) Maria do Rosário (Porto Alegre) e Dandara (Uberlândia).

 

Suprema boca de fumo

A prisão em Brasília de traficantes acusados de fornecer drogas a vários dos seus servidores, impõe ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma boa explicação aos que o sustentam. É espantoso, decepcionante, constrangedor. Porém, silenciar tem sido o verbo mais conjugado por ali.

 

Marçal descartado

O Datafolha (SP-04306-24) dá boa condição para Ricardo Nunes (MDB) não fazer mesmo questão de Pablo Marçal (PRTB) no palanque pela Prefeitura de São Paulo, Nunes deve herdar 84% dos votos de Marçal.

 

Derrota anunciada

O clima de velório e a procura de “explicações” ignoram que o Paraná Pesquisas, apontando Ricardo Nunes com 13,8 pontos de vantagem sobre Boulos, e o Datafolha, 22 pontos, fazem essa previsão há um ano.

 

Brasil bizarro

A Quaest recorre a uma alegação bizarra para negar que tenha errado, ao prever vitória de Boulos no 1º turno. Diz ser mais importante acertar a diferença de votos que o vencedor, Ricardo Nunes, como cravou o Paraná Pesquisas. É “pesquisa ponta-cabeça”: perde quem vence.

 

Xô, censura

Agora que podem acessar o X outra vez, os defensores da censura e os que a consideram “rede tóxica”, incluindo ministros do STF, deveriam ter a dignidade e a coerência de encerrar suas contas e vazar.

 

O choro é livre

Autor do projeto que limita os poderes de ministros do STF, o deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) diz que não se comove com reclamações dos magistrados pelo avanço do projeto e recomenda “chora mais, STF”.

 

Que sorte

Chamou atenção a presença do futuro presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, na comitiva de Lula na viagem ao México, que ficou famosa pelo problema no avião que rendeu 5h de voos em círculos.

 

Nova indústria

A cidade de Nova York planeja alugar 14 mil quartos de hotéis para acomodar imigrantes em 2025. Apenas este ano, a cidade destinou mais de US$2 (R$11,2) bilhões a 150 hotéis com o mesmo propósito.

 

Pensando bem…

…agora, quem tem medo de avião é o pagador de impostos.

 

PODER SEM PUDOR

Sempre perto do poder

Político que se preza não perde procissão. Na Paraíba, o deputado Antônio Montenegro, obediente à regra, esteve certa vez na procissão de Santo Antônio, em Piancó. Aproximou-se para ajudar a carregar o andor, mas os quatro lugares já estavam ocupados, um deles pelo senador Rui Carneiro, do MDB. Montenegro puxou o padre num canto e apelou: “Reverendo, eu queria pelo menos que o senhor deixasse eu ir perto da banda de música. Longe do poder é que não posso ficar...”

ARTIGO

Receita Federal "paz e amor" precisa encontrar eco na realidade

Receita Funciona é um programa voltado ao diálogo entre a Receita Federal do Brasil (RFB) e a sociedade civil, representada por entidades de classes de âmbito nacional

11/10/2024 07h11

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O Receita Funciona é um programa voltado ao diálogo entre a Receita Federal do Brasil (RFB) e a sociedade civil, representada por entidades de classes de âmbito nacional, como centrais sindicais, confederações nacionais e representativas de categorias econômicas.

A intenção é louvável, pois, em regra, as relações entre o Fisco e os contribuintes não é das mais amistosas, de modo que a proposta tente a trazer ambas as partes para a mesa, a fim de discutirem questões relevantes e – quem sabe – construírem em cooperação soluções inovadoras, mais justas e adequadas no que se refere à conformidade fiscal.

É evidente que quando a resposta é dada “de cima para baixo”, essas tendem a ser mais difíceis de serem vistas com bons olhos.

Porém, se construídas democraticamente – ao menos é essa a nossa visão acerca do projeto –, elas são mais propensas a serem aceitas e cumpridas. Porém, como sempre, nem todos os temas poderão ser submetidos ao Receita Funciona.

Segundo o art. 6º da Portaria RFB nº 466/2024, não serão abrangidos pelo projeto: matérias para as quais haja trâmite processual específico; arguição de constitucionalidade de lei ou tratado; solicitação de informações que podem ser obtidas por meio da Lei nº 12.527/2011 (Lei de Acesso à Informação); atendimento e andamento processual relativos a contribuintes específicos; e denúncias.

Enfim, o programa busca tratar especificamente a respeito das dificuldades que os contribuintes têm de se adequarem às exigências tributárias e aduaneiras, com a participação ativa desses.

Os que estiverem interessados em realizar essa tratativa devem realizar o protocolo do requerimento perante o site servicos.receitafederal.gov.br.

Para além disso, outra proposta que segue a mesma linha do diálogo é a tratada na Portaria RFB nº 467/2024.

Nela, a Receita, buscando evitar conflitos entre si e os contribuintes, institui o Procedimento de Consensualidade Fiscal – Receita de Consenso no âmbito da Secretaria Especial da RFB.

O foco desse programa é a composição consensual de conflitos entre o Fisco e os contribuintes que possam advir da qualificação de fatos tributários e aduaneiros.

Instituiu-se o Centro de Prevenção e Soluções de Conflitos Tributários e Aduaneiros (Cecat), que deverá ser composto, preferencialmente, por indivíduos com capacitação específica para o exercício das atividades e que serão escolhidos a partir de processo seletivo.

A busca, portanto, será capacitar o Cecat com servidores que tenham credenciamento para atuarem com técnicas de consensualidade, buscando solucionar controvérsias de qualificação de fatos diretamente com os contribuintes e, com isso, evitar – ou até mesmo extinguir – processos administrativos e/ou judiciais.

É importante ressaltar que o Receita de Consenso não discutirá demandas com indícios de sonegação, fraude ou conluio; crimes contra a ordem tributária; crimes de descaminho ou contrabando; infrações puníveis com pena de perdimento; e questões que tratem de fatos geradores cujo prazo de decadência para o lançamento do crédito tributário seja inferior a 360 dias, contados da data do requerimento para instauração do procedimento no programa.

Ressalta-se, ainda, que a concordância com o Termo de Consensualidade – documento final para dirimir a discussão – resultará no compromisso de adoção, por todas as partes envolvidas, da solução nele contida e, mais importante ainda, da renúncia ao contencioso administrativo e judicial na parte consensuada.

Entretanto, a RFB está empenhada no espírito consensual, o que não é lá muito comum para órgãos de Estado.

Se não for esse o espírito do Fisco, os projetos tendem a simplesmente serem inócuos, principalmente em decorrência das graves crises que têm sufocado os pagadores de impostos no País.

Outro ponto de indiscutível importância para o sucesso da proposta consensual é que o Estado “renuncie” a uma de suas blindagens mais características e abusivamente utilizadas para fugir de soluções conciliatórias: a indisponibilidade e supremacia do interesse público.

Até mesmo porque não haverá consenso se a negociação parte do princípio de que um ponto de vista deve prevalecer.

Na verdade, não se trata de renunciar o irrenunciável, mas adequá-lo à finalidade compositiva das normas citadas acima.

É preciso que o Estado brasileiro se posicione com real interesse na composição amigável e consensual, e não se utilize de subterfúgios para atrasar discussões administrativas e/ou judiciais legítimas dos contribuintes, ou, ainda, violando o princípio da boa-fé.

Construir por meio de instrumentos legais uma narrativa de Receita Federal “paz e amor” que não encontra eco na realidade não é suficiente para quem tem pesadas obrigações tributárias a cumprir para prover a União.

 

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