A primeira-dama Janja, foi a autora de ordens para troca de funcionários no Alvorada. Pediu ao ministro Gonçalves Dias, do GSI, para substituir a equipe de militares que servia à família Bolsonaro em serviços domésticos e de apoio.
Mais: ela não admite conviver com quem atendia o ex-presidente e tem receio até dos militares que preparam a comida no Alvorada. Bolsonaro, ele substituiu todos os civis que prestavam apoio no Alvorada (secretários, cozinheiros) por militares.
In – Orquídeas em vasos de barro
Out – Orquídeas em vaso de cerâmica
Generosidade
O escândalo da Americanas revela também o excesso de generosidade do BNDES, entre 2002 e 2018, para a companhia de Jorge Paulo Leman, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles.
No período, o banco liberou para a Americanas R$ 5,52 bilhões em 12 operações de empréstimo. No mesmo período, Carrefour, Pão de Açúcar, Magazine Luiza e Via Varejo, somadas, receberam um total de R$ 2,59 bilhões.
Quem chegou mais perto da Americanas, foi o Carrefour com R$ 1,19 bilhão, seguido pelo Pão de Açúcar (R$ 1,01 bilhão), Magazine Luiza (R$ 201,6 milhões) e Via Varejo (R$ 91,5 milhões).
Consultoria
A Americanas contratou a Alvarez & Marsal, com sede nos Estados Unidos especialista em gestão de empresas com graves problemas financeiros, que já trabalhou em reestruturação das varejistas cariocas Leader e Casa & Vídeo. As duas enfrentam processos de recuperação judicial.
A consultoria também foi administradora da recuperação judicial da Odebrecht e teve, posteriormente, o ex-juiz Sérgio Moro entre seus quadros. A contratação de Moro foi alvo de investigação pelo TCU por conflito de interesse.
Outras dívidas
A Americanas também tem dívidas tributárias com o governo federal e com os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro, que somam cerca de R$ 1,8 bilhão. A dívida fiscal não é incluída no plano de recuperação judicial.
No plano, a empresa deve demonstrar ter capacidade de honrar esse passivo e, se aprovado, tem várias maneiras de abater seus débitos com o Fisco. Até mesmo parcelar em 145 vezes e reduzir em até 70% algumas multas, cumprido alguns requisitos.
Golpe de Estado
Depois de passar muito tempo distante de Dilma Rousseff e até de ter comentado publicamente o desastre que foi o segundo mandato dela na Presidência, Lula agora resolveu repetir o que dizem comunicados oficiais do PT.
Esta semana, em Buenos Aires, na presença de Alberto Fernández e Evo Morales, resolveu dizer que “depois de um momento auspicioso quando governamos, houve um golpe de Estado no Brasil” (referindo-se à queda de Dilma), o que não é verdade. A única coisa fora da legalidade foi a posição inédita de Ricardo Lewandowski (STF) evitando a perda de direitos políticos da então presidente.
Duas vezes
A postura de Lula conseguiu irritar ainda mais o ex-presidente Michel Temer, que repudia essa versão de “golpe de Estado” e até tratará de falar sobre isso na próxima Conferência do Lide, em Lisboa, dias 3 e 4 de fevereiro. Temer é um dos convidados. Mais: entre seus amigos mais chegados – e também que não suportam Dilma – corre uma piada que conta que “ela conseguiu ser cassada duas vezes”. Uma pelos caminhos legais dos Poderes constitucionais; e a segunda, quando candidata ao Senado por Minas Gerais, foi cassada pelo eleitor mineiro nas urnas.

A cara de São Paulo
No último dia 25 a cidade de São Paulo comemorou 469 anos. E para festejar a data o município ganhou uma exposição batizada de “A Cara de São Paulo”, no Shopping Cidade São Paulo, que fica na Avenida Paulista.
A curadoria da exposição é da apresentadora Ana Maria Braga e do maestro João Carlos Martins. Já é a terceira edição com 27 personalidades, nascidas ou não na capital, dando seu testemunho de amor à cidade num vídeo que integra a mostra.
Entre os fotografados por Catarina Machado e José Barbosa (escolhidos nas redes sociais) estão Projota, Regina Volpato; Marcelo Tas, Ala Szerman, Rodrigo Bocardi entre outros.
A exposição fica até o dia 15 de fevereiro e é gratuita. Entre os presentes na inauguração da mostra estavam, da primeira foto a esquerda para direita, Laura Cardoso e João Carlos Martins, Gloria Vanique (uma das fotografadas), Ronnie Von (que também está na exposição ao lado da esposa Kika), Ernesto Paglia e Sandra Annemberg (também personagens da exposição), entre outros.
Prevenir acidentes
Nos bondes de antigamente estava escrito nas costas dos bancos: “Prevenir acidentes é dever de todos”. As relações entre a Americanas e os bancos ficaram piores depois da carta publicada nos jornais pelo trio formado por Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.
A reação agora passa por medidas comerciais. Os bancos começaram a reduzir os limites de crédito de empresas nas quais os três empresários têm participação como Ambev, Kraft Heinz e Burguer King. Linhas que estão em uso pelas companhias serão mantidas, mas a ideia é que não sejam renovadas à medida que vencerem. Ao mesmo tempo, os limites disponíveis para as empresas estão sendo reduzidos, segundo executivos graduados do setor.
É para prevenir acidentes. Mais: entre os poderosos dos bancos credores da Americanas agora corre uma aposta sobre a participação de Sérgio Rial na história.
Quem cuidava do lucro artificial (atrasando pagamentos em 120 dias e escondendo os passivos das instituições), teria chamado Rial e combinado que, por não conseguir mais alavancar a situação, teria de vir à tona um grande problema. E Rial pegou o que nenhum analista “nos últimos 50 anos” pegou. Na opinião de um banqueiro, “Rial é gênio, mas não tanto” (e mais ainda em apenas uma semana).

A vida continua
A modelo e empresária Georgia May Jagger, 31 anos, é o rosto da nova campanha da grife alemã Aigner (fundada em 2008 com 80 lojas em 19 países). Segundo a estilista Cathy Kasterine a filha de Mick Jagger e Jerry Hall, representa uma nova geração mais jovem de personalidades internacionais e que apresenta os destaques da coleção em seu próprio estilo. Vale lembrar que Georgia passa por dificuldades financeiras com sua empresa de cuidados com a pele Catfish Soup, mas ela está convencida de que a marca irá dar lucro por isso continua a injetar sua herança, ou renda de sua carreira de modelo, na empresa. A dívida no final do ano passado era de £ 355.956, ou seja, cerca de R$ 2.240.280,28.
Terceiro round
Agora, PP e Republicanos estão apoiando o candidato do PL (e de Bolsonaro), Rogério Marinho (RN) para a presidência do Senado. Rodrigo Pacheco, atual presidente e candidato à reeleição, era o favorito.
A disputa já começou a ser chamada, embora Lula diga que não se mete nas eleições do Congresso, de terceiro round entre o presidente e Jair Bolsonaro. Detalhe: Marinho tem feito críticas ao STF, mas não se compromete com as reivindicações dos bolsonaristas de abertura de processo de impeachment contra ministros da Corte.

Bem distante
O governo de Lula procura um posto para Dilma Rousseff. A ex-presidente dizia que “bem distante” era melhor. Agora, recuou.
Seu nome foi aventado para comandar o NDB – Novo Banco de Desenvolvimento (ex-Brics), cuja sede fica em Xangai, na China. O presidente é o brasileiro Marcos Troyjo desde 2020 e Dilma achou que os escritórios ficam “longe demais”, ou seja, a 18 mil quilômetros de Brasília. Mais: a ex-presidente também pede um local onde não tenha “de ser sabatinada antes”.
Contra o garimpo
Futura presidente da Funai, a deputada indígena Joenia Wapichana (Rede-RR), está lembrando que se reuniu com o então vice-presidente e hoje senador Hamilton Mourão para relatar a situação do Território Indígena Yanomami, mas afirma que nada foi feito. Procurado, o próprio Mourão preferiu não comentar a situação. Segundo Joenia, primeira mulher indígena a assumir a Funai, houve uma desorientação da fundação no governo Bolsonaro. Agora, ela só pensa em ações para tirar o garimpo da reserva.
Almanaque
Em época em que se fala muito em golpe e apego ao poder, os mais veteranos lembram carta enviada por João Guimarães Rosa ao embaixador Azeredo da Silveira quando comentava o “tremendo agosto” de 1954 (quando Getúlio Vargas se suicidou) e diz que a população logo criou anedotas sobre a chegada do político no céu. Uma delas falava sobre o apego ao poder. “Getúlio pega um momento de descuido e senta-se na cadeira de São Pedro. Ao tentar tirá-lo, profere: “Daqui só saio vivo!”.
Mistura Fina
NA campanha de 2022, Lula, então candidato à Presidência, afirmou – e mais de uma vez – que nunca havia indicado “um amigo” para o Supremo Tribunal Federal. Era uma crítica a Jair Bolsonaro que nomeou o ex-ministro André Mendonça para a Alta Corte. Agora, o presidente terá de enfrentar a questão que imputou ao antecessor porque seu advogado pessoal (e genro de seu grande amigo Roberto Teixeira) Cristiano Zanin, desponta como potencial candidato.
MESMO antes de assumir formalmente a presidência da Petrobras, Jean Paul Prates, já recebe pedidos de investimentos de antigos colegas do Parlamento. A bancada do Sergipe, com o senador petista Rogério Carvalho à frente, quer que a estatal antecipe investimentos em exploração e produção de gás na costa do estado. Pelo cronograma atual, o Projeto Sergipe Águas Profundas prevê desembolso de US$ 2 bilhões só a partir de 2027.
O NOVO governo quer formar uma Guarda Nacional para substituir a Força Nacional, mecanismo pelo qual, mediante convocação, policiais e integrantes das Forças Armadas se unem para tarefas específicas. A Guarda Nacional será permanente, composta a partir de concurso público e destinada a proteger a segurança dos prédios públicos, terras indígenas, reservas ambientais e fronteiras. A dúvida é quanto ao caráter da Guarda, se civil ou militar. Caberá ao próprio Lula decidir.
O PL acorda e dorme pensando em atacar o governo Lula. Agora, almeja presidir alguns comitês para confrontar novos parlamentares ex-ministros bolsonaristas com também novos ministros do governo. Seria o caso de contrapor Ricardo Salles (SP) às políticas de Marina Silva (Meio Ambiente) e Mário Frias (SP) as de Margareth Menezes (Cultura). É questão de (pouco) tempo.
NOS últimos dias, o governo federal deu posse a 121 nomes considerados do segundo escalão. A maior parte já é conhecida e a lista aponta como se dá a organização da nova administração. Entre tantos, no Ministério dos Direitos Humanos, Symmy Larrat será secretária Nacional dos Direitos das pessoas LGBTQIA+ da pasta. Será a primeira travesti a ocupar o cargo.
A MINISTRA Nísia Trindade (Saúde) já teve mais um encontro com secretários estaduais da Saúde, durante a assembleia do Conass, conselho que reúne titulares das 27 secretarias e o Distrito Federal. Os secretários voltaram a reclamar dos últimos quatro anos, quando sofreram com a falta de diálogo com a Pasta (fora a troca constante de ministros). Deverão ser estabelecidas novas políticas públicas para a área, mais repasse de vacinas para a campanha nacional ainda nesse semestre e uma atualização da tabela do SUS.
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