Colunistas

Cláudio Humberto

"Temos que corrigir essa escorregada que o dólar deu"

Fernando Haddad (Fazenda) fingindo que a disparada do dólar é culpa dos outros

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Anac pressiona Correios após explosão em avião

Após a explosão em um avião com cargas dos Correios no início de novembro, no aeroporto de Guarulhos, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) endureceu a fiscalização contra a empresa e mandou ofício com proibição de envio de mala postal com conteúdo sigiloso. À coluna, a Anac afirmou que apura se os Correios aproveitaram do sigilo e descumpriram proibição para fazer o transporte de “artigos perigosos”. 

Nem aí

Os Correios faziam transporte aéreo de lítio pra cima e pra baixo à revelia da Anac, que proíbe este tipo de carga em aviões desde 2016.

Mando e desmando

O transporte ocorria graças a uma autorização assinada pelo presidente da empresa, Fabiano Silva dos Santos. Revogou 5 dias após a explosão.

Tudo estranho

Após a estranha autorização, o deputado Evair de Melo (PP-ES) cobrou que o ministro Juscelino Filho (Comunicações) dê explicações.

Tá no ofício

A proibição inicia no próximo mês. Dura até que os Correios “demonstre cumprimento pleno” do Regulamento Brasileiro da Aviação Civil”.

Incêndios na Amazônia cresceram 10% sob Lula 

Número de focos de incêndios na Amazônia cresceu ao menos 10,5% nos primeiros dois anos do governo Lula, em relação aos dois primeiros anos de Jair Bolsonaro. Dados do Deter, sistema de monitoramento por satélites do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre 2019 e 2020, a Amazônia Legal teve pouco mais de 420 mil focos de fogo. De 2023 a 2024, que ainda não acabou, disparou para mais de 464 mil. Queimada é técnica agrícola rudimentar; incêndio é fogo sem controle.

Recorde de fogo

O ano de 2024 registrou 274.481 focos de incêndio, maior número da série histórica do Deter/INPE.

Comparação

Em 2020, ano de maior destruição sob o governo Bolsonaro, foram mais de 222 mil focos de fogo na Amazônia. 

Em 2021, o menor

Em 2021 o Deter registrou o menor número incêndios dos últimos cinco anos: 184 mil.

Inclua-me fora

Haddad tentou se livrar de justificativas para o dólar nas alturas dizendo que não se vê candidato à presidência, em 2026. Pudera: o Datafolha mostrou que sua atuação como ministro é muito mal avaliada: 27%.

Humilhação

Mais ministro das Relações Exteriores do que o titular do cargo, Celso Amorim participou da reunião ministerial de fim de ano. Era o quinto a partir do presidente; Mauro Vieira, chanceler decorativo, era o 11º.

Duas conversas

Em vídeo com Gabriel Galípolo, Lula jurou respeitar a independência do Banco Central e tal, mas não desautoriza Gleisi Hoffmann (PT), relatora da PEC do Atraso, que pretende exatamente o fim da autonomia.

Visão otimista

A economista-chefe do banco BMG, Flávia Serrano, avalia que o cenário econômico se tornou menos incerto e mais adverso, exigindo postura mais restritiva de política monetária. Ela acha que em janeiro o Copom elevará a Selic até 14,75%, mas em maio encerrará o ciclo de aperto.

Triste balanço

Apesar de o Supremo Tribunal Federal ter aumentado em 19% o número de decisões, em 2024, foram monocráticas 44 mil do total. Decisões colegiadas, essência de um tribunal, foram apenas 10 mil.

Tal e qual

O economista Leandro Ruschel resgatou manchete de 2013 sobre o ditador venezuelano Nicolás Maduro que prometia combater a “guerra financeira” promovida por operadores e especuladores do mercado.

Cadê o dinheiro?

Ao apontar o rombo recorde nas contas públicas, com gastos fora do controle, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) indagou: “Lula gasta mais do que uma pandemia. Para onde vai tanto dinheiro?”.

Há 35 anos

Em 1989, há 35 anos, a reabertura do Portão de Brandemburgo encerrava de vez três décadas de divisão da Alemanha. Detalhe: com derrubada do Muro de Berlim, ninguém correu para o lado comunista.

Pensando bem...

...“artigo perigoso” às vezes é o chefe.

PODER SEM PUDOR

O animal e o periscópio

A polícia política de Felinto Muller, na ditadura de Getúlio Vargas, prendeu um suspeito de atuar no Partido Comunista. Levado aos porões do Dops, foi submetido a uma medonha sessão de tortura por um delegado. Horas depois, chegou Luís Glayssman, do serviço secreto: “Não adianta resistir: diga onde está o mimeógrafo!”, disse, referindo-se a um equipamento rudimentar, na época muito usado para imprimir panfletos. O preso respondeu: “Ah, o mimeógrafo? Está enterrado lá no fundo do quintal...” Glayssman gritou: “Por que não falou antes?” O ativista arrebentado apontou para o delegado: “É que esse animal passou o tempo todo perguntando onde estava o ‘periscópio’!”

Cláudio Humberto

"O governo [Lula] já deu o que tinha que dar"

Senador Ciro Nogueira (PP-PI) ao avaliar o governo Lula (PT) a investidores

04/04/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Empresa no Brasil envolve ex-ministro espanhol

A Polícia Federal investiga como uma empresa brasileira ligada ao ex-ministro do governo socialista da Espanha José Luis Ábalos tem um capital social de R$5,5 milhões, quase um milhão de euros, e mesmo assim mantém sua sede em um coworking, escritório compartilhado, em São Paulo. A PF investiga se Ábalos, que era o número dois do PSOE (Partido Socialista Obrero Espanhol), usou a Suro Capital no Brasil para lavar dinheiro desviado na compra de máscaras durante a pandemia.

 

De onde veio?

A Polícia Federal busca a origem do capital enviado ao Brasil pela empresa espanhola Suro Capital S/A, com CNPJ brasileiro.

 

Brasil-Espanha

A suspeita Promotoria Anticorrupção do Ministério Público da Espanha é que possa chegar a dois milhões de euros os valores lavados no Brasil.

 

Caso Koldo’

Há suspeita da participação de brasileiros no esquema, que explodiu há um ano quando Koldo Izaguirre, ex-assessor Ábalos, foi preso.

 

Sem resposta

A coluna procurou a Suro Capital no Brasil, mas não obteve resposta e o telefone disponível no site da empresa está “desconectado”.

 

Reprovação de Lula gera intriga entre ministros

A semana foi de climão no Palácio do Planalto com direito a indiretas e intrigas pelos corredores, tudo em razão das pesquisas, que dão na mesma: disparada na reprovação de Lula. Como Lula é especialista em terceirizar culpa, três ministros são candidatos a pai do fiasco: Rui Costa (Casa Civil), Sidônio Palmeira (Propaganda) e Fernando Haddad (Fazenda). O pano de fundo é a eleição de 2026, cresce a aposta que Lula pode não disputar a reeleição. Costa e Haddad sonham com a vaga.

 

Fundo da gaveta

Voltou a pesar sobre Rui Costa pressão para desenterrar o que o governo chama de “SUS da Segurança” e avançar com obras do PAC.

 

Lote na lua

Sidônio entra de gaiato na história. Vendido por Costa como milagreiro, há quase três meses no cargo, não alavancou a imagem de Lula.

 

É pura Malddad

A turma de Sidônio e Costa apontam pra Fazenda. Citam que a visão sobre a economia, que já teve 23% de “piorou”, marcou 56% na Quaest.

 

Poste no cachorro

Sérgio Moro (União-PR) vai se opor ao novo Código Eleitoral. O senador diz que o texto aumenta o prazo de inelegibilidade de policiais e juízes ao deixarem os cargos e, ao mesmo tempo, reduz o prazo de inelegibilidade de 8 anos para 0 de criminosos condenados após cumprirem as penas.

 

Grave ameaça

“Se o STF começa a usar processos como ferramenta para dobrar partidos ou líderes políticos, estamos diante de grave ameaça”, alertou o senador Eduardo Girão (Novo-CE).

 

Perdeu, mané

Foi Janones (Avante-MG) falar de Débora, que pichou com batom a estátua da Justiça, que o clima esquentou na Cãmara. Gilvan da Federal (PL-ES) admitiu que “teria prazer em dar uma surra” no “moleque”.

 

Paredão formado

A defesa dos acusados do suposto “golpe” se preocupa com os sinais do STF. Post de Gilmar Mendes fala em como a democracia sobreviveu à “derrocada”. Para a oposição, seria sua versão do “nós vencemos o bolsonarismo” de Barroso ou Dino chamando Bolsonaro de “demônio”.

 

2026 tá aí

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) lança hoje (4) a pré-candidatura para disputar a Presidência da República. Para alavancar o nome no Nordeste, o evento será em Salvador (BA).

 

Brasão cardiopata

Enroladíssimo no processo sobre a morte de Marielle Franco, Chiquinho Brasão (Sem partido-RJ) tenta deixar o xilindró. Diz a defesa que o deputado preso é cardiopata e corre o risco de morrer na cadeia.

 

Governo velho

Ciro Nogueira (PP-PI) vê o governo Lula reciclando ideia antiga com os mesmos programas sociais, mas chamando de “novo”. “É um governo velho”, diz o senador. “Ninguém diz que tem uma nova avó”.

 

Trumpaddad

O tarifaço do presidente Donald Trump atingiu em cheio sites chineses como Shein, Temu etc., onde americanos tinham isenção de impostos em compras de até US$800 (R$4,5 mil). Acabou a festa, como no Brasil.

 

Pensando bem...

...já nem precisa de pesquisa.

 

PODER SEM PUDOR

Cláudio Humberto

Quem tinha votos

O senador Dinarte Mariz relatoiu certa vez o episódio ao grande repórter Murilo Melo Filho. “O presidente Castelo Branco chamou-me ao Palácio das Laranjeiras para conversar sobre a sucessão no Rio Grande do Norte. Começou dizendo que quem realmente tinha votos lá no Estado era o meu adversário, Aluízio Alves. Ponderei-lhe: ‘Vossa Excelência me perdoe, mas, se o critério é este, quem devia estar aí no seu lugar era o Juscelino, que tem votos. Muitos, aliás.” Escapou de voz de prisão do marechal.

Cláudio Humberto

"Só vai piorar"

Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo, sobre queda na popularidade de Lula

03/04/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

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Quaest mostra que mexida na Secom foi inútil

Lula culpou a “comunicação” pelo próprio fiasco e substituiu o adulador Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação. O problema é que marqueteiro não faz milagres, como atestou a pesquisa Quaest divulgada ontem (2), sobre o fracasso das jogadas de Sidônio. Pior: a maioria acha que a comunicação continua a mesma, após a saída de Pimenta, e que essa área mais piorou do que melhorou. Não por acaso, petistas como Gleisi Hoffmann querem ver Sidônio pelas costas.

 

Queimando o filme

Sidônio fez Lula aparecer mais, porém, a Quaest mostra que piorou a percepção do presidente, que, a rigor, queima o filme do próprio governo.

 

Factóides vazios

O número deve ter um significado dramático para o marqueteiro Sidônio: apesar de tantos factóides, para 50% Lula “tem aparecido menos”.

 

Apoio irrelevante

Apesar do apoio da mídia ao governo petista, para 47% Sidônio não alterou a percepção de que predomina o noticiário negativo sobre Lula.

 

Redes sociais crescem

A pesquisa Quaest também mostra que a maioria dos brasileiros (44%) se informa pela TV, mas já são 34% os que preferem as redes sociais.

 

Adriana Ventura cobra: ‘cadê a grandeza do STF?’

A deputada Adriana Ventura (SP), líder do partido Novo na Câmara, defende que chegue ao fim a atuação política do Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista ao podcast Diário do Poder, a deputada defendeu o projeto de anistia aos condenados pelo 8 de janeiro, que apoia oficialmente, e conclamou: “pacificação é tudo que precisamos”. Adriana também criticou a falta de ação do Congresso diante de interferência do STF, como no caso das emendas parlamentares.

 

Mesmo padrão

Sobre o caso do novo rombo nos Correios, Adriana Ventura resumiu: “já vi esse filme antes, eu acho que existe um modus operandi”.

 

Nosso bolso sofre

“O Brasil joga dinheiro fora”, lamentou Ventura, que é autora de um projeto de lei que pretende acabar com supersalários no setor público.

 

Objetivo específico

Para a deputada, os supersalários são uma “barbaridade” e autoridades usam de subterfúgios para contornar ou mesmo ignorar o teto salarial.

 

Rei das desonerações

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, criticou ontem as desonerações fiscais, mas passou pano para a responsabilidade de Lula. Ele decretou 98 desonerações, contra 64 de Bolsonaro e 48 de FHC.

 

Manual de instruções

Os petistas devem estar insones após a pesquisa mostrando que 56% dos brasileiros rejeitam Lula. Mas ao menos o instituto Quaest fez uma gentileza ao governo, listando o que faz Lula derreter a cada dia.

 

Só subindo

Iniciativa do deputado Guto Zacarias (União-SP), o Janjômetro, que soma a gastança de Janja com o dinheiro público, atualizou em mais R$72,1 mil esta semana. São diárias de assessores pela viagem à Paris.

 

Motivos de sobra

Ricardo Nunes tem uma lista que explica reprovação de Lula. O prefeito de São Paulo diz que o petista só toma decisão ruim, cita como exemplo Gleisi Hoffmann na articulação política: “é uma pessoa muito rude”.

 

Direito negado

Deu ruim para o ex-deputado Daniel Silveira, que tinha oferta para trabalhar como auxiliar administrativo e até estagiário. Preso, teve pedido de flexibilização de pena negado por Alexandre de Moraes (STF).

 

Explica aí

Deve sobrar para Luiz Fernando Corrêa, diretor-geral da Abin, explicar a arapongagem contra o Paraguai. A Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência foi instalada e prepara convocação de Corrêa.

 

Cassação de barraqueiro

Avançou no Conselho de Ética representação contra Glauber Braga (Psol-RJ), que agrediu um cidadão da Câmara. O relator, deputado Paulo Magalhães (PSD-BA), pediu cassação do barraqueiro. Tic, tac, tic, tac...

 

Deu em nada

Morreu na praia o pedido petista de prisão preventiva contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. Foi só a imprensa vazar o pedido que a PGR andou com a resposta. Surpreendentemente, foi contra.

 

Pensando bem...

...o tarifaço de Trump ao menos trouxe uma novidade: Executivo e Legislativo aprovaram projeto vapt-vupt e sem interferência do Judiciário.

 

PODER SEM PUDOR

Cláudio Humberto

O rei nu

Discreto e comedido, o jurista Seabra Fagundes, ministro da Justiça do presidente Café Filho, revela os detalhes do momento em que foi convidado para o posto: os tanques do general Lott cercavam o apartamento de Café, no Posto 6, e a ante-sala estava cheia de líderes da UDN, quando Seabra ouve um chamado lá de dentro: “Oh! Miguel, vem cá.” Seabra descreveu a cena: “Ao entrar no quarto, deparei-me com uma cena insólita: naquele sufoco todo, Café esquecera de vestir-se. Estava simplesmente nu.”

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