Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

"Voltamos à estaca zero"

Deputada Bia Kicis (PL-DF) sobre manobra contra o projeto da anistia da CCJ

Continue lendo...

Eleitor não aguenta mais lacração, afirma vice do DF

A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), aponta como um dos fatores da ampla derrota das esquerdas, nas eleições municipais, o excesso de lacração no discurso envelhecido de políticos do PT e seus puxadinhos. Durante entrevista ao podcast Diário do Poder, após apoiar a campanha no entorno do DF ao lado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, Celina disse que o brasileiro hoje quer discutir economia, emprego, prosperidade pessoal “e a democracia que nós queremos”.

Experiência fala alto

Trabalhando para consolidar candidatura ao governo do DF em 2026, ela elogia o juízo crítico de brasileiros que reelegeram 80% dos prefeitos.

Fiascos na esquerda

“Governo de esquerda aqui (no DF) nunca funcionou”, disse Celina, em referência às gestões muito mal avaliadas do PT e PSB na capital.

União é chave

Para a vice-governadora, o caminho para a direita voltar ao poder em 2026 é a união ou federalização dos partidos desse campo ideológico.

Senador Ibaneis

Celina não desperdiçou chances de reafirmar lealdade a Ibaneis Rocha (MDB), atual governador, na esperança de vê-lo eleito senador em 2026.

Anúncio de apoio a sucessor de Lira divide o PT

Facções do PT divergem sobre a oficialização de apoio ao sucessor do deputado Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara. O problema é que o partido e seus puxadinhos somam cerca de cem votos em 513. Parte dos petistas defende apoio imediato a Hugo Motta (Rep-PB) como forma de garantir cargo na mesa diretora. Outra banda do PT quer valorizar o apoio, definindo-o em janeiro, enquanto dialoga com Antônio Brito (PSD-BA) e Elmar Nascimento (União-BA), ainda na disputa.

É o que tem

Dos que estão no páreo, Motta tem chance maior de apoio do PT. Até a irascível Gleisi Hoffmann, presidente do partido, já aceita a ideia.

Plantação

A imprensa amiga até citou Gleisi como possível ministra do TCU na costura pelo apoio do partido. Petistas dizem que não há esse risco.

Em jogo

Fechando com Motta, o PT deve ficar sem a vice-presidência da Câmara, prometida ao PL. Já Brito e Elmar oferecem esse cargo ao partido.

Anistia é prioridade

A presidente da CCJ da Câmara, Carol De Toni (PL-SC), disse à coluna que não desistiu de ver o projeto da anistia aprovado: “é uma prioridade para mim e para tantos brasileiros que anseiam a liberdade e a justiça”.

O Brasil voltou

Dias depois de a Lava Jato condenar no Peru o ex-presidente Alejandro Toledo a 22 de cadeia por aceitar suborno, o STF descondena José Dirceu, mais um sentenciado por corrupção e outras ladroagens.

Explica aí

Ainda sem nada entregar, Macaé Evaristo foi chamada à Câmara para explicar os planos do ministério dos Direitos Humanos, que parece à deriva. A iniciativa foi da deputada Rosângela Moro (União-SP).

Pimenta se trumbica

Vice-líder de Lula na Câmara, Reginaldo Lopes (PT-MG) aumentou fritura de Paulo Pimenta, ministro da propaganda de Lula. O deputado já diz abertamente que “o governo erra muito na comunicação”.

Avenida Brasil

Representante da TV do Lula diz que sua super-novela não irá consumir os noticiados R$110 milhões e que outros projetos serão contemplados. E nega ligação ao PT como condição para contratar os artistas.

Bajulador emérito

Chanceler de fato, Celso Amorim admitiu “mal-estar” com a Venezuela, cujo ditador bajula. O homem da política externa se prestou ao papelão de fazer o Brasil passar pano para a fraude na “reeleição” do ditador.

Bolsonaro 2026

Ciro Nogueira (PP-PI) defende Jair Bolsonaro como figura central nas eleições presidenciais de 2026. Diz que não terá apoio dele a eventual candidatura de Tarcísio de Freitas (Rep) escanteando o ex-presidente.

Parece piada

Com uma infinidade de problemas no País necessitando de atenção, o deputado Reginaldo Veras (PV-DF) quer o Congresso dando expediente para conceder título de cidadão ao cantor gringo Bruno Mars.

Pensando bem…

…o Índice Picanha atingiu as mínimas, para o governo Lula.

PODER SEM PUDOR

Como convém

O juiz de Monte Aprazível (SP) era Plínio Barbosa quando chegou à comarca um jovem promotor, formado havia pouco tempo. “Doutor juiz, devo requerer em pé ou sentado?”, perguntou o jovem, logo na primeira audiência, cheio de cerimônia. O juiz puxou papo: “Você se formou onde, meu filho?” O rapaz explicou que o MEC havia fechado sua faculdade. Reza a lenda que a resposta do magistrado foi devastadora: “Então requeira de cócoras.”

Assine o Correio do Estado

Artigos

Abstenção nas eleições municipais: o voto ainda é uma ferramenta prioritária para o cidadão?

Por Dilermando Martins, mestre em Ciências Sociais e doutor em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR)

04/11/2024 07h45

Arquivo

Continue Lendo...

Por longos anos, o exercício do sufrágio esteve nas mãos de seletos grupos políticos. No Brasil monárquico, sequer existia, de modo que o poder era emanado de um único soberano: o Rei. Foi somente com a Constituição da República, em 1891, que o exercício do voto foi constitucionalmente garantido – ainda que adstrito a oligarquias e demais categorias sociais que gozavam de privilégios.

Historicamente, a luta pelo direito ao sufrágio foi árdua, e somente com a Assembleia Constituinte, que daria corpo à nossa Constituição, é que a universalidade se tornou característica associada ao exercício do direito político. É na redemocratização que o Brasil e seus cidadãos escrevem uma nova história.

No dia 27 de outubro, várias cidades do Brasil passaram pelo segundo turno das eleições municipais, colocando para o eleitor o dever do exercício constitucional da cidadania por meio do voto. A Constituição brasileira prescreve uma série de garantias acerca dos direitos políticos, entre elas o direito ao sufrágio universal, além da proteção intocável do voto direto, secreto, universal e periódico.

Neste ano, muita coisa mudou e, ao que parece, o exercício do voto deixou de ser ferramenta prioritária para os cidadãos. Somente em Curitiba, no Paraná, foram 432 mil eleitores que se abstiveram de votar. Além de ser um recorde, o dado traz outra consequência: o número de abstenções ultrapassou o número de votos dados à segunda colocada: foram 390.254 votos para a candidata Cristina Graeml (PMB), número abaixo das ausências registradas naquele domingo. Mas, afinal, o que esse dado tem a nos revelar?

Primeiramente, é possível atribuí-lo à facilidade na justificativa dos votos. Com o aplicativo e-Título, disponibilizado pela Justiça Eleitoral, justificar a ausência nunca foi tão simples, bastando abrir o APP e clicar em “justificar o voto”. A tecnologia, utilizada a favor do processo eleitoral, merece elogios e revela o quanto essa ferramenta pode ser fundamental para as eleições. 

Não obstante, uma análise mais profunda demonstra um outro cenário: a insatisfação do eleitor. O crescente contexto de corrupção, aliado à ausência de propostas concretas de transformação nos municípios, além da desmoralização dos debates públicos e das trocas de ofensas generalizadas entre os candidatos, levam o cidadão a crer que o exercício do seu voto não será capaz de realizar mudanças significativas. O sinal de alerta se acendeu, e é preciso estar vigilante em relação a ele. 

Não se pode incutir no eleitorado a ideia de que a democracia morreu ou de que o voto tem pouca serventia. Pelo contrário, está mais do que clara a necessidade de se atentar ao exercício do direito político como nossa mais potente ferramenta de mudança político-social. Afinal, aqueles que usurpam o poder dependem – não somente, mas majoritariamente – do nosso voto de confiança enquanto cidadãos titulares de um poder valioso.

Está mais do que na hora de usar esse mecanismo a nosso favor ou veremos amargar a democracia que tanto se almejou nos idos do fim da década de 1980. Que as eleições de 2024 sejam capazes de demonstrar isso ao povo brasileiro! 

Artigos

Um novo aeroporto para Campo Grande

Por Ângelo Arruda, arquiteto e urbanista

04/11/2024 07h35

Arquivo

Continue Lendo...

Se você vai embarcar no aeroporto de Campo Grande, prepare-se para ver feias paisagens por fora e por dentro. A entrada principal é pela área de serviço: ao dobrar à esquerda na saída de Corumbá para acessar o embarque, você verá telhados feios de fibrocimento cobrindo veículos do estacionamento e as torres de combustível que certamente não deveriam estar ali. Ao chegar no setor de embarque, veículos estacionados em 45 graus, não deixam espaço para você descer. Ainda verás o fundo da área com os tanques de combustível do avião.

Para completar, nenhuma beleza paisagística ou urbanística. Nada mesmo. Uma feiura que dói. Nenhuma cena estética. Entrou no edifício você se sentirá dentro de um salão de supermercado. Um conjunto de pilares pintados de preto e pouca comunicação e beleza cênica. A cobertura em telha de aço aparente sem forro mostra o descuido projetual e, acima de tudo, a falta de preocupação com o espaço generoso de um aeroporto. 

Se você chega de avião e desembarca, o cenário é igualmente muito feio e pobre, especialmente de conforto. Uma pista cimentada sem acabamento, sem conforto para todos os passageiros na saída. Uma pena. Esse desconforto deveria ser debatido e divulgado para que a empresa que toma conta dessa unidade tivesse um pouco mais de vontade de colocar esse edifício tão importante para a cidade e para o Estado em condições de beleza, conforto e cenário mundial. 

Em poucos anos, a população de Campo Grande atingirá 1 milhão de habitantes. A capital do Estado vai se juntar a outras 30 metrópoles que têm esse tamanho populacional. Mas esse aeroporto não condiz com a cena cultural, econômica e social de Campo Grande.

Rogo aqui que haja manifestação da população e de setores organizados da economia, especialmente o turismo, que usa esse edifício e paga taxas de embarque, para que o responsável faça uma revolução nesse edifício, transformando-o em um edifício digno de Campo Grande. 

A feiura estética do edifício vista de todos os ângulos é visível. A falta dos fingers, aquela plataforma confortável de desembarque que existe nos grandes aeroportos do País, são urgentes. A remodelação do embarque com cobertura adequada também.

Enfim, tudo ali é urgente. Cabe a você que usa aquele espaço se sentir incomodado como eu fiquei. Capitais do País mudaram muito com novos equipamentos. Recife foi a primeira. Depois Porto Alegre e a última, Florianópolis, cujo aeroporto foi premiado como o melhor do País. E lá moram a metade da população daqui. Fica a dica. O turismo começa pela entrada da cidade.

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).